De acordo com
simulações feitas pelo Dnocs, se o volume do manancial continuar caindo,
a irrigação poderá ser suspensa na região.
Isabela Alencar
Agricultores que dependem da água do açude Epitácio Pessoa para irrigar suas plantações estão ameaçados pela seca. Nos últimos dias, o manancial chega a perder cerca de 400 mil m³ de água por dia, devido principalmente à evaporação, provocada pela temperatura elevada, que registra temperaturas médias de 30 ºC.
De acordo com simulações feitas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), se o volume do manancial continuar caindo e chegar a menos de 50% da capacidade total, a irrigação poderá ser suspensa na região.
Segundo o engenheiro chefe da unidade de Campina Grande do Dnocs, Renato Roberto Avelar, a partir do momento da suspensão, os agricultores não poderão mais utilizar a água do Boqueirão para a irrigação, conhecida como “superficial”. “Esse tipo de irrigação é a mais utilizada na região do Boqueirão e se for suspensa, trará prejuízos aos agricultores”, disse.
O engenheiro explicou que esse método consiste em aplicar a água sobre a superfície do solo na forma de inundação permanente ou temporária. Dessa forma o solo pode ser preparado no formato de tabuleiros ou sulcos.
De acordo com ele, para “puxar” a água do Boqueirão, os agricultores utilizam bombas d'água para irrigar as plantações de verduras, frutas, milho e feijão. “Em 1998 houve a suspensão da irrigação e nós tivemos que contar com a ajuda de muitos órgãos públicos, inclusive o Ministério Público, para fiscalizar os agricultores”, informou.
Naquele ano, quando também foi iniciado um racionamento em todas as cidades abastecidas pelo Boqueirão, foi muito difícil para os produtores de alimentos, como Leôncio Francisco de Macedo, de 64 anos, que recordou o momento de sufoco.
“Eu fui até intimado porque na época me flagraram puxando água do Boqueirão. Mas eu não sabia que a irrigação estava suspensa.
Isso aconteceu com muitos agricultores aqui da região. Passamos por um grande sufoco e estamos apreensivos que isso possa acontecer novamente. Eu tenho cinco filhos que sobrevivem da agricultura”, lamentou. Com 35 anos, Valdeci de Souza, também agricultor da região, contou que os sete filhos são criados com a venda de verduras. Ele também está com medo de passar por uma situação crítica e contou que os preços dos seus produtos já começaram a subir.
“Se a irrigação for suspensa, de onde vamos tirar a água para usar nas plantações? A única coisa que temos a fazer é continuar trabalhando e esperar a chuva. Infelizmente todos vão sentir os efeitos, inclusive os meus clientes, com o aumento no preço dos produtos”, disse. Apesar da possibilidade de suspensão da irrigação, o engenheiro do Dnocs explicou que o maior volume de água se perde pelos efeitos do tempo seco, através da evaporação. Segundo ele, por dia são evaporados 170 mil m³ de água do Epitácio Pessoa, seguidos de 135 m³ utilizados diariamente pela irrigação e; 95 mil m³, pelo consumo humano.
Agricultores que dependem da água do açude Epitácio Pessoa para irrigar suas plantações estão ameaçados pela seca. Nos últimos dias, o manancial chega a perder cerca de 400 mil m³ de água por dia, devido principalmente à evaporação, provocada pela temperatura elevada, que registra temperaturas médias de 30 ºC.
De acordo com simulações feitas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), se o volume do manancial continuar caindo e chegar a menos de 50% da capacidade total, a irrigação poderá ser suspensa na região.
Segundo o engenheiro chefe da unidade de Campina Grande do Dnocs, Renato Roberto Avelar, a partir do momento da suspensão, os agricultores não poderão mais utilizar a água do Boqueirão para a irrigação, conhecida como “superficial”. “Esse tipo de irrigação é a mais utilizada na região do Boqueirão e se for suspensa, trará prejuízos aos agricultores”, disse.
O engenheiro explicou que esse método consiste em aplicar a água sobre a superfície do solo na forma de inundação permanente ou temporária. Dessa forma o solo pode ser preparado no formato de tabuleiros ou sulcos.
De acordo com ele, para “puxar” a água do Boqueirão, os agricultores utilizam bombas d'água para irrigar as plantações de verduras, frutas, milho e feijão. “Em 1998 houve a suspensão da irrigação e nós tivemos que contar com a ajuda de muitos órgãos públicos, inclusive o Ministério Público, para fiscalizar os agricultores”, informou.
Naquele ano, quando também foi iniciado um racionamento em todas as cidades abastecidas pelo Boqueirão, foi muito difícil para os produtores de alimentos, como Leôncio Francisco de Macedo, de 64 anos, que recordou o momento de sufoco.
“Eu fui até intimado porque na época me flagraram puxando água do Boqueirão. Mas eu não sabia que a irrigação estava suspensa.
Isso aconteceu com muitos agricultores aqui da região. Passamos por um grande sufoco e estamos apreensivos que isso possa acontecer novamente. Eu tenho cinco filhos que sobrevivem da agricultura”, lamentou. Com 35 anos, Valdeci de Souza, também agricultor da região, contou que os sete filhos são criados com a venda de verduras. Ele também está com medo de passar por uma situação crítica e contou que os preços dos seus produtos já começaram a subir.
“Se a irrigação for suspensa, de onde vamos tirar a água para usar nas plantações? A única coisa que temos a fazer é continuar trabalhando e esperar a chuva. Infelizmente todos vão sentir os efeitos, inclusive os meus clientes, com o aumento no preço dos produtos”, disse. Apesar da possibilidade de suspensão da irrigação, o engenheiro do Dnocs explicou que o maior volume de água se perde pelos efeitos do tempo seco, através da evaporação. Segundo ele, por dia são evaporados 170 mil m³ de água do Epitácio Pessoa, seguidos de 135 m³ utilizados diariamente pela irrigação e; 95 mil m³, pelo consumo humano.
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