Manancial inaugurado em 1917, deverá passar por obras de revitalização; local irá ganhar um espaço de vivência.
Givaldo Cavalcanti
O açude de Bodocongó está há cinco anos de completar um século e dá sinais evidentes de degradação e poluição.
O açude de Bodocongó está há cinco anos de completar um século e dá sinais evidentes de degradação e poluição.
Inaugurado em 1917, o manancial em Campina Grande, que já teve
capacidade para 1 milhão de metros cúbicos de água, deverá ganhar ainda
este ano o início de uma obra de revitalização que promete transformar
sua paisagem atual. A Superintendência de Obras do Plano de
Desenvolvimento (Suplan) da Paraíba vai divulgar na próxima semana o
projeto básico para o local que deverá ganhar um espaço de vivência,
além de ter tratado seu principal bem: a água.
De acordo com Ricardo Barbosa, superintendente da Suplan, o Governo
do Estado já tem à sua disposição R$ 10 milhões que poderão ser usados
na obra. Segundo ele, quando a licitação for publicada nos próximos
dias, o órgão irá receber projetos com propostas para a construção de um
parque de lazer no local que também possibilitará recuperar as áreas
aterradas no açude, além de proporcionar à população um local de bem
estar social.
“Quem vai dizer o tamanho da obra será o projeto que será aceito após
o processo licitatório. Mas podemos adiantar que esta será uma obra que
irá recuperar um local importante da história de Campina Grande, além
de proporcionar à sociedade um espaço de vivência, o que tratá muitas
contribuições para todos. Temos esses recursos garantidos, mas pode ser
que seja investido um valor menor ou maior, uma vez que ainda não
sabemos qual projeto será colocado em prática”, explicou Ricardo
Barbosa.
Ambientalistas apontam que nos dias de hoje, por conta da ação de
degradação do homem, o Açude de Bodocongó - construído para abrigar 1
milhão de metros cúbicos de água - está no máximo com 50% de sua
capacidade líquida, além de uma grande parte da área do local aterrada e
com quase a metade de sua profundidade, que originalmente era de dez
metros, diminuída. Quem apresentou diversos problemas foi a pesquisadora
Janiele de França, que enumerou os principais problemas enfrentados
pelo quase secular açude.
“Tornou-se comum encontrarmos pessoas lavando caminhões às margens do
açude, ou até mesmo cavalos. Também já flagramos aqui pessoas
carregando carros-pipa com a água do açude, o que é muito prejudicial.
Tem crescido consideravelmente a quantidade de plantas que vão
enraizando e formando uma crosta que transforma o local, por isso
encontramos animais, como bovinos e caprinos que se alimentam no local”,
apontou a pesquisadora.
Conhecedor dos problemas que o local enfrenta, Ricardo Barbosa disse
que existe uma preocupação em diminuir consideravelmente essas ações de
degradação do açude, e projetou que em no máximo dez meses do início dos
trabalhos de revitalização, a obra deve ser entregue. “Sabemos bem da
realidade, e estamos preocupados em recuperar o local. Nosso projeto é
entregar esse espaço de lazer no açude em no máximo dez meses, para que
no aniversário de Campina Grande ele possa estar pronto”, pontuou
Barbosa.
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