domingo, 16 de setembro de 2012

Estudantes transformam lixo em adubo no Sertão

Lixo orgânico produzido pelo restaurante universitário, passava por processo de compostagem e era utilizado como fertilizante. 


 
Utilizar a teoria da sala de aula como um mecanismo para contribuir para o meio ambiente foi uma escolha que deu certo para o estudante de Ciências Agrícolas Ariones Clebson de Almeida, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Ele e mais dois colegas desenvolvem um projeto de transformação do lixo em adubo, que está sendo utilizado para a produção de mudas de Cajueiro. Serão 46 mudas plantadas na entrada do campus de Catolé do Rocha, no Sertão paraibano.

A experiência começou como um trabalho para a disciplina de Ecologia e Meio Ambiente e o estudante, que já está na reta final do curso, achou interessante utilizar as técnicas que aprendeu para deixar a sua contribuição para a natureza. “A experiência começou há quatro meses, quando a gente começou a recolher o lixo orgânico do restaurante da universidade. O lixo foi recolhido em baldes e passou por um processo chamado de compostagem, sendo transformado em adubo”, contou.

De 15 em 15 dias, os estudantes recolhiam o lixo e faziam a compostagem, processo que dura algumas semanas, até que a matéria-prima se transformasse em adubo, alimento para as mudas de Cajueiro. Segundo o estudante, restos de alimentos, como as cascas de frutas, verduras e até o pó de café são excelentes elementos para a produção de fertilizante natural.

“Além do aprendizado técnico, essa experiência também nos ensinou que pequenas ações podem fazer muita diferença para o meio ambiente”, disse.

O resultado do trabalho foi a produção de 46 mudas de Cajueiro, que serão plantadas na entrada da UEPB, campus de Catolé do Rocha. A expectativa é de que, além de embelezarem a paisagem, as árvores tragam a possibilidade de um contato maior com a natureza, a melhor qualidade do ar, a diminuição da poluição sonora e absorção das partículas e gases presentes no ar. “Se todos nós fizéssemos a nossa parte, com certeza o meio em que vivemos seria mais agradável, especialmente em áreas tão secas como a nossa. Um pouco de sombra só faz bem”, disse o estudante.


 

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