Moradores reclamam que a coleta de lixo não está sendo feita com frequência, principalmente após as últimas eleições municipais
Jaine Alves
Jaine Alves
Mau cheiro, proliferação de ratos e baratas, além de contaminação de doenças, como disenteria e leptospirose.
Essas são algumas causas do lixo acumulado em vias públicas e do
esgoto a céu aberto, em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa.
Os moradores alegam que a coleta de lixo não está sendo feita com
frequência, principalmente após as últimas eleições municipais. Já o
secretário de Infraestrutura, Werisson Duarte, garante que o serviço é
feito três vezes por semana e passou por falhas devido à falta de
compromisso da empresa contratada para a coleta, mas que o problema já
foi sanado.
Moradores da rua Santa Maria, no bairro Várzea Nova, convivem com a
fedentina oriunda do esgoto e do lixão existente em um campo de futebol,
que por ironia é localizado ao lado da casa de um vereador do
município. "À noite não conseguimos dormir com o mau cheiro que vem com o
vento. Durante o dia, as crianças brincam no local, correndo o risco de
pegar doença, pois há muito tempo que tem esse lixão e nada foi feito”,
relatou o morador Severino do Ramo, 37 anos.
Nas ruas da cidade a realidade é a mesma, pois, segundo a população, o
carro de lixo já não passa há mais de uma semana, como na rua da
Mangueira, que teve a situação agravada após as eleições para prefeito
na cidade, como afirmou o motorista Alberto da Silva, 32 anos. “Antes
das eleições, o carro de lixo passava um dia sim e outro não, mas agora
já faz mais de oito dias que não coletam o lixo e essa tem sido a
frequência do serviço, uma vez por semana ou a cada 15 dias”, disse.
Com isso, o lixo fica acumulado em canteiros, terrenos baldios e até
mesmo próximo a locais de diversão infantil, como ao lado de um parque,
que segundo a aposentada Dominga da Conceição, 65 anos, as crianças
brincam em meio ao lixo porque não há coleta frequente no local.
Por outro lado, o secretário de Infraestrutura da Prefeitura
Municipal de Santa Rita, Werisson Duarte, disse que a empresa Ambiental,
que realizava o serviço de coleta de lixo, apresentou problemas e não
estava mais cumprindo o contrato, mas que a prefeitura já contratou dez
caçambas para inicialmente fazer a limpeza emergencial e depois seguir
com a coleta diária.
Sobre o lixão, o secretário informou que o local foi feito ponto de
lixo, pelos próprios moradores, durante o período em que a região ficou
sem coleta. “Em todo caso, já retiramos uma parte do lixo e o restante
será coletado, conforme a normalização do serviço”, afirmou.
Werisson Duarte disse ainda que o município teve dois projetos de
saneamento básico aprovado pelo Ministério das Cidades, com a ressalva
de que a prefeitura ficaria responsável pela parte técnica e a execução
pela Companhia de Água e Esgotos do Estado (Cagepa). “Os dois projetos
são referentes aos bairros Várzea Nova e Odilândia. Ambos já foram
iniciados, na verdade, desde a gestão de Cássio (Cunha Lima), mas como
teve problemas com a empresa que ganhou a licitação na época, as obras
foram paralisadas. No entanto, já foram retomadas, mas não temos
previsão de conclusão. O próximo projeto, que ainda aguarda aprovação,
será para o esgotamento total do bairro Marco Moura”, pontuou.
Ao concluir, o secretário ressaltou que a falha ocorrida na coleta de
lixo, não tem relação política, mas sim pelo não cumprimento da empresa
contratada para o serviço.
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