14/02/2013 - 07h55
Elaine Kawabe
Do UOL, em Ingá, na Paraíba
A pedra, situada no município de Ingá, à margem do riacho Bacamarte, mede 24m de comprimento e 3,8m de altura. Os símbolos, sulcados e esculpidos com apurada técnica na enorme pedra, lembram figuras humanas e animais; linhas onduladas remetem ao movimento das águas; há contornos curvilíneos, círculos pendulares e formatos cônicos que, "forçando" a imaginação, assemelham-se a foguetes. Mas tudo é especulação. Quem desmistifica essas impressões é Vanderley de Brito, presidente da Sociedade Paraibana de Arqueologia.
Museu de história natural
No complexo da pedra do Ingá há um pequeno museu de história natural, criado em 1996, que possui em seu acervo fósseis de animais extintos há mais de 10 mil anos. Alguns desses fósseis – animais da fauna pleistocênica da região de Ingá e instrumentos de pedra polida - foram descobertos pela própria fundadora do museu, a historiadora e paleontóloga Mali Trevas. Há também peças vindas do litoral paraibano, como o esqueleto de baleia e o gastrópode (molusco) fossilizado, ambos de origem triássica (entre 251 e 199 milhões de anos atrás).
Como chegar
Sítio Arqueológico Itaquatiara (Pedra do Ingá)
Funcionamento: diariamente, das 8h às 16h. Entrada gratuita.
Sites:
Prefeitura de Ingá
www.inga.pb.gov.br
Guia turístico
www.pedradoinga.blogspot.com
Onde ficar:
As opções de hospedagens estão em Campina Grande, que fica a 46 km.
Elaine Kawabe
Do UOL, em Ingá, na Paraíba
No oeste da Paraíba, a 46 km de Campina Grande e a 109 km de João Pessoa,
localiza-se o primeiro monumento arqueológico tombado como patrimônio
nacional em 1944: a pedra do Ingá. Identificado pelos arqueólogos como
“itaquatiara”, o que em tupi-guarani significa “pedra pintada”, o bloco
rochoso possui desenhos esculpidos em baixo-relevo que aguçam o
imaginário dos místicos e despertam a curiosidade até dos mais céticos.
A pedra, situada no município de Ingá, à margem do riacho Bacamarte, mede 24m de comprimento e 3,8m de altura. Os símbolos, sulcados e esculpidos com apurada técnica na enorme pedra, lembram figuras humanas e animais; linhas onduladas remetem ao movimento das águas; há contornos curvilíneos, círculos pendulares e formatos cônicos que, "forçando" a imaginação, assemelham-se a foguetes. Mas tudo é especulação. Quem desmistifica essas impressões é Vanderley de Brito, presidente da Sociedade Paraibana de Arqueologia.
Segundo o historiador e arqueólogo, as inscrições pertenceram a uma
cultura extinta entre 2.000 e 5.000 anos atrás. Não se sabe a data certa
das inscrições, pois a pedra está numa área fluvial onde não há
vestígios orgânicos nem utensílios cerâmicos, objetos ou tecidos com
desenhos semelhantes àqueles encontrados na rocha. “O mais provável é
que o painel rupestre guarde em seu baixo-relevo um comunicado bem mais
simples do que se imagina. Talvez tenha sido feito para perpetuar alguma
tradição do clã e seus heróis do passado”, declara.
Além disso, certas ações realizadas há menos de um século dificultam,
hoje em dia, a descoberta de mais informações acerca das intrigantes
inscrições rupestres. Na década de 1950, algumas pedras com desenhos
esculpidos, próximas da rocha principal, foram destruídas para se
transformar em paralelepípedos destinados à pavimentação das ruas da
capital paraibana. A área total do complexo arqueológico, na época de
seu tombamento, era de 1.200m²; hoje, é de apenas 1000m². Por fim, o
clima também tem sua parcela de culpa. A pedra fica exposta ao sol, ao
frio, à chuva e às cheias do riacho. Tudo isso desgasta a camada
superficial da rocha, apagando lentamente a história dos primeiros
habitantes do Brasil.
No complexo da pedra do Ingá há um pequeno museu de história natural, criado em 1996, que possui em seu acervo fósseis de animais extintos há mais de 10 mil anos. Alguns desses fósseis – animais da fauna pleistocênica da região de Ingá e instrumentos de pedra polida - foram descobertos pela própria fundadora do museu, a historiadora e paleontóloga Mali Trevas. Há também peças vindas do litoral paraibano, como o esqueleto de baleia e o gastrópode (molusco) fossilizado, ambos de origem triássica (entre 251 e 199 milhões de anos atrás).
Como chegar
De carro – Vindo de Campina Grande pela BR 230. Na altura do quilômetro
118, entre na estrada estadual PB 095, depois siga as placas por mais
5km até chegar ao sítio arqueológico.
De ônibus – Da rodoviária de Campina Grande, a empresa Auto Viação
Progresso parte diariamente para Ingá. Saídas: das 6h30 até 17 h. O
ônibus para na entrada da cidade, a 5km de distância do sítio
arqueológico. Dá para ir a pé ou pegar moto-táxi. Mais informações: www.autoviacaoprogresso.com.br
Saindo de João Pessoa, a empresa Real Bus sai da rodoviária diariamente
e pára em Ingá. Saída: das 5h às 21h. Mais informações: www.realbus.com.br
Sítio Arqueológico Itaquatiara (Pedra do Ingá)
Funcionamento: diariamente, das 8h às 16h. Entrada gratuita.
Sites:
Prefeitura de Ingá
www.inga.pb.gov.br
Guia turístico
www.pedradoinga.blogspot.com
Onde ficar:
As opções de hospedagens estão em Campina Grande, que fica a 46 km.
Na época de cheia do Riacho Bacamarte, as águas cobrem quase a toda a rocha. Elaine Kawabe/UOL |
Visão lateral da Pedra de Ingá, na Paraíba. Elaine Kawabe/UOL |
Partes do calcanhar de uma preguiça-gigante. Cada peça tem o tamanho aproximado de uma bola de futebol. Elaine Kawabe/UOL |
O fêmur da preguiça-gigante mede 80 cm e foi achado em terras próximas a Pedra de Ingá. Elaine Kawabe/UOL |
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