domingo, 4 de agosto de 2013

João Pessoa terá maior crescimento imobiliário de sua história



G1


João Pessoa terá maior crescimento imobiliário de sua históriaCom 26 empreendimentos ‘de alto padrão’ em construção e imóveis custando até R$ 8 milhões, o bairro do Altiplano, situado na zona leste de João Pessoa, é um dos mais valorizados no mercado imobiliário da cidade. A soma do valor de todos os apartamentos novos disponíveis para venda na região atualmente chega a R$ 460,9 milhões, o que atribui àquela localidade o maior Valor Geral de Vendas (VGV) da capital.
 
As informações são do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), com base na Pesquisa de Mercado do Setor de Lançamentos Imobiliários, realizada mensalmente pelo tecnólogo em negócios imobiliários e corretor Fábio Henriques.
 
Para o presidente do Sinduscon-JP, Fábio Sinval, a valorização imobiliária do Altiplano está ligada ao fato de os imóveis serem luxuosos e, por esse motivo, possuírem valor individual superior ao verificado nos demais bairros da cidade. Embora o número de empreendimentos seja reduzido, segundo ele, o preço sobe devido ao alto padrão das construções. “As perspectivas para o bairro e toda a zona Sul, a caminho do Centro de Convenções, é a de maior crescimento da cidade para os próximos 10 anos”, afirmou Sinval.
 
O autor da Pesquisa de Mercado do Setor de Lançamentos Imobiliários, Fábio Henriques, que atua na área há 22 anos, estima que a região do Altiplano continuará crescendo em ritmo acelerado direção à zona Sul da capital, chegando ao ápice após a conclusão da construção da fábrica da Fiat – na cidade de Goiana (PE), a 64,2 quilômetros de João Pessoa –, prevista para 2015.
 
Ele acredita que haverá um número elevado de funcionários da nova fábrica – bem como das outras 96 que abrirão no entorno – à procura de imóveis para morar. Para Henriques, a maioria dos trabalhadores e diretores das indústrias deverá optar por morar em João Pessoa, em vez de Recife, que fica a 62,2 quilômetros de Goiana. A estimativa leva em consideração o menor valor dos imóveis da capital paraibana, além das melhores condições de conservação das estradas, que facilitará o deslocamento.
 
“Goiana não vai ter como sustentar toda essa estrutura. O bairro do Valentina, em João Pessoa, está a 25 minutos de Goiana, com a pista melhor do que a de Pernambuco. Os funcionários vão morar lá e os diretores, no Altiplano”, declarou o especialista.
 
Ainda de acordo com Fábio Henriques, o Altiplano tem participação efetiva no crescimento registrado pelo setor da Construção Civil na capital paraibana desde 2005, que ultrapassou 800%.
 
Em 2005, o faturamento do segmento foi de R$ 185 milhões. Já em 2012, o valor subiu para R$ 1.563 bilhão, segundo a pesquisa realizada por Fábio Henriques. “Isso dá um crescimento de 855%”, comentou o especialista. Segundo ele, a localidade foi responsável por mais de 30% das vendas de imóveis na capital somente no mês de maio deste ano, quando foi divulgada a pesquisa mais recente.
 
Henriques disse que, dos 686 apartamentos novos vendidos no período, totalizando R$ 175,9 milhões, 125 unidades estão no Altiplano, com um total de R$ 56,3 milhões em vendas, somente naquela área. “O bairro sempre tem uma representação muito importante. Mesmo vendendo menos unidades, as unidades dele têm um grande valor agregado, pois, geralmente, são empreendimentos em áreas grandes, são condomínios clubes, possuem acabamento mais sofisticado”, declarou Henriques.
 
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Há dez anos o bairro do Altiplano era bem menos populoso e construído (Foto: Arquivo Pessoal/Fábio Henriques)
Há dez anos o bairro do Altiplano era bem menos populoso
e construído (Foto: Arquivo Pessoal/Fábio Henriques)

Ele disse que o Altiplano dispõe de edifícios com até 53 pavimentos e que o valor de um apartamento no bairro oscila entre R$ 170 mil e R$ 2,9 milhões. Sendo que, a cobertura mais cara da localidade foi vendida há dois anos, por R$ 6,5 milhões. “Atualmente, não há apartamentos de cobertura disponíveis para venda. Essa última que foi vendida por R$ 6,5 milhões, se estivesse à disposição hoje, valeria pelo menos R$ 8 milhões”, informou o especialista.


 

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