domingo, 18 de agosto de 2013

O PetCoke x Cabedelo





A cada dia me surpreendo com a qualidade da nossa representatividade política que deveriam ficar e lutar ao lado do povo, principalmente no que diz respeito ao meio ambiente. Na cidade de Cabedelo, mais impressionante ainda para não dizer suspeito, é a relação que seus representantes assumiram publicamente que são favoráveis ao pó destrói aos poucos aquela cidade. Um ecocídio.
 
Recentemente o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) manifestou preocupação com os efeitos nocivos causados a população de Cabedelo, em virtude do recebimento no Porto, dos resíduos derivados da refinação de petróleo (PETCOKE). Ruy Carneiro cobrou o cumprimento do Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TCAC), firmando em 2004, entre o Ministério Público Federal, SUDEMA e a Companhia Docas da Paraíba, cuja multa é de R$1 milhão de reais.
 
No discurso de Carneiro ele diz que “"há indícios de que essa substância pode causar danos graves à saúde humana e ambiental". Leia seu pronunciamento na íntegra clicando aqui.
 
O CVP-Coque Verde de Petróleo (PetCoke) embora seja um subproduto do processo de refino, ganhou valor comercial e passou a ser comercializado como combustível em fornos e caldeiras, sendo utilizado em cimenteiras, indústrias de cerâmica, calcinadoras de gesso e outras. De fato, em sua composição elementos tóxicos presentes no petróleo, tais como enxofre, metais pesados e hidrocarbonetos voláteis.
 
A sua utilização como fonte energética gera, dentre outras substâncias, dioxinas e furanos, reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde como carcinogênicos (SANTI, 2003).
 
Já foram publicados vários trabalhos que mostraram o aumento do número de casos de leucemias agudas e crônicas devido à exposição ocupacional a essas substâncias.
 
Dentre as doenças ocasionadas pela exposição temos as síndromes mielodisplásicas (SMD), que são doenças hematológicas clonais com apresentação heterogênea que implica em evolução para insuficiência medular e progressão progressão para leucemia aguda (AUGUSTO, 1991; MAGALHÃES; LORAND-METZE, 2004)

Veja essas imagens no Facebook de João Eduardo, Professor na empresa FAP - Faculdade Paraibana, Professor na empresa ASPER e Professor na empresa Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 

 
 
Coque de petróleo armazenado a céu aberto. — em Cabedelo.
 
 
Fotografia de satélite do Google Maps, indicando o
local de armazenamento do coque de petróleo, a céu
aberto, a poucos metros do manguezal. - em Cabedelo
 
 
Rua que dá acesso ao depósito do coque de petróleo. A cor negra
poderia sugerir que a rua seja asfaltada. Na verdade o solo
está impregnado pelo coque, e quando não está úmido
espalha grande quantidade de poeira. - em Cabedelo.
 
 
 
 

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