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Dados mostram
que 74,9% das 3.405 toneladas (t) de resíduos gerados por dia, no ano
passado, tiveram destinação final inadequada.
Jaine Alves Rizemberg FelipeMunicípios terão até agosto de 2014 para implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
Na Paraíba, das 3.405 toneladas (t) de resíduos sólidos urbanos (RSU)
gerados por dia, no ano passado, 74,9% tiveram destinação final
inadequada. Isso indica que apenas 852 t/dia de lixo tiveram o destino
correto enquanto 2.553 t/d foram depositados de forma inadequada. Os
dados são de um estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais (Abralpe) e mostram ainda que apenas 2.754
t/ dia foram coletados por empresas, os demais sequer foram recolhidos.
A situação preocupante ocorre apesar dos planos municipais de gestão
de resíduos sólidos ser uma das exigências da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) para o manejo adequado do lixo, cujo prazo final
de adequação é agosto de 2014.
Mesmo com a PNRS, as cidades da Paraíba esbarram nas dificuldades de
implantar a gestão de resíduos sólidos, bem como cumprir o prazo
estabelecido pelo governo federal, segundo o presidente da Federação das
Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Rubens Germano (Buba). “O
plano nacional de saneamento básico, que inclui abastecimento,
drenagem, esgotamento sanitário e gestão de resíduos sólidos é uma
obrigatoriedade para todos os municípios até 2014, mas o governo federal
não dá o apoio financeiro, nem suporte técnico, para que essas cidades
possam cumprir o prazo estabelecido.
Sem esse apoio, os municípios precisarão contratar pessoal para o
setor técnico, o que irá gerar despesas e que os municípios não estão
capacitados para arcar com esses custos”, afirmou.
Buba Germano sugeriu como solução para o descarte adequado do lixo
coletado, um consórcio entre prefeitura e empresas privadas. “Poderia
ser feita uma PPP (Parceria Público Privada), onde a empresa privada
gerenciaria o aterro e o município ficasse responsável pela coleta e
destino final dos resíduos sólidos. Mas atualmente, nossa maior
preocupação é que o governo federal tem uma política pública que
pulveriza os recursos, através de pastas como o Ministério das Cidades,
do Meio Ambiente, Funasa (Fundação Nacional de Saúde), cujos recursos
acabam não chegando aos municípios”, disse.
Por outro lado, o presidente da Famup ressaltou que a destinação
final do lixo de forma inadequada pode ser reduzida com o apoio da
população. “Também é preciso que a população tenha o entendimento de
separar o lixo domiciliar do orgânico, já que 80% do lixo produzido nas
residências é reciclável e apenas o restante é realmente o rejeito
encaminhado aos aterros”, pontuou.
A reportagem tentou contato telefônico com a Superintendência de
Administração do Meio Ambiente (Sudema), mas nenhuma de nossas ligações
foi atendida, inclusive pela assessoria de comunicação.
JOÃO PESSOA
A Abralpe também realizou um levantamento junto a dez municípios da
Paraíba, com dados de janeiro a outubro do ano passado, e mostrou que
somente em João Pessoa foram coletadas 846,2 toneladas de RSU
diariamente, o equivalente a 1,14 quilo/dia por habitante.
Segundo a diretora do Departamento de Valorização e Recuperação de
Resíduos Sólidos (Devar) da Autarquia Especial Municipal de Limpeza
Urbana (Emlur) de João Pessoa, Carol Estrela, o setor tem realizado
ações para dar o destino correto ao lixo, como o projeto 'Emlur no Meu
Bairro', que acontece todas as terças-feiras nos bairros da capital,
onde os agentes de limpeza urbana recolhem os resíduos sólidos
existentes na área e os educadores ambientais sensibilizam a população,
simultaneamente.
Além disso, Carol Estrela disse que no Dia Mundial da Reciclagem,
comemorado em 17 de maio, a Emlur lançou como projeto piloto o cartão
'Limpinho 3R', no bairro Bessa. “Os três 'R' quer dizer reciclar,
reduzir e reutilizar, que tem o objetivo de incentivar a população a
fazer a coleta seletiva na residência. E esse cartão tem uma bonificação
em pontos, que varia de acordo com o peso prensado do lixo reciclável
descartado, a fim de que esse material não precise ir para o aterro
sanitário. A pontuação do cartão poderá ser trocada em supermercado,
posto de gasolina, cabeleireiro e casa de show, mas os estabelecimentos
ainda serão definidos e contratados, pois está em fase de pactuação”,
ressaltou.
Carol Estrela acrescentou que o cadastro para o 'Limpinho 3R' é feito
pela internet, através do site da Prefeitura Municipal de João Pessoa e
que a Emlur pretende expandir o projeto. (Colaborou Luzia Santos)
Projeto de lei, que pretende garantir a instalação em prédios de três andares ou mais, foi aprovado nesta terça (28)
Postado em por edificar
Por Hallita Avelar
Foi aprovada, em votação realizada na manhã desta terça (28) na
Assembleia Legislativa, a obrigatoriedade da instalação de telhados
verdes nas edificações de três ou mais pavimentos no estado da Paraíba. O
projeto de lei ordinária nº 1.424/2013, de autoria do deputado estadual
Hervázio Bezerra (PSDB), passará a valer após ser sancionada pelo
governador.
A ideia, ao que parece, vem sendo aprovada por quem entende de
paisagismo. Para o diretor de gestão da Sociedade Brasileira de
Arborização Urbana (Sbau), Sérgio Chaves, a modalidade traz, entre
outros benefícios, o resfriamento do ambiente. “Além de promover um
maior conforto térmico ao ambiente, o telhado verde atrai ainda pássaros
de variadas espécies e torna o edifício mais humanizado”, declarou.
O paisagista ressalta ainda a escolha da vegetação ideal para a
edificação, levando em conta itens como o espaço disponível para o
jardim e a profundidade. “Pode-se trabalhar vegetações diversas, as
arbóreas ou herbáceas, como margarida, beijo e alamanda. Há quem prefira
plantar essências ou fazer uma horta. Independentemente da escolha,
tudo isso deve ser muito bem preparado, com inclinações, drenagem e o
substrato específico”, acrescentou o paisagista.
