16/03/2014 18h50
- Atualizado em
16/03/2014 19h59
Número poderia ter sido maior, já que uma quinta foi resgatada com vida.
Bióloga atribui fenômeno ao aumento de pescas no verão.
Tartaruga encontrada morta na Praia do Bessa, em João Pessoa (Foto: Laerte Cerqueira / G1) |
Quatro tartarugas marinhas foram encontradas mortas no litoral
paraibano neste domingo. De acordo com o Batalhão da Polícia Ambiental, o
número poderia ter sido maior, já que uma quinta ainda conseguiu ser
resgatada com vida e foi entregue a ONG Guajiru, que trabalha com a
preservação de tartarugas. Bióloga Rita Mascarenhas acredita que período
de pescas contribui para o aumento de número de morte desses animais.
Segundo o sargento Max Martins, duas delas foram encontradas por
banhistas na Praia do Bessa, em João Pessoa. David Montenegro,
proprietário de uma operadora que oferece passeios ecoturísticos de
caiaque na região, até fez o registro do fato. E, para ele, que costuma
fazer um trabalho também de conscientização com turistas, é uma pena que
problema como esse aconteça com tanta frequência. “Praticamente todo
mês aparece uma morta. Lá é praticamente um cemitério de tartarugas.
Hoje mesmo apareceram duas em um intervalo de menos de uma hora”,
lamentou.
Em menos de uma hora, outra tartaruga foi encontra no mesmo lugar (Foto: David Montenegro / Arquivo Pessoal) |
Ainda de acordo com o sargento, outras duas apareceram em Cabedelo,
região metropolitana de João Pessoa. Uma delas estava morta e foi
enterrada, assim como aconteceu com uma outra encontrada no Conde,
litoral sul da Paraíba. A outra segue sob os cuidados da bióloga Rita
Mascarenhas, fundadora da ONG Guajiru.
Rita, inclusive, explica que mortes de tartarugas podem estar ligadas a
três motivos: poluição, embarcações e pesca. No entanto, neste caso da
Paraíba, ela atribui exclusivamente a pesca. “Não deveria ser, mas acaba
sendo comum, infelizmente. Neste período, a atividade humana no mar
aumenta e uma porcentagem dessas tartarugas vem parar ma praia. No
verão, o vento diminui e acaba contribuindo para a pesca”, explicou.
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