Agentes de limpeza urbana reclamam da suspensão no café da manhã fornecido e de atrasos nos salários.
Isabela Alencar
A população de Campina Grande está reclamando do lixo que não está sendo recolhido com frequência na cidade. Mas o problema vai além da captação dos resíduos e começa por volta das 6h, quando tem início o serviço dos garis com a limpeza da cidade.
A categoria reclama que está sem o café da manhã há mais de uma
semana e os prestadores de serviços também protestam contra o atraso nos
salários. Os garis ameaçam paralisar suas atividades na próxima
segunda-feira, se nada for resolvido.
De acordo com o delegado de base dos garis, Flaviano Pereira, sem o
café da manhã fica difícil de trabalhar. “Nós acordamos muito cedo e
nosso trabalho é muito pesado, precisamos de um reforço alimentar. Mas
há mais de uma semana o café foi suspenso”, reclamou. Além disso, os 170
garis (prestadores de serviços) informaram que estão com os salários
atrasados.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos
Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), Napoleão Maracajá, o
problema acontece há três meses.
Moradores da cidade, como a professora Ana Lúcia Almeida, contaram
que desde a última sexta-feira, dia 2, o lixo não é recolhido em seu
condomínio, localizado na Rua Luíza Bezerra Motta, no Catolé. Em outros
bairros e localidades, como na Estação Velha, Rua 24 de Maio e na Odon
Bezerra, o lixo continua sendo acumulado.
Conforme o secretário de Serviços Urbanos do município, Fábio
Almeida, dois caminhões da empresa que presta o serviço de coleta de
lixo estão quebrados. “A empresa já nos prometeu a reposição dos
veículos", contou. Ele também informou que apenas o salário do mês de
setembro está atrasado e deverá ser pago até amanhã.
Com relação ao café da manhã que havia sido suspenso, ele prometeu que a alimentação retornará na próxima segunda-feira.
“Tivemos que renovar o contrato com a empresa prestadora do serviço e por isso a suspensão”, explicou.
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