Sobre o assunto, a arquiteta e paisagista Patrícia Lago reforça a
necessidade de trazer mais verde ao ambiente urbano. “Não sei se há
necessidade de uma obrigatoriedade, mas todo incentivo é válido. Já são
comprovadas as vantagens do telhado verde, não só com relação à absorção
do gás carbônico como também pelo fato de termos tão poucas áreas de
preservação na cidade grande, onde o concreto predomina”, pontuou.
Ausência de sistema de tratamento de esgoto em 40 municípios da região próxima ao reservatório é preocupante.
Tarcísio Araújo
Leonardo SilvaEsgotos são lançados nas bacias dos rios Paraíba e Taperoá que deságuam no açude de Boqueirão
O açude Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão, é
responsável pelo abastecimento de Campina Grande e de 19 cidades da
região, e a poluição é motivo de preocupação para mais de um milhão de
pessoas que dependem da água do manancial.
Um dos aspectos mais preocupantes é a ausência de sistema de
tratamento de esgoto em 40 municípios da região próxima ao reservatório,
que fica no Cariri da Paraíba. Parte dos esgotos produzidos nessas
cidades é lançada nas bacias hidrográficas dos rios Paraíba e Taperoá
que deságuam no açude de Boqueirão. O alerta foi feito pelo pesquisador
da Embrapa Algodão Ramiro Pinto, que constatou o problema durante a
pesquisa para sua tese de doutorado em Recursos Naturais na Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG) concluída no ano passado.
Segundo o pesquisador, ao longo do curso do rio Paraíba são jogados
esgotos de 17 municípios e no rio Taperoá esse número chega a 23. Ramiro
destaca que o mais preocupante é o lançamento de chorume (mistura de
água e resíduos da decomposição do lixo) nos rios e que pode levar à
contaminação da água. “Além disso, os rios recebem materiais como
baterias de celulares, lâmpadas e produtos eletrônicos, que são
altamente poluidores”, afirmou.
Além da falta de aterros sanitários nos municípios, outro problema
que contribui para o lançamento de lixo nos rios é a degradação da
caatinga que já atinge 70% do território paraibano. “A degradação da
vegetação contribui para que esse material vá para os rios com mais
facilidade e chegue até o açude de Boqueirão”, ressaltou Ramiro.
O tratamento dos resíduos sólidos de forma adequada deverá se tornar
realidade até agosto do próximo ano, quando se vence o prazo para que os
municípios implantem os planos municipais de gestão integrada de
resíduos sólidos.
CONSUMO
Construído na década de 50, o açude de Boqueirão vem sofrendo com
constantes riscos de colapso. Na crise hídrica do período de 1997 a 1999
o açude abastecia apenas seis cidades (Campina Grande, Boqueirão,
Queimadas, Pocinhos, Caturité, e Riacho de Santo Antônio) com
aproximadamente 600 mil habitantes e hoje abastece mais cidades. “O
habitante do semiárido necessita mudar seus hábitos e as cidades se
adequarem ao fato de termos limitação de água para sobrevivência”,
alertou Ramiro.
Solenidade de lançamento aconteceu em Alagoa Grande; indústria irá gerar cerca de 730 postos de trabalhos diretos e indiretos.
Alexsandra Tavares DivulgaçãoVagas oferecidas vão contemplar candidatos de níveis médio e superior em diversas funções
A Bioenergy AGe, primeira biorrefinaria do Norte-Nordeste, irá gerar
cerca de 730 postos de trabalhos diretos e indiretos na Paraíba, e as
inscrições para emprego começam em outubro deste ano. A solenidade de
lançamento da indústria, cem por cento paraibana, ocorreu ontem à noite
no auditório da prefeitura de Alagoa Grande, município do Brejo
paraibano onde o empreendimento será sediado. Segundo o diretor
executivo da Bioenergy, Severino Sousa, as obras para a construção do
prédio deverão iniciar-se em julho. Severino Sousa estima que a
biorrefinaria comece a funcionar em novembro ou dezembro deste de 2013.
As vagas oferecidas vão contemplar candidatos de níveis médio e
superior em funções como motorista, operadores de máquinas, auxiliar de
produção, químicos, biólogos e administrador. Além dos 129 empregos
diretos, a Bioenergy vai trabalhar com aproximadamente 600 assentados da
região próxima a Alagoa Seca. Eles vão fornecer a matéria-prima para a
empresa chamada de sorgo sacarina, planta usada na produção de etanol.
“É uma espécie de gramínia originária da África que será introduzida
nos assentamentos e pequenos produtores da região próxima a Alagoa
Grande. Ela ainda serve como ração animal”, explicou Severino Sousa.
De acordo com o diretor executivo da Bioenergy, um anexo da indústria
irá funcionar na prefeitura de Alagoa Grande onde serão recebidos os
currículos dos candidatos às vagas oferecidas.
“Vamos priorizar os candidatos da região. Iremos trabalhar com
assentados de Alagoinha, Areia e Alagoa Nova”, afirmou Severino Sousa.
A expectativa é de que a Bioenergy produza por mês de 800 toneladas a
1.000 toneladas de briquete (combustível sólido utilizado em
caldeiras, fornos e churrasqueiras), cerca de 200 mil litros de etanol
(combustível) e até 30 mil litros de bio álcool neutro (usado em
hospitais). “Vale lembrar que o etanol produzido será consumido pela
Rádio Taxi de João Pessoa, que vai rodar com toda a sua frota com
etanol”, afirmou Severino Sousa.
O empreendimento "green power" , ou seja ecologicamente correto, terá
investimento de R$ 2,5 milhões no Estado. Um exemplo é a substituição
da lenha, diesel, gás e outros combustíveis fósseis usados na geração
de energia térmica pelo briquete, também chamada de lenha ecológica.
Para cada tonelada de briquete usada é possível evitar o corte de 80
árvores na natureza.
De acordo com Severino Sousa o 'O wood briquete' é o combustível
sólido mais limpo, a combustão é muito mais eficiente e gera menos
fumaça que a lenha. “Uma tonelada de briquete produz sensivelmente a
mesma energia que 2,5 toneladas de lenha, assim sendo ocupa menos espaço
de armazenamento e transporte”.
