sábado, 8 de dezembro de 2012

MP encontra irregularidades em hospital infantil de João Pessoa

07/12/2012 12h36 - Atualizado em 07/12/2012 12h36 

Inspeção constatou déficit em profissionais de enfermagem e médicos.
Direção do hospital afirmou que problemas serão normalizados em um mês.
 
Do G1 PB 


O Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) encontraram inúmeras irregularidades no Hospital Infantil Rodrigues de Aguiar, em João Pessoa. Segundo informou o Centro de Apoio Operacional às Promotorias (Caop) da Saúde, após inspeção realizada na última terça-feira (4), o hospital apresentou problemas na acessbilidade, no armazenamento do lixo hospitalar, além de déficit de profissionais de enfermagem e ausência de médicos na enfermaria. A relatório da inspeção foi divulgado somente nesta sexta-feira (7). 

A direção do hospital informou que após a fiscalização e a notificação do Ministério Público e do Coren sobre as irregularidades, foi realizada uma reunião em que a direção do hospital se comprometeu a regularizar todos os problemas apontandos no prazo de um mês.

Segundo informações da coordenadora do Caop da Saúde, promotora Adriana Amorim, também foram constatadas insuficiência do número de máscaras para nebulização, condições inadequadas para o exercício da enfermagem, falta de Central de Material e Esterilização e ausência de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.“O hospital é privado, porém conveniado ao SUS, que representa cerca de 90% dosatendimentos. Na ocasião da visita, havia cerca de 25 a 30 crianças internas, acompanhadas por mães aflitas, reclamando da qualidade do atendimento”, disse a coordenadora.

Ao final da fiscalização, a coordenação do Caop e os representantes do Coren se reuniram com a direção que relatou algumas dificuldades enfrentadas pela instituição. Também relatou uma greve de alguns profissionais de enfermagem, bem como do bloqueio de verbas do SUS, determinado judicialmente, para o pagamento de débitos trabalhistas, o que estaria impedindo o bom funcionamento do local.

“O hospital é contratualizado com o município de João Pessoa e, por receber verbas públicas, deve cumprir seu papel, garantindo às crianças e adolescentes que buscam seus serviços, a dignidade garantida constitucionalmente”, ressaltou Adriana Amorim. Também foram solicitadas as fiscalizações do Conselho Regional de Medicina e do Conselho Regional de Farmácia, uma vez que no momento não foi constatada a presença de profissional farmacêutico, que é obrigatória numa unidade hospitalar.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário