sábado, 17 de novembro de 2012

Falésia continua sem solução no Cabo Branco


Defesa Civil Municipal mantém o alerta para que os banhistas e pedestres fiquem atentos ao trafegar pelo perímetro que vai da Praça de Iemanjá.


 

Rizemberg Felipe

Após quase três meses desde apresentação do projeto de contenção da erosão na falésia do Cabo Branco, as obras ainda não foram iniciadas. Isso porque a Caixa Econômica Federal (CEF) ainda não expediu a liberação orçamentária para o início das intervenções. De acordo com a Secretaria de Planejamento de João Pessoa (Seplan), desde o mês passado, o órgão aguarda a conclusão da análise, para dar continuidade ao processo.

Por essa razão, a Defesa Civil Municipal mantém o alerta para que os banhistas e pedestres fiquem atentos ao trafegar pelo perímetro que vai da Praça de Iemanjá, que está parcialmente destruída devido aos efeitos da erosão e da força das ondas do mar, até a Praia do Seixas, visto que os riscos de deslizamento continuam.

O coordenador do órgão, Noé Estrela, disse que os riscos se mantêm sobretudo em dias de feriados e finais de semana. “A barreira tem vários pontos negativos, que vão continuar até a conclusão das obras. Há meses alertamos a população sobre os riscos de deslizamento, por conta dos fortes ventos da região.

Muita gente aproveita os dias livres para ir ao local e não toma os cuidados necessários”, comentou.

De acordo com Noé Estrela, apesar das placas de alerta presentes em toda a extensão da falésia, a falta de atenção de quem visita o local ainda é comum. “O problema é que muita gente aproveita os dias livres para ir àquela região, muitos aproveitam a sombra das barreiras para se proteger do sol, outros caminham no topo da barreira sem se preocupar. Nós alertamos que isso é perigoso, o local pode ter deslizamento e machucar quem está embaixo ou derrubar quem está em cima”, alertou.

Mesmo com as orientações da Defesa Civil expostas em placas de sinalização, que alertam sobre os riscos de desmoronamento na área, os banhistas ignoram o perigo, a exemplo do físico Gilberto Costa, 64 anos, que caminha frequentemente à beira-mar, passando por baixo da barreira.

“Aproveito a maré baixa para caminhar por aqui, apesar de saber do risco. No entanto, é lamentável esse estado, pois como a barreira não tem visibilidade política, a não ser no dia que realmente cair e sobrar para o atual gestor, a situação vai continuar a mesma. Com um visual desse, é uma pena”, lamentou.

Já o vigilante Carlos Antônio, 31 anos, que costuma visitar o local com a esposa e o filho pequeno, passa pela parte de cima da barreira para chegar à praia. “Nós passamos por cima porque é o único acesso que temos, mas mesmo assim tememos que algo aconteça durante nossa passagem. Por outro lado, evitamos passar por baixo da barreira ou nos acomodar lá, porque acredito que o risco é ainda maior, tendo em vista que já existem muitas pedras que caíram da barreira”, declarou. (Especial para o JP. Colaborou Jaine Alves)


 

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