A
Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Social
da Capital recebeu da Superintendência de Administração do Meio
Ambiente (Sudema) o projeto de sinalização vertical e de divulgação na
internet sobre as condições de balneabilidade das 12 praias de João
Pessoa. O prazo definido em audiência com o Ministério Público para a
instalação das placas indicativas se encerra no dia 8 de julho.
Segundo
o promotor de Justiça João Geraldo Barbosa, o objetivo da promotoria é
garantir ao cidadão paraibano e aos turistas o direito ao acesso à
informação sobre a qualidade das águas das praias, através da
classificação "próprias" ou "impróprias" para o banho e atividades
esportivas aquáticas.
Atualmente, a divulgação das condições de
balneabilidade das praias do litoral paraibano é realizada através de
relatório semanal produzido pela Coordenadoria de Medições Ambientais da
Sudema a partir de coletas realizadas em 56 praias do estado.
O
projeto apresentado pela Sudema pretende reformular a divulgação e
ampliar o acesso à informação divulgada a partir do relatório semanal
com a instalação da sinalização vertical na orla da capital para
facilitar o acesso a esses dados.
As placas indicativas deverão ser
instaladas até o dia 8 de julho nas praias Bessa 1 e 2, Manaíra, Tambaú,
Cabo Branco, Seixas, Penha, Jacarapé, Arraial, Sol, Camurupim e Barra
de Gramame. As placas com o slogan "Se liga na balneabilidade" informará
o nome da praia e a indicação "própria" ou "imprópria".
O projeto na
íntegra encaminhado pela Sudema está à disposição para consulta na
promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital para os promotores de
Justiça que atuam em municípios do litoral e que queiram estender a
iniciativa às demais praias paraibanas.
Cobra foi resgatada pela Polícia Ambiental e ficará em quarentena.
Já são 5 animais silvestres capturados em áreas urbanas de João Pessoa.
Andréia Martins
Do G1 PB
Cobra jiboia capturada em casa em João Pessoa teria comido um pato. (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Uma cobra jiboia de mais de dois metros de comprimento foi capturada pela Polícia Ambiental de João Pessoa
na manhã desta quarta (29). De acordo com informações da Polícia, o
animal teria sido encontrado quando um homem, que também fabrica jarros
de barro, percebeu a falta de um de seus patos na residência.
Ao fazer uma busca pelo local, o homem, morador do bairro do Castelo
Branco, encontrou a jiboia. Imediatamente, ele entrou em contato com a
Polícia Ambiental, que foi realizar a captura. Eles informaram que o
animal está muito estressado, que seu aparecimento em uma área urbana é
uma coisa bastante inusitada e que o pato provavelmente foi comido pela
cobra, que mal conseguia se mexer.
A Polícia aconselha à população que, quando se deparar com esse tipo de
animal, entre em contato o mais rapidamente possível; assim, a captura
será realizada de forma segura. A jiboia será encaminhada para o Centro
de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde será observada por
quarenta dias. Biólogos do Centro farão exames para verificar suas
condições de saúde para que ela seja solta em seu habitat natural
depois.
Animal será encaminhado para Centro de Triagem de Animais Silvestres e ficará em quarentena.
(Foto: Walter Paparazzo/G1)
Animais Silvestres em Áreas Urbanas
Desde janeiro deste ano, cinco animais silvestres já foram capturados
pela Polícia Ambiental de João Pessoa em áreas urbanas da cidade. Foram
três raposas, um guaxinim e um tamanduá.
Em fevereiro, uma raposa foi capturada na recepção do Aeroporto Castro Pinto, na cidade de Bayeux. Em março, no bairro de Nova Mangabeira, um gaxinim, animal raro no Brasil, foi encontrado em cima de uma árvore.
O tenente responsável pela captura afirmou que a captura fugiu bastante
da normalidade. "O guaxinim é um animal que vive em mangues e costuma
ser muito arisco”, disse.
No bairro do Ernani Sátiro, em maio, uma raposa foi capturada após cair em um buraco e outra ainda foi encontrada em uma loja de produtos médicos e odontológicos no Centro de João Pessoa. O tamanduá foi resgatado em uma casa, no Bairro das Indústrias, e estava bastante debilitado.
Além disso, a Polícia Ambiental também realizou a captura de doze cutias, mas elas estavam sendo criadas em cativeiro em Santa Rita, na região metropolitana da capital paraibana.
Seminário acontecerá no dia 7 de junho, no Teatro da Facisa. Região metropolitana de Campina Grande foi criada em 2009.
Do G1 PB
Vice-governador Rômulo Gouveia compareceu à abertura do 'Cidade Expressa' (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Uma solenidade de abertura nesta quarta-feira (29) marcou o início do seminário 'Cidade Expressa' em Campina Grande.
O debate visa despertar a atenção para a mobilidade urbana e
concretização da região metropolitana de Campina Grande. O evento
acontece no próximo dia 7 de junho, no Teatro da Facisa.
O lançamento do seminário aconteceu na sede da Associação Comercial de
Campina Grande (ACCG) e contou com a presença do vice-governador da
Paraíba, Rômulo Gouveia, do secretário de de Planejamento de Campina
Grande, Marcio Caniello, do consultor em cooperativismo e
desenvolvimento regional Rosalvo Meneses Filho e do superintendente da
Rede Paraíba de Comunicação, Guilherme Lima, além da presença de
empresários e pesquisadores do tema.
Para o vice-governador, a importância da região metropolitana e do
debate em torno da mobilidade urbana passam pela própria preponderância
de Campina Grande enquanto entreposto comercial da Paraíba. "É um
esforço importante para a geração de emprego e renda. Fico muito feliz
pelo compromisso firmado pela nossa cidade. O desenvolvimento da Paraíba
passa muito por Campina Grande e precisamos descobrir novos ciclos para
alavancar o crescimento da cidade", afirmou Rômulo Gouveia.
