domingo, 16 de setembro de 2012

Açude de Bodocongó vai passar por obras

Manancial inaugurado em 1917, deverá passar por obras de revitalização; local irá ganhar um espaço de vivência.


Leonardo Silva
De acordo com o superintendente da Suplan, já existem R$ 10 milhões em caixa para as obras em Bodocongó

O açude de Bodocongó está há cinco anos de completar um século e dá sinais evidentes de degradação e poluição.

Inaugurado em 1917, o manancial em Campina Grande, que já teve capacidade para 1 milhão de metros cúbicos de água, deverá ganhar ainda este ano o início de uma obra de revitalização que promete transformar sua paisagem atual. A Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento (Suplan) da Paraíba vai divulgar na próxima semana o projeto básico para o local que deverá ganhar um espaço de vivência, além de ter tratado seu principal bem: a água.

De acordo com Ricardo Barbosa, superintendente da Suplan, o Governo do Estado já tem à sua disposição R$ 10 milhões que poderão ser usados na obra. Segundo ele, quando a licitação for publicada nos próximos dias, o órgão irá receber projetos com propostas para a construção de um parque de lazer no local que também possibilitará recuperar as áreas aterradas no açude, além de proporcionar à população um local de bem estar social.

“Quem vai dizer o tamanho da obra será o projeto que será aceito após o processo licitatório. Mas podemos adiantar que esta será uma obra que irá recuperar um local importante da história de Campina Grande, além de proporcionar à sociedade um espaço de vivência, o que tratá muitas contribuições para todos. Temos esses recursos garantidos, mas pode ser que seja investido um valor menor ou maior, uma vez que ainda não sabemos qual projeto será colocado em prática”, explicou Ricardo Barbosa.

Ambientalistas apontam que nos dias de hoje, por conta da ação de degradação do homem, o Açude de Bodocongó - construído para abrigar 1 milhão de metros cúbicos de água - está no máximo com 50% de sua capacidade líquida, além de uma grande parte da área do local aterrada e com quase a metade de sua profundidade, que originalmente era de dez metros, diminuída. Quem apresentou diversos problemas foi a pesquisadora Janiele de França, que enumerou os principais problemas enfrentados pelo quase secular açude.

“Tornou-se comum encontrarmos pessoas lavando caminhões às margens do açude, ou até mesmo cavalos. Também já flagramos aqui pessoas carregando carros-pipa com a água do açude, o que é muito prejudicial. Tem crescido consideravelmente a quantidade de plantas que vão enraizando e formando uma crosta que transforma o local, por isso encontramos animais, como bovinos e caprinos que se alimentam no local”, apontou a pesquisadora.

Conhecedor dos problemas que o local enfrenta, Ricardo Barbosa disse que existe uma preocupação em diminuir consideravelmente essas ações de degradação do açude, e projetou que em no máximo dez meses do início dos trabalhos de revitalização, a obra deve ser entregue. “Sabemos bem da realidade, e estamos preocupados em recuperar o local. Nosso projeto é entregar esse espaço de lazer no açude em no máximo dez meses, para que no aniversário de Campina Grande ele possa estar pronto”, pontuou Barbosa.



 

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