Encontro, realizado pelo Sinaenco/PB, reuniu 350 pessoas na última terça-feira (13)
Postado em por edificar
Por Hallita Avelar
O Sindicato da Arquitetura e da Engenharia Consultiva da Paraíba
(Sinaenco/PB) realizou, na tarde da última terça-feira (13), o seminário
“De olho no futuro: como estará João Pessoa daqui a 25 anos?”, na
Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes. Com um público de 350
pessoas, o encontro reuniu, sobretudo, profissionais da engenharia e da
arquitetura em uma tarde de debates sobre o planejamento urbano da
cidade.
Para o presidente do Sinaenco/PB, George Cunha, o evento atingiu bem o
seu objetivo de chamar a atenção da sociedade para temas relevantes
como mobilidade urbana, saneamento básico e habitação. Em pesquisa
recente, o sindicato constatou que a questão da mobilidade é o ponto que
mais desagrada os pessoenses atualmente, uma vez que este quesito foi
apontado por 75% dos entrevistados.
“Nessa área, a prefeitura já está com inúmeras ações em andamento em
função do alto número de reclamações, mas é preciso consolidar essas
intervenções em um plano que preveja o crescimento da cidade para os
próximos 25 anos. Além disso, esse planejamento urbano deve ser feito
englobando toda a área metropolitana, pois esses problemas extrapolam os
limites da cidade”, opinou.
Já no que diz respeito a saneamento, item escolhido por 7% dos
entrevistados da pesquisa, George explica que o percentual discreto em
comparação com a mobilidade urbana reflete uma situação favorável vivida
pela população com relação ao atendimento na cidade.
“Cerca de 95% das residências de João Pessoa têm abastecimento de
água e 70% são atendidas pela rede coletora de esgoto. Esse percentual é
muito bom se compararmos com Natal, que tem apenas 28% das habitações, e
com Recife, com 23%. De qualquer forma, uma medida que pode ser
bastante positiva na área de saneamento é a implantação de uma estação
de tratamento de esgoto na Bacia do Rio Gramame”, afirmou o também
presidente da Arco Projetos e Construções e especialista em saneamento.
Ele disse esperar ainda que a cidade universalize o abastecimento de
água nos próximos anos. Entre outras medidas, ele cita a preservação de
mananciais, da bacia do Rio Marés e a construção de uma barragem no Rio
Mumbaba.
Quanto à habitação, acredita-se que as obras da Fiat, em Goiana, e do
polo farmoquímico na fronteira deverão trazer um intenso fluxo de novos
moradores para a cidade de João Pessoa.
“Muitas pessoas que forem trabalhar por lá vão optar por morar em
João Pessoa, por ser menos congestionado que Recife e a mobilidade ser
mais fácil. Imagino que virão pessoas de classe média alta, como
engenheiros e técnicos, por isso vejo essa questão como um espaço em
aberto que o setor privado poderá tomar proveito nos próximos anos”,
afirmou George.
Nenhum comentário:
Postar um comentário