sábado, 31 de agosto de 2013

Grupo faz protesto para impedir alargamento de avenida na Paraíba

30/08/2013 20h33 - Atualizado em 30/08/2013 20h33

Manifestantes são contra alargamento da Av. Beira-Rio, em João Pessoa.
Prefeitura pretende destruir parte do canteiro central para abertura da via.
 
Do G1 PB
 
 
Movimento João Pessoa Que Queremos é contra a destruição do canteiro para abertura de mais uma faixa (Foto: André Resende/G1)
Movimento João Pessoa Que Queremos é contra a destruição do canteiro
para abertura de mais uma faixa (Foto: André Resende/G1)

Um grupo de pessoas ligadas ao movimento João Pessoa Que Queremos voltaram a ocupar o canteiro central da Avenida Beira-Rio na tarde desta sexta-feira (30). Um protesto semelhante havia sido feito em julho. Os manifestantes estiraram faixas entre as árvores do canteiro e distribuíram panfletos para informar à população sobre os prejuízos do alargamento da via e retirada de quatro metros do canteiro central.
 
Os protestantes defendem que a manutenção do canteiro é mais importante que o alargamento da avenida. Segundo um dos organizadores da manifestação, Henrique França, o aumento de uma faixa de carro em detrimento da diminuição do espaço verde da cidade foi um medida usada em João Pessoa que não deu certo.

Henrique França explica que solução semelhante foi usada em João Pessoa e não surtiu efeito (Foto: André Resende/G1)
Henrique França explica que solução semelhante
foi usada em João Pessoa e não surtiu efeito
(Foto: André Resende/G1)
“Alargar as vias não é a solução. A avenida Pedro II é a prova de que aumentar uma faixa não resolve o problema da mobilidade na cidade, apenas adia por alguns poucos anos. O que o nosso movimento pede é equilíbrio. Não queremos o fim do nosso patrimônio ambiental”, comentou. O alargamento de vias como medida paliativa é um dos treze pontos contrários ao alargamento presentes no panfleto entregue pelos manifestantes.
 
A moradora do bairro de Tambauzinho, Germana Cavalcanti Chaves, relata que usa o canteiro todos os dias para se deslocar até a casa da mãe. Segundo ela, o canteiro é o único meio de locomoção dos moradores das imediações da avenida. “Em muitas partes da Beira-Rio não tem calçadas, por isso a gente usa o canteiro central para caminhar. Se diminuírem, a gente vai andar aonde? Todo dia criança, idoso, todo tipo de gente é quase atropelada pelos carros, com uma pista a mais, o perigo vai aumentar”, desabafou a moradora.
 
Henrique França explicou que a Prefeitura de João Pessoa realizou uma reunião na quinta-feira (29) para que fossem discutidas as obras na Avenida Beira-Rio com a sociedade. Segundo o jornalista, a prefeitura decidiu compartilhar o projeto das obras, o que não tinha sido feito ainda, mas discordou com relação à abertura de uma nova faixa na avenida. Na reunião, ficaram acordadas a padronização das calçadas e a instalação de uma ciclovia.

 
Manifestantes pedem equilíbrio nas obras de mobilidade da Prefeitura de João Pessoa (Foto: André Resende/G1)
Manifestantes pedem equilíbrio nas obras de mobilidade da Prefeitura
de João Pessoa (Foto: André Resende/G1)

O grupo pede que a população se envolva na discussão sobre a mobilidade da cidade e os projetos pretendidos pela Prefeitura de João Pessoa. Na manhã da próxima terça-feira (3), haverá a segunda audiência entre a Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), Ministério Público e a população para discutir as intervenções nas Avenidas Epitácio Pessoa e Beira-Rio. O movimento pede que a população compareça à audiência.

“A nossa intenção é colocar 200 pessoas no auditório do Ministério Público para debater as futuras obras de mobilidade de João Pessoa. A população precisa fazer parte dessas intervenções, não podemos mais perceber as obras apenas quando elas começarem a ser feitas”, arrematou Henrique França.



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