Segundo o superintendente da Rede Paraíba de Comunicação, Guilherme
Lima, "será prestado todo apoio e adesão do grupo na divulgação das
propostas. Campina Grande é uma cidade que precisa dessa discussão em
torno da mobilidade". De acordo com o consultor da ACCG, Rosalvo Meneses
Filho, é importante que a Região Metropolitana de Campina Grande,
criada através da Lei Complementar 92/2009, saia do papel. "Precisamos
que se torne instrumento de ação, pensando os problemas que já se
acumulam para resolver em um futuro próximo", alegou.
O secretário de Planejamento de Campina Grande, Marcio Caniello,
afirmou que a Prefeitura vem tomando medidas que possam ajudar a sanar
os problemas de mobilidade e implementar definitivamente a Região
Metropolitana. "Queremos parabenizar a iniciativa. Precisamos discutir
planos para que o crescimento de Campina Grande não se transforme em
transtorno", disse.
No próximo dia 7 de junho, a programação contará, dentre os vários
debates, com a palestra do ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro, o
pernambucano doutor em engenharia do transporte Osvaldo Lima Neto, o
potiguar doutor em arquitetura Ruskin Freitas, o secretário de Meio
Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Helvio Polito Lopes Filho, o
vice-presidente do Fórum Nacional das Regiões Metropolitanas, Luciano
Pinto, e o secretário de Planejamento da Paraíba, Gustavo Nogueira.
A Paraíba tem 11 regiões metropolitanas regulamentadas por leis: Araruna, Cajazeiras, Esperança, Itabaiana, Guarabira, Vale do Piancó, Sousa, Mamanguape, Patos, João Pessoa e Campina Grande.
Seminário Cidade Expressa
Data: sexta-feira (7)
Horário: 8h
Local: Teatro da Facisa
Animal estava dentro de uma empresa de assistência médico-odontológica.
Raposa estava agressiva e deve ter se perdido do grupo.
Do G1 PB
PM acredita que animal tenha se perdido de grupo e foi procurar refúgio na empresa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Os funcionários de uma empresa de assistência médica e odontológica
encontraram uma raposa ao chegarem para trabalhar na manhã desta
terça-feira (28), no Centro de João Pessoa.
O animal estava em uma das dependências da empresa. De acordo com a
Polícia Ambiental, há possibilidade de a raposa ter se perdido do grupo e
procurado refúgio no local.
Policiais foram acionados e fizeram a captura da raposa que, segundo o
tenente Gilvanício, da PM Ambiental, estava estressado. “O animal estava
um pouco agressivo e por isso tivemos um pouco de trabalho durante o
processo da captura, que levou cerca de 15 minutos”, acrescentou.
A raposa será encaminhada para o Centro de Triagem de Animais
Silvestres do Ibama e passará por um período de quarentena, ainda
segundo o Batalhão de Policiamento Ambiental.
Pesquisador classifica projeto da transposição como principal representação da indústria da seca no Nordeste.
Na opinião do pesquisador João Suassuna, da
Fundação Joaquim Nabuco, a transposição do São Francisco não resolve o
problema da população do semiárido. “O projeto vai contemplar apenas os
grandes empresários, que vão utilizar a água para a irrigação pesada e
usos industriais”, afirmou. “O povo, que realmente precisa, e hoje é
abastecido por carro-pipa, vai continuar sendo abastecido por
carro-pipa”, declara o pesquisador.
O projeto da transposição é, segundo Suassuna, a principal
representação da indústria da seca no Nordeste. Ele disse não acreditar
que a obra será concluída em 2015, como garantiu o ministro da
Integração, Fernando Bezerra Coelho, em entrevista recente. “Eu até acho
que a obra vai ser concluída, mas só será em 2018, quando deverá ter
mudança do presidente. É tudo politicagem”, critica.
Há 18 anos estudando o tema transposição de águas no Nordeste, o
pesquisador disse que há outras águas na região que deveriam ser
priorizadas. “O Rio São Francisco já está muito comprometido. A
transposição vai pôr em riscos todos os investimentos que foram feitos
nos últimos anos na bacia do rio”, afirma Suassuna, destacando o
investimento de R$13 bilhões de dólares feito pela Chesf.
Suassuna também explicou que a obra da transposição representa danos
ao meio ambiente. “Do jeito que querem fazer é complicado”, reforçou.
Para ele, o povo nordestino está sendo iludido pelos governantes que
prometem acabar com os problemas da seca por meio da transposição. “A
população não tem a mínima ideia do que esse projeto representa”,
comentou. “O problema do abastecimento não será resolvido”, frisa.
De acordo com o pesquisador, o projeto não deixa claro como as águas
da transposição vão sair das represas para abastecer 391 municípios do
Agreste e do Sertão dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio
Grande do Norte. “Não vai chegar uma gota para quem realmente precisa”,
afirma Suassuna.
Ele participou de um estudo, realizado em 2004, que apontou que o Rio
São Francisco não tem condições de atender uma obra ambiciosa como a
transposição. “O rio já é de múltiplos usos e suas águas estão
comprometidas para outros fins, como energia e irrigação”, explica.
“Mais uma vez reforço que o mais viável seria buscar a água represada
no Nordeste, que tem 70 mil represas, as quais acumulam o potencial de
37 bilhões de metros cúbicos de água, a maior quantidade em regiões
semiáridas do mundo”, declara. A transposição seria, portanto, um
complemento, e não a prioridade.
AGRICULTORES AINDA ESPERAM QUE OBRAS RESOLVAM A SECA
O ano de seca tem um saldo parcial preocupante: lavoura perdida,
rebanho morto e paraibanos que migram para outras regiões do país para
sustentar a família. Sem água no semiárido, não existe esperança, não
existe trabalho. Só há mesmo tristeza e preocupação. A transposição das
águas do São Francisco é aguardada ansiosamente por quem vive nessa
situação. Mas a demora, só aumenta a descrença de que dias melhores
estão por vir.
O agricultor Paulo Nunes da Silva, 74, já se desesperou por conta da
seca. Para escapar da fome e da sede, viajou no início deste ano para a
casa dos filhos, em São Paulo. Mas acabou voltando para o município de
Sousa, no Sertão. Preferiu enfrentar a seca no lugar onde nasceu.
