Publicado em 14/06/2012 às 09h00
Para o secretário de Estado da Agricultura, Marenilson Batista, a secretaria recebe orientação do governo da Paraíba para avançar com a produção agroecológica no Estado. Por enquanto, a única ação específica sobre o assunto, prevista para este ano, acontecerá em julho durante a 'Semana da Agricultura'.
“Pretendemos lançar uma campanha em prol dos alimentos saudáveis”,
diz. Dentre o que é feito neste sentido, atualmente, o secretário
comenta que existe uma orientação técnica para os produtores. “Também
fazemos cursos e o financiamento do Cooperar – que faz investimentos
não-reembolsáveis – dá preferências àqueles que trabalhem com
orgânicos”.
Já o consultor do Sebrae, Newton Novais, afirma que o Sebrae trabalha desde 2004 com o incentivo à produção agroecológica.
Ao todo, contabiliza 400 famílias – distribuídas na Zona da Mata e em
outros sete municípios – que recebem orientação, consultoria e apoio na
comercialização destes alimentos. Pablo Queiroz, gestor do projeto de
horticultura do Sebrae, na Zona da Mata, afirma que o governo paga 30% a
mais por produtos orgânicos destinados à merenda escolar. “De fato,
existem algumas ações, mas é um trabalho que ainda exige muitas outras
atitudes. Ainda estamos enraizados na cultura do agrotóxico”, expõe.
Segundo o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em
Alimentos, divulgado no ano passado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), cada brasileiro consome em média 5,2 litros de
agrotóxicos por ano, o que representa, segundo a pesquisa, um
envenenamento constante da população e um problema sério para a Saúde
Pública.
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