03/11/12 - 12:08
Da Redação (com Assessoria)
WSCOM Online
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Investimentos iniciais para irrigação de lavouras somam R$ 60 mil
Na comunidade Cacimba Nova, em Conceição, Sertão paraibano, a agroecologia é a palavra de ordem para os produtores rurais. As famílias produzem tomate, cebola, batata doce, cenoura,
feijão, dentre outros produtos. A água para irrigação é captada no açude
Videl, um manancial construído nos anos 1980 e que modificou a
realidade da comunidade. Em plena seca dos anos 1990, os agricultores de
Cacimba Nova exportavam toneladas de cenoura para o Estado do Paraná.
A produção agrícola naquela comunidade recebeu recentemente novo impulso por meio de apoio do Projeto Cooperar. Os investimentos
iniciais para irrigação de lavouras somam R$ 60 mil. Com a orientação
de técnicos do Cooperar, as famílias de produtores rurais estão
implantando técnicas alternativas de agroecologia, bem como práticas de
conservação do solo.
O presidente da Associação Comunitária Cacimba Nova, João Costa, destacou que a produtividade
está recebendo um forte impulso via a ajuda financeira do Cooperar e do
Banco Mundial. “O Governo do Estado tem sido exemplar no aspecto da
produtividade e nós queremos mais produção e, acima de tudo, ajudar a
desenvolver o Sertão tão sofrido”, declarou.
João Costa, esposa, filhos e demais famílias da comunidade buscam com
os benefícios trabalhar sempre com a agroecologia, tendo o devido
acompanhamento de técnicos da Emater, do Cooperar. “Vou fazer um
projeto bem maior, de expansão, e por em prática tudo o que nos foi
ensinado para convivermos melhor com a natureza”, acrescentou.
Produção – Os principais produtos de Cacimba Nova
são tomate, batata doce e cenoura, porém, as famílias também plantam
melancia, pimentão, feijão e abóbora. Em determinadas safras, a
comunidade chega a produzir cerca de 30 toneladas de tomate e batata por
hectare. A produção é vendida para os mercados de Cajazeiras, Patos,
Campina Grande e Serra Talhada (PE). “O Nordeste tem solução e Cacimba
Nova, com seu projeto de irrigação e o apoio do Cooperar, está dando
exemplo de como se faz desenvolvimento rural sustentável”, afirmou João
Costa. De forma direta, a associação é composta por 12 famílias.
Por meio da contribuição do Cooperar, jovens da região que precisaram
partir para o Sudeste do país já estão retornando às suas famílias para
atuar na agricultura irrigada. Agora, com gerenciamento adequado para
gerar maior lucratividade e até criar renda para outras famílias.
O coordenador geral do Projeto Cooperar, Roberto Vital, e o
representante do Banco Mundial, Eduard Bresnyan, visitaram na semana
passada a comunidade Cacimba Nova e avaliaram que a experiência daquelas
famílias de fato é promissora, por isso é referência na região e deve
ser exemplo em todo o Vale do Piancó. “O Cooperar atendeu a demanda da
comunidade porque observou que havia potencial, a partir de um pequeno investimento, para começar o processo educativo de produção de agroecologia”, afirmou Roberto Vital.
Eduardo Bresnyan avaliou que a comunidade realiza um desenvolvimento
integrado. “Organizados, os agricultores enfrentam os desafios da seca
no Sertão e isto é modelo para outras cidades”, observou.
A agricultora Vera Lúcia Costa é uma das mulheres de Cacimba Nova que
no dia-a-dia trabalha na roça dividindo as tarefas com os homens. Selma
Leite Costa, professora de Biologia e esposa do presidente João Costa,
tem transferido seus conhecimentos na área ambiental aos agricultores
familiares. “Nós queremos ter um ambiente saudável, devolvendo à
natureza tudo o que ela nos deu. É um compromisso nosso”, disse.
Sônia Maria Alves Dantas Dias é facilitadora do método ITOG –
Investimento, Tecnologia, Organização e Gestão. Por meio de uma ONG, ela
presta consultoria ao Cooperar. A bióloga ensina os beneficiários do
Cooperar a serem bem sucedidos a partir de um plano de ação.
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