Quando ouve falar da transposição, seu Paulo se emociona: “Isso é um
presente para nós. Deus ajude que não seja só promessa de político”.
O deputado Francisco Quintans (DEM), presidente da Frente Parlamentar
da Seca da Assembleia Legislativa, diz que o setor rural está
abandonado e que o nível de improdutividade é alarmante. “A Assembleia
tem feito um trabalho exemplar, incluindo o relatório que mostrava as
obras da transposição em passos lentos. Logo depois disso o ministro fez
a publicação das obras da licitação”, afirma. Segundo ele, enquanto a
transposição não se torna realidade, a ALPB tem se incomodado com os
efeitos da seca. “Foram disponibilizados R$190 milhões para desenvolver
ações estruturantes de ações de convivência com a seca. A ALPB tem
cumprido o papel de alertar as autoridades para que haja uma atenção
maior para a Paraíba”, frisa.
Nos municípios de São José de Piranhas e Monteiro, as obras da transposição do São Francisco estão atrasadas e longe das metas.
Valéria Sinésio Francisco FrançaCanal em que passariam os Rios Cuncas I e II, em São José de Piranhas, está inacabado e com entulhos
Alvo de polêmicas desde o início, as obras de transposição do Rio São
Francisco, que promete levar água para 12 milhões de pessoas, ainda não
rendeu uma gota de água sequer para quem vive no semiárido nordestino.
Nos municípios paraibanos de São José de Piranhas e Monteiro, as obras
seguem a passos lentos. A demora faz a população desacreditar no
projeto, ao mesmo tempo em que o Governo Federal promete concluir a obra
até o final de 2015.
No canteiro de obras visitada pela equipe de reportagem, no final de
abril, no município de São José de Piranhas, a impressão que se tem é de
abandono. Mas o Ministério da Integração Nacional afirma que há 590
pessoas trabalhando 24 horas por dia. A reportagem visitou o local em um
domingo. O custo da obra saltou de R$ 4,5 bilhões para R$ 8,2 bilhões.
O amontoado de rochas parece intocável e as estruturas gigantes, por
onde a água deveria estar passando desde 2012 (primeiro prazo dado para a
conclusão) estão inacabadas. Em meio ao concreto destinado aos túneis, é
possível encontrar animais que buscam, em vão, saciar a sede, o que
reforça ainda mais o quanto a seca vem castigando o interior da Paraíba.
A lentidão nas obras representa sofrimento para a população do
semiárido nordestino, incluindo a Paraíba, que sofre com os efeitos da
pior seca dos últimos 50 anos, segundo meteorologistas e técnicos de
órgãos ligados à agricultura e pecuária. Em São José de Piranhas estão
os lotes 7 e 14, que compõem a Meta 3N do projeto de integração do Rio
São Francisco. Segundo o Ministério, atualmente as atividades do lote 14
estão em andamento, e as do lote 7 estão suspensas.
Os serviços devem ser retomados com a conclusão da licitação das
obras complementares da Meta 3N, que teve edital publicado no dia 10
deste mês, no Diário Oficial da União (DOU). O edital contempla também
as obras dos lotes 12, em Monteiro; 10 e 11, em Custódia (PE); e 6 em
Mauriti (CE). A perspectiva é que as obras recomecem no início do
segundo semestre.
Conforme informações do Ministério, a Meta 3N, da qual São José de
Piranhas faz parte, está com 30,4% das obras em execução. Segundo o
Ministério da Integração, as obras do projeto estão em andamento e
apontam mais de 43% de avanço.
Para chegar que as águas da transposição cheguem até à população do
semiárido, é preciso que as obras secundárias (como adutoras e canais),
de responsabilidade das prefeituras municipais e governos estaduais,
sejam executadas. Sobre esse assunto, o senador Vital do Rego (PMDB)
esclarece que a Paraíba está atrasada em relação ao andamento dos
projetos dos estados vizinhos. O senador é presidente da Comissão
Externa de Acompanhamento dos Programas de Transposição e Revitalização
do Rio São Francisco, que tem a missão de fiscalizar o andamento das
obras.
Segundo o senador, no final de 2014, a Paraíba terá 100 km de água
nos dois eixos. Porém, ele critica o fato da lentidão das obras
secundárias, necessárias para que a água chegue às localidades. “Ao
longo da obra os governos sabiam que precisavam de obras
complementares”, afirma. De acordo com Vital, a Paraíba terá mais 20
açudes e em 50 cidades será feito o saneamento obrigatório através das
obras do São Francisco. “Os estados precisam agir de forma mais
efetiva”, declara.
A Secretaria do Trabalho, Produção e Renda (Sedesp) da Prefeitura
Municipal de João Pessoa (PMJP) promove, a partir desta segunda-feira
(27), a Semana dos Alimentos Orgânicos. A prefeitura apoia o evento
criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
que está em sua nona edição, realizado simultaneamente em todo o País.
“Há oito anos fazemos este evento para incentivar o consumo de
alimentos orgânicos, que são livres de agrotóxicos e, portanto,
recomendáveis à saúde”, afirmou o secretário de Trabalho, Produção e
Renda, Raimundo Nunes.
O evento começa com uma panfletagem na manhã de segunda-feira (27), no
Parque Solon de Lucena. No dia seguinte, às 6h, a ação ocorrerá na Feira
Agroecológica Itinerante em frente ao Shopping Sebrae, no Bairro dos
Estados. Às 14h haverá uma palestra sobre os orgânicos na Escola Antônio
do Socorro Machado, na rodovia PB 008, em Paratibe. O palestrante será o
presidente da Comissão dos Alimentos Orgânicos na Paraíba, Virgínio
Carneiro.
Na quarta-feira (29) haverá um café da manhã, a partir das 6h, na Praça
Alcides Carneiro, em Manaíra. Estarão presentes representantes do Mapa,
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Conselho de Segurança
Alimentar (Consea), além das associações agrícolas, como a Associação
Agrícola de Engenho Velho, Associação de Camponeses do Assentamento Frei
Anastácio II e a Cooperativa dos Produtores Agroecológicos de João
Pessoa (Prohort).
