segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Mamanguape é região importante para preservação do pau-brasil

Estação de Mamanguape é uma das dez regiões mais importantes para preservação do pau-brasil


 
No distrito de Pitanga da Estrada, município de Mamanguape, Litoral Norte paraibano, está localizada uma das florestas mais importantes para preservação do pau-brasil, espécie símbolo do país, que sofre com a ameaça de extinção. A mata ainda desempenha a importante função de 'sequestrar carbono' e produzir grande quantidade de oxigênio, além de regular os microclimas.
 
A Estação Ecológica do Pau-brasil é uma área remanescente da Mata Atlântica, que abriga grande número da espécie do país, figurando entre as 10 regiões mais importantes para preservação do pau-brasil. Segundo o ecólogo e professor do curso de Biologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), George Miranda, a floresta dá suporte à melhoria da qualidade de vida da população, além de manter a biodiversidade e qualidade ambiental.
 
A iluminação e temperatura ideal, que oscila entre 24º e 27º, possibilitam que as árvores adquiram um aspecto diferente das encontradas na zona urbana, podendo atingir até 20 metros de altura. “Aqui, ela tende a ser mais retilínea e crescer um pouco mais. Até as folhas apresentam um formato diferente das que encontramos na cidade”, explicou a bióloga Sylvia Sátyro.
 
A Estação Ecológica é considerada uma área de extrema sensibilidade por abrigar duas espécies que estão seriamente ameaçadas, o pau-brasil e o Cebus flavius, popularmente conhecido por macaco prego galego. De madeira nobre e a intensa cor vermelha, o pau-brasil existe em abundância na Estação Ecológica, com árvores de pequeno, médio e grande porte.
 
Um projeto de materialização dos vértices das poligonais, que redelimitam a área da Unidade de Conservação, encontra-se em 70%. O trabalho é desenvolvido a pela Superintendência de Meio Ambiente da Paraíba (Sudema), responsável pela manutenção da floresta.
 
Entre as ações previstas pelo projeto de estruturação da Estação Ecológica, estão a criação de um escritório sede, que possa oferecer apoio à gestão, turismo sustentável, educação ambiental e pesquisa científica, além da estruturação de um viveiro para fabricação de mudas do pau-brasil.
 
“A previsão é de que, em dois anos, a gente consiga concluir esse processo de estruturação da Estação Ecológica. Estamos correndo atrás do tempo perdido. Para isso, precisamos de dados da área, que vão desde conhecimentos científicos aos conflitos externos”, estimou o coordenador de Estudos Ambientais e gestor das Unidades de Conservação Estaduais, da Superintendência de Meio Ambiente (Sudema), Thiago Silva.
 
A Sudema atua de forma efetiva na floresta, desde o início do ano passado, período em que atuou nas políticas públicas para regularizar problemas desde a criação da área, bem como, atividades de monitoramento, fiscalização e incentivo à pesquisa. Conforme Thiago Silva, o órgão manterá a gestão da floresta com monitoramento e fiscalização.


 

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