Além do relatório, também será entregue um manifesto em defesa das obras a presidenta Dilma Rousseff.
A Assembleia
Legislativa da Paraíba (ALPB) vai entregar amanhã aos deputados federais
e senadores nordestinos o relatório que resultou de uma inspeção
realizada nas obras de transposição das águas do Rio São Francisco. A
Casa também lançou um manifesto em defesa das obras, que será entregue à
presidenta Dilma Rousseff (PT).
Entre as sugestões apresentadas no relatório está a criação pelo
governo do Estado de um grupo de trabalho multidisciplinar para estudar
os problemas ambientais que irão ocorrer com a entrada das águas no
Estado. A agilização de obras sanitárias nos 54 municípios paraibanos
que serão beneficiados com o projeto e a proposta de fortalecimento da
Agência Executiva de Gestão da Águas (Aesa) também integram a lista.
O deputado estadual Assis Quintans (Democratas) será o responsável
pela entrega do documento. O parlamentar viaja hoje a Brasília,
atendendo recomendação do presidente da Casa, o deputado Ricardo Marcelo
(PEN). Além disso, Assis Quintans também vai coletar assinaturas para
um manifesto em favor das obras. O documento que será encaminhado à
presidente já conta com a assinatura de várias autoridades paraibanas.
“Eu ficarei o tempo que for necessário para mobilizar a bancada
federal dos quatro Estados beneficiados com a transposição. O manifesto
assinado para a presidente é para mostrar a situação testemunhada por
nossa visita a todo o percurso da obra”, destacou Quintans.
Segundo o deputado, é preciso uma explicação para a paralisação das
obras, que tem prejudicado os nordestinos que sofrem com a seca. “A
esperança do sertanejo está se evaporando, tal como se evaporam as águas
dos açudes que, um a um, estão secos pela inclemência do sol. Contudo,
enfrentamos o sentimento de impotência, mas não perdemos a esperança de
reverter o quadro atual das obras do São Francisco”, disse.
“A transposição das águas do Rio São Francisco é uma bandeira de luta
da Assembleia Legislativa da Paraíba. A seca vem maltratando muito os
nordestinos e essa obra vai matar a sede de muita gente e trazer
desenvolvimento para a nossa região que é tão sofrida”, disse o
presidente Ricardo Marcelo.
Em setembro deste ano, o Poder Legislativo formou uma comissão com
políticos e representantes do Executivo e da sociedade e fizeram uma
visita para fiscalizar o andamento das obras. A transposição das águas
do Rio São Francisco começou em 2007 e foi orçada em R$ 4,5 bilhões.
Hoje ela custa R$ 8,2 bilhões.
No documento são elencadas ao todo 14 sugestões para viabilizar a
conclusão do projeto e otimizar sua execução. O relatório é fruto do
trabalho de uma comissão que percorreu 1.900 quilômetros nos eixos Norte
e Leste do projeto de transposição e constatou alguns problemas, como a
paralisação em trechos da obra e problemas ambientais nos Rios Paraíba e
Piranhas.
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