terça-feira, 4 de setembro de 2012

Lixo e esgoto em Várzea Nova

Moradores de Várzea Nova, considerada um dos maiores distritos urbanos da Paraíba, sofrem com a falta de saneamento e infraestrutura.





Ruas esburacadas, esgoto correndo a céu aberto, lixo, ratos e insetos nas ruas. Estas são algumas consequências da falta de infraestrutura que castiga os moradores de Várzea Nova, distrito da cidade de Santa Rita, localizada a onze quilômetros de João Pessoa.

A ausência de saneamento básico já é motivo de doenças entre crianças e levou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) a instaurar inquérito civil público para cobrar providências aos governos estadual e municipal. Já a Prefeitura de Santa Rita, por sua vez, informou que pretende investir, até o final deste ano, cerca de R$ 1,5 milhão em serviços de tapa-buracos e recapeamento das principais vias do local.

Várzea Nova é considerada como um dos maiores distritos urbanos da Paraíba. A população é estimada em 35 mil habitantes, o que representa 29,16% dos 120 mil moradores que vivem em Santa Rita, segundo estimativa do Censo Demográfico feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A localidade possui algumas indústrias de alimentos e de vestuário e muitos comércios informais. No entanto, o aparente desenvolvimento do distrito contrasta com as precárias condições de infraestrutura. A Rua Pedro Barbosa Ribeiro, por exemplo, que dá acesso a Várzea Nova e fica paralela à BR-230, está tomada por buracos e esgoto a céu aberto.

A dona de casa Josete da Silva mora no local há 10 anos. Ela tem três filhos e lamenta a situação, relatando que as crianças adoecem com frequência, em virtude do contato com o esgoto.

“Aqui é um mau cheiro muito grande que chega até a causar mal-estar. Meus filhos vivem com problemas de pele. Quando dá umas cinco horas da tarde, os ratos começam a aparecer. Eles são enormes. Vêm atraídos por esse lixo e mau cheiro aí”, conta.

Perto dali, a situação é parecida. A Rua da Conquista é calçada, mas não possui drenagem. A água da chuva e decorrente de algumas casas corre ao céu aberto. “Aqui, existe muita muriçoca e baratas também. Quando chove, a situação fica ainda pior, porque alaga tudo aqui”, diz a dona de casa Lindinalva Bezerra, 19 anos.

Já na rua Roberto dos Santos Correio, o problema são os buracos. “Nem carro, nem moto e nem bicicleta passa lá. Só pessoas a pé mesmo. Se uma pessoa ficar doente, terá que ser socorrida nos braços, porque ambulância não passa”, lamenta a estudante Luíza Carla de Souza.

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