19/12/2012 15h15
- Atualizado em
19/12/2012 15h32
Órgão prevê período de chuvas retardado e escassez até fevereiro de 2013.
Índice pluviométrico após março deve ficar próximo à média histórica.
Meteorologista Marle Bandeira aponta estudo climático da Aesa (Foto: Taiguara Rangel/G1) |
A seca deve continuar assolando a Paraíba no início de 2013. A previsão
climática é de escassez e período de chuvas retardado até fevereiro do
próximo ano, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). O
órgão anunciou nesta quarta-feira (19) que a partir do início de março
deverá voltar a ser registrado um índice pluviométrico normal. Os
meteorologistas acreditam que o ano terá condições climáticas um pouco
melhores que 2012 e preveem o início do plantio agrícola a partir de
março.
O início do período chuvoso será retardado, mas deve se aproximar da
média histórica principalmente no Semi-árido, que abrange as regiões
Cariri, Curimataú e Sertão da Paraíba. O somatório é de 1.880 milímetros
nas três regiões entre os meses de março a maio.
De acordo com a meteorologista Marle Bandeira, até o fim de fevereiro
as chuvas serão apenas esparsas e irregulares. “Teremos chuvas isoladas
a partir do final de dezembro. Em março de 2013 a Zona de Convergência
Intertropical deve atingir o Nordeste. A tendência é de evolução para as
águas do Atlântico Norte resfriando e do Atlântico Sul aquecendo. Deste
dezembro até o final de fevereiro de 2013, continuaremos a ter estiagem
e chuvas abaixo da média”, explicou.
A afirmação do gerente da Aesa, Lucílio Vieira, é de que até fevereiro
também é necessário manter o racionamento e a preocupação com o volume
dos açudes. “Não haverá recarga significativa nos açudes até fevereiro.
Locais com perigo iminente de racionamento, cujo volume é abaixo dos
30%, necessitam de atenção maior. É importante a manutenção para evitar o
colapso. Aconselhamos os agricultores a começarem o plantio em março de
2013”.
Em 2012, foram registradas pela Aesa chuvas 60% acima da média
histórica no período de janeiro a março, que é de 1.660 milímetros
segundo o órgão. “A atual condição climática aponta para a continuidade
da seca em 2013 e mais um ano de estiagem”, esclareceu o meteorologista
Alexandre Magno.
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