10/08/2013 15h56
- Atualizado em
10/08/2013 16h14
Especialista afirma que erosão pode atingir outras praias.
Construção de quebra-mar deve começar nos próximos dias, diz Prefeitura.
O projeto de contenção da barreira do Cabo Branco, em João Pessoa,
deve ser iniciado nos próximos dias, mas mesmo a obra sendo ideal no
momento, pode acarretar no avanço do mar em outras praias da capital
paraibana. É o que diz o professor em geociência Eduardo Galizza.
Galizza explica que a erosão põe em risco os pontos turísticos, como o
farol do Cabo Branco e a Estação Ciência. Os estudos mostram que se nada
for feito agora, a barreira pode desmoronar nas próximas décadas.
“O projeto é adequadro, mas alguns problemas podem acontecer. Resolve
pontualmente, mas existe o perico de provocar erosão ao norte dessas
áreas que vão receber as obras de engenharia. Temos experiências aqui na
Paraíba, como foi a construção dos espigões em Cabedelo, também para
conter o avanço do mar, e que potencializou a erosão. Toda vez que se
faz uma intervenção na orla paraibana, o problema é deslocado para o
norte”, conta o professor.
Segundo ele, se proteger essas áreas menos urbanizadas, coloca-se em
risco as prias urbanas ao norte da barreira, como Cabo Branco, Tambaú e
Manaíra
A Prefeitura de João Pessoa garante que o trabalho que será realizado
na barreira é fruto do mais aprofundado estudo sobre a falésia. Será
feito um quebra-mar com blocos de pedras, construído para segurar a
força das ondas, impedindo a erosão. A Secretaria de Planejamento
informou que aguarda renovação de licença ambiental para que aconteça o
processo de licitação, e isso deve ocorrer nos próximos 30 dias.
A obra vai durar um ano e deve custar R$ 7 milhões, e além da
construção do quebra-mar, de aproximadamente 200m, a base da barreira
será fortalecida com pedras e areia. “A lógica é atenuar a energia que
vem nas ondas e reforçar o pé da barreira”, explica o secretário de
Planejamento, Rômulo Polari.
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