sábado, 22 de setembro de 2012

Sedurb volta a realizar ultrassom em árvores

Exame, realizado em árvores centenárias, faz uma leitura no interior da planta, verificando o estado de saúde e reduzindo riscos de tombamento.

Publicado em 21/09/2012 às 06h00




João Pessoa possui aproximadamente 150 mil árvores, localizadas em calçadas, canteiros centrais e praças. As árvores centenárias receberão cuidados específicos como meio de conservação através de exames de ultrassom, que fazem uma leitura no interior da planta para verificar o estado de saúde e descobrir se ela apresenta alguma doença. O serviço já havia sido iniciado em fevereiro, mas, por conta das chuvas, foi suspenso, já que o trabalho só pode ser feito em período de sol.

Em comemoração ao Dia da Árvore, os exames serão retomados hoje, na Praça da Independência.

Segundo o engenheiro agrônomo da Divisão de Paisagismo da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Anderson Fontes, foram selecionadas 300 árvores para realizar o trabalho com o aparelho de ultrassom. “Das 300 árvores, já examinamos 53, quando iniciamos as análises em fevereiro último. Começaremos a ação novamente amanhã (hoje) e a previsão é de que até dezembro deste ano o trabalho tenha sido concluído”, pontuou.

Anderson Fontes ainda destacou que nenhuma das 53 árvores examinadas apresentou algum risco. “Todas tiveram o resultado positivo, todas estão sadias, mas em algumas delas fizemos podas de contenção de copa, que reduz de 20 a 40% dos galhos das árvores, como medida de manutenção e para evitar que os mais pesados tombem, além de promover a segurança dos pedestres e dos veículos”, ressaltou.

O engenheiro agrônomo disse que após a análise, os técnicos verificam a possibilidade de tratamento fisiológico, onde são realizadas as podas, ou o fitossanitário, que examina a saúde das árvores. Caso seja detectada alguma contaminação, o tratamento é feito com produtos químicos medicamentosos, a exemplo da descupinização. “Fazemos uma barreira química, isolando a árvore para que após a aplicação do produto o cupim não volte para ela. No caso dos fungos, examinamos o tipo para ver qual o fungicida a ser aplicado. Para cada árvore há um laudo técnico específico”, explicou.

De acordo com Anderson Fontes, as árvores mais antigas estão localizadas na região central da cidade, principalmente nas Avenidas Getúlio Vargas, Tabajara, Eurípedes Tavares, Epitácio Pessoa, Maximiniano Figueiredo, João Machado, Monsenhor Walfredo Leal e Odon Bezerra, além do Parque Sólon de Lucena (Lagoa) e da Praça da Independência. “Um estudo realizado em 2007 pela PMJP caracterizou as árvores dessa região com maior potencial para quedas de galhos ou até mesmo tombamentos, por estarem em áreas de maior vulnerabilidade, já que possuem grande fluxo de veículos”, disse.

Outra medida de conservação das árvores centenárias é a poda periódica, no entanto Anderson Fontes sinalizou que as pessoas não devem realizar a poda por conta própria, pois o serviço realizado sem a técnica adequada pode matar a árvore. “Em caso de encontrar qualquer problema numa árvore, a população deve acionar os órgãos responsáveis”, destacou.

A realização de exames de ultrassom é promovida pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) e faz parte da ação Poda Programada da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb).


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