Lixo orgânico produzido pelo restaurante universitário, passava por processo de compostagem e era utilizado como fertilizante.
Isabela Alencar
Utilizar a teoria da sala de aula como um mecanismo para contribuir para
o meio ambiente foi uma escolha que deu certo para o estudante de
Ciências Agrícolas Ariones Clebson de Almeida, da Universidade Estadual
da Paraíba (UEPB). Ele e mais dois colegas desenvolvem um projeto de
transformação do lixo em adubo, que está sendo utilizado para a produção
de mudas de Cajueiro. Serão 46 mudas plantadas na entrada do campus de
Catolé do Rocha, no Sertão paraibano.
A experiência começou como um trabalho para a disciplina de Ecologia e
Meio Ambiente e o estudante, que já está na reta final do curso, achou
interessante utilizar as técnicas que aprendeu para deixar a sua
contribuição para a natureza. “A experiência começou há quatro meses,
quando a gente começou a recolher o lixo orgânico do restaurante da
universidade. O lixo foi recolhido em baldes e passou por um processo
chamado de compostagem, sendo transformado em adubo”, contou.
De 15 em 15 dias, os estudantes recolhiam o lixo e faziam a
compostagem, processo que dura algumas semanas, até que a matéria-prima
se transformasse em adubo, alimento para as mudas de Cajueiro. Segundo o
estudante, restos de alimentos, como as cascas de frutas, verduras e
até o pó de café são excelentes elementos para a produção de
fertilizante natural.
“Além do aprendizado técnico, essa experiência também nos ensinou que
pequenas ações podem fazer muita diferença para o meio ambiente”,
disse.
O resultado do trabalho foi a produção de 46 mudas de Cajueiro, que
serão plantadas na entrada da UEPB, campus de Catolé do Rocha. A
expectativa é de que, além de embelezarem a paisagem, as árvores tragam a
possibilidade de um contato maior com a natureza, a melhor qualidade do
ar, a diminuição da poluição sonora e absorção das partículas e gases
presentes no ar. “Se todos nós fizéssemos a nossa parte, com certeza o
meio em que vivemos seria mais agradável, especialmente em áreas tão
secas como a nossa. Um pouco de sombra só faz bem”, disse o estudante.
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