Conforme o diretor de Agricultura Familiar, Ancelmo Rodrigues, a
Secretaria do Trabalho auxilia os agricultores e criadores de animais da
área do Cinturão Verde, dando assistência técnica, sobretudo, para a
realização de práticas sustentáveis. Além disso, há a linha de crédito
Cinturão Verde do Empreender-JP, e intermediação de comercialização de
seus produtos.
“Nós incentivamos a produção agroecológica, que é uma etapa
intermediária para a produção efetivamente orgânica, porque causa menos
impactos ao meio ambiente e preserva a saúde das pessoas, já que o
alimento é mais saudável”, disse a gerente de mobilização e fomento da
diretoria de Agricultura Familiar, Rosiane Cruz.
Programação Semana dos Alimentos Orgânicos
Data Local Atividade Horário
27/05 Parque Solon de Lucena Panfletagem 8h às 10h
28/05 Shopping Sebrae Panfletagem 6h às 7h
28/05 Escola Antônio do Socorro Machado, na PB 008 Palestra sobre orgânicos 14h às 16h
29/05 Praça Alcides Carneiro, em Manaíra Café da manhã 6h às 10h
Conheci Robson Marques no Ginásio 10 de Julho, dirigido na época pelo
Prof. Virgílio Pinto de Aragão, conhecido na cidade como Professor
Sinhozinho, ícone dos educadores de Sousa.
O
colégio era modelo de ensino para o Sertão Paraibano, pela qualificação
dos seus mestres e o rigor administrativo que a direção impunha. Robson
e seu irmão Roosevelt haviam chegado recentemente da Fazenda Jangada, na região oeste de Sousa, próximo ao Sitio que hoje abriga o hoje chamado Sousa Vale Dos Dinossauros.
Robson, logo ganhou a simpatia dos colegas e do colégio, pela largueza
dos seus gestos, pela presteza do seu espírito e, sobretudo pela sua
participação na vida esportiva e cultural do colégio.
Nas
quadras de futebol de salão, hoje futsal, era destaque e referência.
Atacante rápido, com dribles curtos e desconcertantes, chute forte e com
trajeto definido. Tornou-se logo ídolo e projetou-se para o futebol de
campo. Defendeu vários clubes da nossa cidade, principalmente a
sociedade esportiva Sousa, tornando-se o seu principal goleador. O seu
lado de craque de futebol, porém, jamais ofuscou a sua atração pelas
letras, outra paixão onde transita com reconhecimento. Leitor voraz,
contista, poeta, ensaísta, escreveu o cotidiano de sua terra e sua
gente.
Robson
poderia ter se consagrado fora de Sousa e da Paraíba, naquilo que fazia
com perfeição, jogar futebol e escrever. Todavia o seu amor a terra
jamais permitiu ousar, criar asas e voar em outros espaços. Robson é
arraigado às raízes do solo onde nasceu, para ele, o importante é Sousa e
seu povo.
Como pensava Fernando Pessoa, que dizia: "O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”.
Robson
é assim, o que não é Sousa, não existe ou não tem importância, ele teve
o mundo a seus pés e mãos, contudo, deu uma guinada em sua vida.
Nos
idos de 1970, seguiu o Padre antropólogo, arqueólogo e paleontólogo
italiano, Guiseppe Leonardi, nas suas pesquisas sobre a vida dos
dinossauros na terra e em especial na Jangada e em todo o Vale do Rio do
Peixe.
Como
discípulo fiel, praticamente abandonou os amigos, a família, a vida,
para dedicar-se exclusivamente à pesquisa. Procurou indícios e provas
que demonstrassem a presença de várias famílias e espécies de
dinossauros na Bacia do Rio do Peixe. Escavou em terras da Serra do
Pimenta, da Ilha e leito do rio e de seus afluentes. Encontrava pegadas e
sinais e catalogava-os como se fosse reescrever a História da Terra e
da Humanidade.
O
zelo e a sua dedicação a esta causa, fizeram-no símbolo do Vale dos
Dinossauros, o reconhecimento veio em forma de vários artigos, escritos
por jornalistas e intelectuais a seu respeito. Depois, muito depois,
veio a edificação do Vale Dos Dinossauros,
às margens da Rodovia Sousa/Uiraúna, projeto este que transformou nossa
cidade num centro de turismo científico, que em breve sediara o Museu
de Paleontologia. E Robson, onde estava? LÁ, orientando, ajudando com
sua cultura sobre o período jurássico, arquitetando fórmulas e montando
réplicas, enfim, participando de maneira inigualável da formatação do
hoje, Vale dos Dinossauros.
Sousa
passou a ser conhecida como a cidade dos dinossauros, a cidade Sorriso,
passou a usar nomes desconhecidos até então por sua gente, Troodom,
nome de requintado hotel, Pousada dos Dinossauros, também é hotel. Dino é
motel, Casa de shows Rockssauro e papelaria é Papirossauro. Toda esta
historia começou com o italiano Leonardi e com o sertanejo Robson
Marques.E o que fizeram com a
abnegação, trabalho e a história de Robson? Agora que o projeto deu
certo, o Museu de Paleontologia é só questão de tempo, afastaram-no do
Projeto daqui para frente. Desrespeitaram a sua dedicação,
desqualificaram seu trabalho, desconheceram seu amor, e esqueceram sua
história.
Quem
praticou ato tão desrespeitoso e desumano? Talvez os incompetentes, por
desconhecerem Sousa e seu povo. Talvez os ignorantes, por não terem
compromisso com a cultura e a ciência. talvez anônimos acovardados,
escondidos atrás de siglas, Sudema, Meio ambiente, org, gov, ponto
com.br.
Se não querem assumir o
erro assumam a correção. Tragam Robson de volta, devolvam-lhe o que
usurparam de forma cruel e abrupta. Devolvam-lhe a autoestima, o
trabalho e o amor a vida. Sim, porque sem o Vale dos Dinossauros ele
perde o sonho, o rumo da historia e a vontade de existir.
A História e o povo de Sousa vão consagrá-lo.
