30/08/2013 20h33
- Atualizado em
30/08/2013 20h33
Manifestantes são contra alargamento da Av. Beira-Rio, em João Pessoa.
Prefeitura pretende destruir parte do canteiro central para abertura da via.
Manifestantes são contra alargamento da Av. Beira-Rio, em João Pessoa.
Prefeitura pretende destruir parte do canteiro central para abertura da via.
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Movimento João Pessoa Que Queremos é contra a destruição do canteiro para abertura de mais uma faixa (Foto: André Resende/G1) |
Um grupo de pessoas ligadas ao movimento João Pessoa Que Queremos
voltaram a ocupar o canteiro central da Avenida Beira-Rio na tarde desta
sexta-feira (30). Um protesto semelhante havia sido feito em julho.
Os manifestantes estiraram faixas entre as árvores do canteiro e
distribuíram panfletos para informar à população sobre os prejuízos do
alargamento da via e retirada de quatro metros do canteiro central.
Os protestantes defendem que a manutenção do canteiro é mais importante
que o alargamento da avenida. Segundo um dos organizadores da
manifestação, Henrique França, o aumento de uma faixa de carro em
detrimento da diminuição do espaço verde da cidade foi um medida usada
em João Pessoa que não deu certo.
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Henrique França explica que solução semelhante foi usada em João Pessoa e não surtiu efeito (Foto: André Resende/G1) |
“Alargar as vias não é a solução. A avenida Pedro II é a prova de que
aumentar uma faixa não resolve o problema da mobilidade na cidade,
apenas adia por alguns poucos anos. O que o nosso movimento pede é
equilíbrio. Não queremos o fim do nosso patrimônio ambiental”, comentou.
O alargamento de vias como medida paliativa é um dos treze pontos
contrários ao alargamento presentes no panfleto entregue pelos
manifestantes.
A moradora do bairro de Tambauzinho, Germana Cavalcanti Chaves, relata
que usa o canteiro todos os dias para se deslocar até a casa da mãe.
Segundo ela, o canteiro é o único meio de locomoção dos moradores das
imediações da avenida. “Em muitas partes da Beira-Rio não tem calçadas,
por isso a gente usa o canteiro central para caminhar. Se diminuírem, a
gente vai andar aonde? Todo dia criança, idoso, todo tipo de gente é
quase atropelada pelos carros, com uma pista a mais, o perigo vai
aumentar”, desabafou a moradora.
Henrique França explicou que a Prefeitura de João Pessoa realizou uma
reunião na quinta-feira (29) para que fossem discutidas as obras na
Avenida Beira-Rio com a sociedade. Segundo o jornalista, a prefeitura
decidiu compartilhar o projeto das obras, o que não tinha sido feito
ainda, mas discordou com relação à abertura de uma nova faixa na
avenida. Na reunião, ficaram acordadas a padronização das calçadas e a
instalação de uma ciclovia.
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Manifestantes pedem equilíbrio nas obras de mobilidade da Prefeitura de João Pessoa (Foto: André Resende/G1) |
O grupo pede que a população se envolva na discussão sobre a mobilidade
da cidade e os projetos pretendidos pela Prefeitura de João Pessoa. Na
manhã da próxima terça-feira (3), haverá a segunda audiência entre a
Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), Ministério Público e a
população para discutir as intervenções nas Avenidas Epitácio Pessoa e
Beira-Rio. O movimento pede que a população compareça à audiência.
“A nossa intenção é colocar 200 pessoas no auditório do Ministério Público para debater as futuras obras de mobilidade de João Pessoa. A população precisa fazer parte dessas intervenções, não podemos mais perceber as obras apenas quando elas começarem a ser feitas”, arrematou Henrique França.
“A nossa intenção é colocar 200 pessoas no auditório do Ministério Público para debater as futuras obras de mobilidade de João Pessoa. A população precisa fazer parte dessas intervenções, não podemos mais perceber as obras apenas quando elas começarem a ser feitas”, arrematou Henrique França.
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