Defesa Civil Municipal mantém o alerta para que os banhistas e pedestres fiquem atentos ao trafegar pelo perímetro que vai da Praça de Iemanjá.
Beto Pessoa
Após quase três meses
desde apresentação do projeto de contenção da erosão na falésia do Cabo
Branco, as obras ainda não foram iniciadas. Isso porque a Caixa
Econômica Federal (CEF) ainda não expediu a liberação orçamentária para o
início das intervenções. De acordo com a Secretaria de Planejamento de
João Pessoa (Seplan), desde o mês passado, o órgão aguarda a conclusão
da análise, para dar continuidade ao processo.
Por essa razão, a Defesa Civil Municipal mantém o alerta para que os
banhistas e pedestres fiquem atentos ao trafegar pelo perímetro que vai
da Praça de Iemanjá, que está parcialmente destruída devido aos efeitos
da erosão e da força das ondas do mar, até a Praia do Seixas, visto que
os riscos de deslizamento continuam.
O coordenador do órgão, Noé Estrela, disse que os riscos se mantêm
sobretudo em dias de feriados e finais de semana. “A barreira tem vários
pontos negativos, que vão continuar até a conclusão das obras. Há meses
alertamos a população sobre os riscos de deslizamento, por conta dos
fortes ventos da região.
Muita gente aproveita os dias livres para ir ao local e não toma os cuidados necessários”, comentou.
De acordo com Noé Estrela, apesar das placas de alerta presentes em
toda a extensão da falésia, a falta de atenção de quem visita o local
ainda é comum. “O problema é que muita gente aproveita os dias livres
para ir àquela região, muitos aproveitam a sombra das barreiras para se
proteger do sol, outros caminham no topo da barreira sem se preocupar.
Nós alertamos que isso é perigoso, o local pode ter deslizamento e
machucar quem está embaixo ou derrubar quem está em cima”, alertou.
Mesmo com as orientações da Defesa Civil expostas em placas de
sinalização, que alertam sobre os riscos de desmoronamento na área, os
banhistas ignoram o perigo, a exemplo do físico Gilberto Costa, 64 anos,
que caminha frequentemente à beira-mar, passando por baixo da barreira.
“Aproveito a maré baixa para caminhar por aqui, apesar de saber do
risco. No entanto, é lamentável esse estado, pois como a barreira não
tem visibilidade política, a não ser no dia que realmente cair e sobrar
para o atual gestor, a situação vai continuar a mesma. Com um visual
desse, é uma pena”, lamentou.
Já o vigilante Carlos Antônio, 31 anos, que costuma visitar o local
com a esposa e o filho pequeno, passa pela parte de cima da barreira
para chegar à praia. “Nós passamos por cima porque é o único acesso que
temos, mas mesmo assim tememos que algo aconteça durante nossa passagem.
Por outro lado, evitamos passar por baixo da barreira ou nos acomodar
lá, porque acredito que o risco é ainda maior, tendo em vista que já
existem muitas pedras que caíram da barreira”, declarou. (Especial para o
JP. Colaborou Jaine Alves)
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