Para o ambientalista
Roberto Almeida, da Associação de Proteção Ambiental (Apam), os próprios
agricultores contribuem para o desaparecimento do rio. “Eles desmatam
as margens do rio para construir plantações, mas não sabem que acabam
interferindo em tudo, inclusive no clima".
São as matas ciliares que equilibram o curso do rio e evitam o seu
assoreamento. “Esta é a maior seca dos últimos 50 anos e os próprios
agricultores, que dependem do rio para sobreviver, contribuem para que
ele desapareça”, explicou.
Ele informou que os próprios ribeirinhos irão sentir os efeitos da
ação antrópica e, mais tarde, terão que migrar para as cidades, sem
outra alternativa de vida. Para o ambientalista e também coordenador da
Sudema na região de Campina Grande, este é o pior problema a ser
enfrentado pelo rio, além da retirada de areia, que funciona como um
filtro do rio.
Frei Anastácio alerta que se este processo não for controlado pode
provocar sérios danos contribuindo também para o aniquilamento de
espécies de peixes. “A tendência é que o rio suma com os anos, já que
sem água não haverá umidade do ar e, sem isso, não haverá chuvas. Com a
seca deste ano, o volume de água já reduziu em 40%”, contou.
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