Isabela Alencar
As áreas suscetíveis à desertificação no Brasil estão principalmente no Nordeste, em estados como Paraíba, Ceará, Bahia, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. O problema atinge milhões de pessoas em todo o território nacional e na Paraíba.
A dificuldade com a seca em muitas regiões fez com que diversos
segmentos de proteção ao meio ambiente se manifestassem durante o Dia
Mundial do Meio Ambiente, que aconteceu ontem. O intuito das atividades foi o de esclarecer a população sobre os malefícios causados pelo próprio homem.
Durante toda a manhã, a sociedade se mobilizou em prol da natureza e
várias ações foram realizadas como forma de celebração e com o intuito
de conscientizar os paraibanos. Na Praça da Bandeira, em Campina Grande,
a Força Florestal do Brasil distribuiu cerca de mil mudas de árvores
nativas e alertou sobre as calamidades provocadas pelas ações
antrópicas. Uma caminhada ecológica às nascentes do Riacho das Piabas
também propôs uma reflexão sobre a exploração da natureza.
Foram 6 quilômedtros (km) de percurso ao longo da rede hídrica,
organizada por professores e alunos da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG). Já em Lagoa Seca, estudantes de escolas públicas
participaram de oficinas e palestras sobre a degradação e preservação do
meio ambiente.
De acordo com o comandante da Força Florestal, Antônio Barbosa, cerca de 400 pessoas se propuseram a trabalhar
voluntariamente a favor do meio ambiente durante a mobilização, mas a
maioria da população paraibana ainda é a principal causadora da
degradação ambiental.
Outro ponto de encontro foi formado na Fazenda Caiçara, a apenas 5 km
de Campina Grande. É lá que pode ser encontrada a única mata onde são
preservadas espécies nativas do Semiárido, em todo o Estado. Ontem, a
Associação de Proteção Ambiental (Apam) promoveu uma visita ao lugar,
que possui 20 variedades de árvores, sendo que dez delas em processo de
extinção.
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