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quarta-feira, 12 de junho de 2013
Lixo jogado a céu aberto
Prática
irregular é responsável pela proliferação de insetos, além de causar
doenças e entupimento nas galerias de esgoto no período das chuvas.
Katiana Ramos Kleide Teixeira
Apesar de existir coleta de lixo em João Pessoa, em alguns bairros da
cidade é comum ver o descarte dos resíduos em locais inadequados como
rios, terrenos e vias públicas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, computados até fevereiro deste
ano, 3.719 domicílios jogam lixo a céu aberto. A prática irregular é
responsável pela proliferação de insetos no ambiente urbano, além de
causar doenças e entupimento nas galerias de esgoto no período das
chuvas.
Na capital, a coleta de lixo ocorre em 172.454 domicílios, de acordo
com dados do ministério. Mas, nos locais onde ainda não acontece a
coleta, a prática mais comum do descarte do lixo em local inadequado é
vista principalmente nas comunidades e bairros periféricos, como o São
José e o Baixo Róger. Embora saibam que jogar lixo a céu aberto pode
trazer problemas para a própria comunidade, os moradores alegam que
descartam o lixo de maneira inapropriada devido à demora na coleta dos
resíduos, por parte dos agentes de limpeza, e a falta de acesso em
algumas ruas do bairro.
Morando há apenas três meses no bairro do Baixo Róger, a dona de casa
Raquel da Silva disse que a maioria dos moradores do local joga o lixo
na Gouveia Nóbrega, uma das principais vias do bairro. “Na minha rua o
carro do lixo não passa, então para não deixar o lixo acumulado em casa,
todo mundo sobe e deixa aqui. Sei que isso é muito ruim, porque suja a
rua e pode prejudicar a a saúde das crianças, mas é o jeito”, revela.
Ainda no Baixo Róger, uma das esquinas que passam pela avenida
Gouveia Nóbrega serve como ponto de descarte de lixo. Os moradores da
área deixam de lixo doméstico até móveis velhos e equipamentos
eletrônicos. “O carro passa somente em algumas ruas, mas acho que tem
gente que não tem paciência para esperar e joga na rua mesmo. O pior é
que passam os catadores e animais e rasgam as sacolas. Aí fica essa
fedentina aqui”, reclamou a doméstica Fabiana Lima, moradora do bairro.
No bairro São José, também na capital, a situação não é diferente e
para descartar os resíduos alguns moradores depositam o lixo no Rio
Jaguaribe, que passa pelo bairro, ou ainda enterram os dejetos nos
quintais das casas. Dados do Ministério da Saúde revelam que em 1.266
domicílios da capital, os moradores queimam ou enterram o lixo
doméstico.
A assessoria de comunicação da Autarquia Municipal Especial de
Limpeza Urbana (Emlur) confirmou que o descarte inadequado do lixo
ocorre geralmente em comunidades da capital. Mas, informou que os
moradores das próprias comunidades selecionam “pontos de lixo” para que
os dejetos sejam coletados pelas equipes de limpeza.
Quanto aos bairros onde o acesso dos caminhões é limitado por conta
do pouco espaço, a assessoria informou que existem caixas estacionárias
nas comunidades, onde os moradores podem depositar o lixo doméstico da
maneira correta. Ainda segundo a assessoria, veículos de pequeno porte
estão em processo de aquisição para auxiliar nos serviços de coleta nas
comunidades, e ações educativas para conscientização dos moradores
também são desenvolvidas pela empresa.
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