Selo é concedido pela Comissão Nacional de Diálogo e Avaliação do Compromisso Nacional.
Publicado em 14/06/2012 às 08h00
Quatro das sete usinas
de cana-de-açúcar da Paraíba serão agraciadas hoje no Palácio do
Planalto pela presidente Dilma Rousseff, com o Selo “Empresa
Compromissada”, concedido pela Comissão Nacional de Diálogo e Avaliação
do Compromisso Nacional às empresas do setor consideradas cumpridoras de
todas as boas práticas empresariais e trabalhistas.
“O país vai saber que na Paraíba não existe mais o uso de trabalho
escravo ou degradante na cadeia produtiva do setor sucroenergético”,
revelou Edmundo Coelho Barbosa, presidente do Sindicato da Indústria de
Fabricação do Álcool e do Açúcar da Paraíba (Sindalcool-PB),
acrescentando que o número e a proporção de empresas paraibanas que
receberão o selo é maior que o de Pernambuco. "Apenas uma de 23 usinas
pernambucanas vai receber o selo", disse.
As empresas paraibanas, que durante todo o ano passado foram
auditadas e aprovadas segundo as regras estabelecidas no Compromisso
Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar,
são as seguintes: Japungu Agroindustrial (Santa Rita), Monte Alegre
(Mamanguape), Miriri Alimentos e Bionergia (Santa Rita) e Giasa - LDC SEV
(Pedras de Fogo).
Segundo Edmundo Barbosa, o selo foi criado para identificar e
reconhecer positivamente a empresa, por suas ações em benefício do
trabalhador manual na cana-de-açúcar. A concessão, segundo ele, visa
estimular a ética positiva, ou seja, as boas práticas empresariais, e
não confere à empresa que o recebe qualquer vantagem no âmbito
governamental ou comercial.
Ainda de acordo com Edmundo Barbosa, este reconhecimento, durante o
evento da Conferência Rio+20, sinaliza para o mundo que “aqui no Brasil é
possível conciliar crescimento econômico, inclusão social e proteção
ambiental”. Segundo ele, a maior parte do setor já vinha tratando tema
com seriedade, mas sempre houve contestação por parte da comunidade
internacional. “Não poderia ter momento mais adequado para o setor
produtivo dar esta resposta de comprometimento com a melhoria das
condições de trabalho das pessoas e disseminar as melhores práticas
trabalhistas e ambientais”, completou.
Hoje, o setor sucroenergético da Paraíba emprega aproximadamente 60
mil trabalhadores diretos e indiretos e 25% da safra, é feita por meio
da mecanização. “O nosso maior gargalo é a qualificação profissional dos
nossos trabalhadores”, alertou Barbosa, que cobra medidas para elevar a
competitividade da indústria de etanol e redução de impostos sobre os
investimentos para a ampliação da produção.
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