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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
PB é deficiente em saneamento
Estudo
realizado pelo Instituto Trata Brasil, mostra que apenas 45,1% da
população de João Pessoa tem acesso à coleta e tratamento de esgoto.
Nathielle Ferreira
Fotos: Rizemberg felipeEstudo ainda apontou que João Pessoa apresentou segunda maior taxa de internações hospitalares causadas por diarreias
Menos da metade da população de João Pessoa é contemplada com sistema de
coleta e tratamento de esgoto. Foi o que constatou o Estudo Trata
Brasil: “Esgotamento Sanitário Inadequado e Impactos na Saúde da
População 2008-2011”, que foi realizado pelo Instituto Trata Brasil, uma
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, criada com
objetivo de incentivar os serviços de acesso à coleta e ao tratamento de
esgoto.
Na cidade, apenas 45,1% dos moradores são atendidos por essa coleta e
tratamento de esgoto adequados. O percentual é o mesmo encontrado em
Maceió, mas é menor que o apresentado por Salvador (76%), Fortaleza
(48,3%) e São Luis (45,7%).
Por outro lado, Teresina (15,2%), Aracaju (20,6%), Natal (32,8%) e
Recife (35,2%) foram as localidades que apresentaram menor percentual de
população atendida por esgotamento sanitário em relação à João Pessoa.
De acordo com o estudo, a ausência de banheiros domiciliares ainda é
uma realidade na vida de 2,7% da população pessoense. Em contrapartida,
em João Pessoa, 89,5% da população é atendida por sistema de água
potável.
Em Campina Grande, localizada na região da Borborema, a situação é
menos preocupante em relação à João Pessoa. Localizada a 122 quilômetros
da capital, a cidade possui 99,5% da população atendidas por sistema de
água potável.
Com relação ao esgotamento sanitário, também há mais avanços.
Na segunda maior cidade do Estado, 69,1% dos habitantes dispõem do
tratamento de esgoto, o que significa dizer que 30,9% da população não
tem esgotamento sanitário, contra 54,9% desassistidos na capital.
Por outro lado, Campina Grande possui mais residências sem banheiros
que a capital. Na cidade interiorana, 3,6% dos habitantes moram em
locais desprovidos de banheiros. Em João Pessoa, esse problema afeta
2,7% da população.
O estudo ainda apontou que João Pessoa apresentou segunda maior taxa de
internações hospitalares causadas por diarreias, entre as capitais
nordestinas. Na cidade, foi registrada a taxa de 213,1 internações, em
cada grupo de 100 mil habitantes.
A quantidade é menor apenas que a apresentada por Salvador, onde 241
internações ocorreram nessa mesma proporcionalidade, em 2011. Por outro
lado, a taxa pessoense superou a das cidades de Maceió (211,1), Teresina
(180,6), Fortaleza (166,4), São Luís (103,5), Recife (44,9), Aracajú
(28,8) e Natal (24,7).
Apesar disso, os dados mostram que a capital paraibana conseguiu
reduzir os danos causados pela falta de saneamento básico ao longo de um
ano. De acordo com a pesquisa, em 2010, a cidade apresentava taxa de
246,6 internações em cada grupo de 100 mil moradores. A quantidade é
15,72% maior em relação à apresentada pela cidade em 2011.
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