Neste
momento o povo clama pelo retorno dele, querem a volta do ermitão do
Vale, do homem que sozinho segurou com seu ideal este sitio arqueológico
nos momentos que todos o abandonaram, devolvam sua casa e sua vida. “A
César o que é de César, a Cristo o que é de Cristo, a Robson o que é de
Robson".
Cerca de 600
ovos e quatro ninhos já foram depredados; barracas que guardam material
da ONG Guajiru também foram atacadas, segundo bióloga.
Os 137 ninhos de tartarugas marinhas, localizados na praia de Intermares, em Cabedelo, estão sofrendo ataques de vândalos.
Só neste mês já foram depredados quatro ninhos e roubados cerca de
600 ovos que estavam prestes a eclodir, segundo informações da
Organização Não Governamental (Ong) Guajiru, que cuida da preservação do
local.
Os ataques, que começaram a ser percebidos no último dia 9, têm
características que intimidam a coordenadora da Ong, a bióloga Rita
Mascarenhas. “Os roubos dos ovos sempre aconteceram, em menor volume,
mas aconteciam, tiravam do ninho quando estavam em estágio inicial, com
condições de serem consumidos. O que nos causa estranheza e até medo é
que os ataques estão diferentes, eles não têm o intuito de apenas
roubar, eles querem depredar os ninhos, pois os ovos não servem mais
para o consumo, porque os animais já estão formados”, disse.
Após roubar os ovos, os vândalos quebraram a estrutura dos ninhos,
espalharam lixo pela região e ainda atacaram as barracas que guardam os
equipamentos da Ong. “Nós percebemos que há uma tentativa de nos
intimidar, eles não querem somente roubar os ovos. Em um dos ninhos que
roubaram, encheram os buracos de cacos de vidro, para ferir a mão de
quem procurasse os ovos. Eles espalharam restos de lixo por todo local e
ainda depredaram a barraca que guardamos nossos equipamentos”, relatou
Rita Mascarenhas.
A bióloga confessou ainda que sente medo das próximas ações dos
vândalos. “Ficamos assustados, afinal estamos cuidando de animais
ameaçados de extinção e os ataques mostram que os responsáveis não têm a
menor preocupação com a causa. Eles querem destruir os ovos e, ao que
parece, têm vontade de nos afetar também”.
O secretário de Meio Ambiente de Cabedelo, Walber Farias, explicou
que há dificuldade em se fiscalizar a orla do município, tendo em vista a
extensão do local. “São 15 km de praia, esses ataques são realizados no
período noturno, não temos condições de mandar pessoal para fazer a
fiscalização”, disse.
De acordo com o secretário, não existem projetos de fiscalização e guarda dos ovos de tartarugas na praia de Intermares.
“A incidência desses ataques está maior agora, por isso não
elaboramos projetos para região. Nossa prioridade agora é conseguir uma
sede para a ONG Guajiru, pois sabemos da importância dela para a
região”, contou.
Após a demolição do Bar do Surfista, realizada no mês passado por
determinação da Justiça Federal, a ONG Guajiru ficou sem sede.
Atualmente, os equipamentos do grupo ficam embaixo de uma árvore de
castanholas, localizada na praia de Intermares.
Semam e
Polícia Ambiental encontraram indícios de abate ilegal de animais, que
são comercializados em mercados públicos da cidade.
Nathielle Ferreira
Com apoio da Polícia Militar Ambiental, um local usado como matadouro
clandestino foi interditado, na última quinta-feira, por fiscais da
Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam). O local fica em uma
área de difícil acesso, entre a Rua do Rio (Cruz das Armas) e o bairro
do Cristo Redentor, e já havia sido alvo de autuações anteriores. No
local, as equipes encontraram indícios de abate ilegal de animais, que
são comercializados em mercados públicos da cidade.
“Havia ganchos, resíduos de carcaças de animais, além de alguns gados
vivos, que provavelmente serão abatidos”, disse o comandante do
Batalhão de Policiamento Ambiental, tenente-coronel Adielson Pereira de
Araújo.
Além da interdição, os fiscais aplicaram uma multa no valor de R$ 8
mil no proprietário do terreno, por conta da prática de crime ambiental.
A área interditada é cortada pelo Rio Jaguaribe, que está sendo
contaminado pelos resíduos dos animais.
Segundo o diretor-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária
(Agevisa), Jaílson Vilberto Souza, o funcionamento de matadouros
clandestinos representa risco à saúde das pessoas. Ele explica que,
nesses locais, o abate é feito sem condição de higiene, o que pode
transmitir doenças aos consumidores. “Esses locais são verdadeiras
pocilgas”, destaca.
Além dos matadouros clandestinos, outros estabelecimentos que também
causam prejuízos à saúde da população são os abatedouros públicos. Só
este ano, equipes da Agevisa inspecionaram, pelo menos, nove
estabelecimentos desse tipo, no interior do Estado. Em todos, foram
encontradas irregularidades, como animais sendo abatidos em prédios
velhos e sem nenhuma estrutura de higiene e lixo e esgoto dividindo o
mesmo espaço com a carne que servirá para o consumo humano. “Apesar de
serem mantidos por prefeitura, os estabelecimentos apresentaram um
“risco sanitário, que pode afetar a saúde da população”, disse o
diretor geral da Agevisa.
“Foram encontradas irregularidades em todos os matadouros
inspecionados. A maioria deles funciona em prédios antigos, com mais de
40 anos de existência e que não apresentam mais a condição sanitária
necessária. Sem contar que muitos funcionam dentro das cidades, o que
contraria a lei”, afirma.
As irregularidades encontradas em todos os matadouros foram
transcritas para um relatório, que será entregue ao Ministério Público
da Paraíba (MPPB) e aos gestores municipais, cobrando providências. “A
Agevisa não tem poder de fazer a interdição. Fizemos relatórios e os
encaminhamos ao MPPB, que deverá adotar as devidas providências”, disse
Jaílson.
