domingo, 4 de agosto de 2013

Secretaria encontra solução para praga de piranhas em açude da Paraíba; todos os alevinos estão sendo devorados

João Pessoa, 04/08/2013 - 12h49
 
Instalação de equipemanto fará problema se tornar uma solução, garante secretário 
 
Uma praga de piranhas tomou o Açude de Coremas e vem preocupando muito a secretaria de Pesca do Estado. Diante do problema – que não só prejudica a criação pesqueira, como deixa a vida dos banhistas em perigo – o secretário estadual de Pesca, Sales Dantas (PRB), foi a Brasília e manteve audiência com o Conselho Nacional de Pesca, de onde garante ter voltado com a solução para o caso.

Ao relatar o desequilíbrio que assola a bacia – que impede a colocação de novos alevinos, já que são logo devorados – Sales tratou com os conselheiros da necessidade de uma saída urgente, contudo que essa não fosse simplesmente extrair deliberadamente as piranhas do local.

“Expliquei que não acho interessante para o meio-ambiente do meu Estado concluir que a solução seja o extermínio de uma espécie. Para mim, é acabar com um problema e começar outro – talvez pior. Relembrei aos conselheiros que na Austrália, após muitas mortes por ataques de tubarão, resolveram abrir a caça deliberada. Com o fim dos tubarões, outro problema foi criado: aumentou descontroladamente o número de águas-vivas, que eram comidas por eles. As praias australianas passaram a ser mais perigosas que antes”, explicou Dantas.

Em meio ao debate, o secretário teria questionado se não havia alguma forma de fazer da ‘problemática’ piranha um benefício à população. Segundo Sales, um dos conselheiros se manifestou, dizendo ter em mãos um projeto eficaz de beneficiamento do peixe.

“De imediato vi que essa era a saída. Uma fábrica de beneficiamento da piranha trará inúmeros benefícios à região: fim da praga da piranha; reequilíbrio ambiental; manutenção da existência da espécie; abertura de postos de trabalho; injeção de um novo produto no mercado nordestino, com valor nutritivo inquestionável”, destacou Dantas.

Empolgado com a ideia, Sales explicou como se dará, na prática.

“Vamos financiar a construção da fábrica em Coremas, contudo quem irá mantê-la serão os pescadores da região. O processo é simples: extraída a piranha, ela é posta em um equipamento específico, onde as partes nutricionais importantes do peixe são transformadas em uma pasta consistente, que pode ser utilizada em 42 tipos de pratos diferentes, até na fabricação de hambúrgueres”, explicou. 

Redação
com assessoria

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