Na
manhã deste sábado (25), um homem foi preso e cerca de 40 aves foram
apreendidas em uma casa no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa. O
sargento Gilvanício Pontes, do Batalhão Ambiental da Polícia Militar,
explicou que “encontramos um homem vendendo aves na rua e quando o
detemos, ele nos mostrou essa casa e disse que o proprietário é que dava
os pássaros para que eles fossem vendidos”. (Foto: Walter Paparazzo/G1)
“Fizemos
o flagrante e constatamos que ele tinha em posse aproximadamente 40
aves. Ele foi preso e levado para a 1ª Delegacia Distrital, em Cruz das
Armas, e vai pagar uma multa de R$ 500 por cada ave”, finalizou o
sargento. (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Áreas podem ser devolvidas ao Governo do Estado se o prazo não for cumprido
Postado em por edificar
Por Hallita Avelar
O Polo Turístico do Cabo Branco parece estar cada vez mais próximo de
se tornar realidade. O projeto, elaborado há 23 anos, já está prestes a
ser posto em prática, uma vez que o Governo da Paraíba acaba de
concluir a infraestrutura da área através de investimentos nas vias de
acesso, em energia elétrica, água e esgoto, além da construção do Centro
de Convenções. Agora, os empresários responsáveis por cada um dos 19
lotes terão três anos para chegar à metade da obra, sob pena de perder a
área.
“Existe uma cláusula no contrato que diz que, após a conclusão da
infraestrutura por parte do governo, cada adquirente dos lotes tem três
anos para construir, no mínimo, 50% da obra, do contrário perderá aquela
área”, resumiu o secretário executivo do grupo de trabalho do Polo
Turístico, Ivan Burity. Antes, porém, os empresários têm 30 dias para
reapresentar toda a documentação.
“Estando tudo correto, cada um receberá um Certificado de
Regularidade e já poderá buscar as licenças de construção. O prazo dos
três anos começará a valer após o término desses 30 dias, ou seja, no
dia 20 de junho. Lembrando que essas não são condições impostas pelo
governo, está tudo no contrato que foi celebrado em 1988”, explicou.
Ainda segundo Burity, os lotes destinados à construção dos hotéis na região variam de 4,5 a 11 hectares.
Vale dos Dinossauros conta agora com quiosques, passarelas, mirantes de observação e a Casa do Pesquisador.
Divulgação / Secom-PBRevitalização envolveu recursos da ordem de R$ 1,2 milhão, sendo R$ 900 mil patrocinados pela Petrobras
O Monumento Natural Vale dos Dinossauros, no
município de Sousa, está pronto para receber turistas do Brasil e de
outros países. Na manhã de ontem, o governador Ricardo Coutinho entregou
as obras de revitalização do local, cujo projeto foi coordenado pela
Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e envolveu
recursos da ordem de R$ 1,2 milhão, sendo R$ 900 mil patrocinados pela
Petrobras e o restante oriundos do Governo do Estado.
Em seu discurso durante o evento, o governador agradeceu a parceria
com a Petrobras e aos que participaram do projeto de revitalização.
“Agora teremos um novo panorama para o turismo no nosso Sertão. E o
turismo se alimenta das diferenças, com o novo, gerando renda, emprego e
fazendo com que as cidades se desenvolvam”, afirmou.
Com toda infraestrutura recuperada, o Vale dos Dinossauros conta
agora com quiosques, passarelas, mirantes de observação e a Casa do
Pesquisador. Também foram incluídos no projeto de revitalização a
construção de uma lanchonete e a urbanização das áreas de circulação dos
visitantes. O espaço receberá cursos de capacitação e exposições sobre
arqueologia e preservação ambiental.
O museu foi reformado, foram instalados climatizadores e também foi
realizada a reestruturação do espaço de exposições, auditório,
escritórios e banheiros. A iluminação foi projetada sobre trilhos e com
diferentes tipos de lâmpadas para se adequar ao tipo de exposição feita
no local. Som ambiente e monitores com vídeos vão guiar o visitante.
Também foi criada uma loja para comercialização de material produzido
por artistas da região.
“Com a reforma deste espaço, junto ao desenvolvimento do Centro de
Convenções na capital e a renovação das rodovias, podemos ter em João
Pessoa a porta de entrada para os destinos no interior do estado”,
comentou o governador Ricardo Coutinho.
O valor cultural e a preservação de um bem que é patrimônio da
humanidade foram os fatores que levaram a Petrobrás a ser parceira do
projeto do monumento ambiental. De acordo com o gerente regional da
Unidade Operacional Rio Grande do Norte/Ceará da empresa, Luis
Ferradans, o incentivo faz parte dos programas de responsabilidade
social e preservação ambiental desenvolvidos pela companhia. “A
reinauguração é um ponto para preservação em si e uma forma de
movimentar e incentivar as pessoas a conhecer este sítio arqueológico
único no Brasil. E é por isto que nos associamos com o Governo do Estado
neste projeto”, destacou Ferradans.
ACESSO DOS VISITANTES É CONTROLADO
O Monumento Natural Vale dos Dinossauros surgiu da desapropriação do
Sítio Paleontológico Passagem de Pedras, realizada no ano de 1992, e
foi transformada em Unidade de Conservação de Proteção Integral (UCPI)
pelo Governo do Estado em 2002. Por se tratar de uma UCPI, o local tem o
acesso de visitantes controlado, além de ser proibida a exploração da
mata nativa e instalação de moradias.
Com uma área de 40 hectares, o local é categorizado como Monumento
Natural pela singularidade do patrimônio paleontológico que conserva. Na
área da UCPI são encontrados vestígios (pegadas) de, pelo menos,
quatro espécies de dinossauros que habitaram a região da bacia
sedimentar de Sousa no período do Cretáceo Inferior, há cerca de 165
milhões de anos. A área do Vale é ainda maior, engloba quatro
municípios da região, onde são catalogados mais de 20 sítios
paleontológicos com a presença de icnofósseis, como as famosas pegadas,
e árvores fossilizadas.
O Conselho Gestor do Monumento Natural Vale dos Dinossauros será
reativado para ser a ferramenta de gestão de uma Unidade de Conservação.
O Conselho é responsável por todas as ações administrativas da Unidade
e deve, até a data de reabertura, formalizar os dias e horários de
funcionamento do Museu e de recepção dos visitantes no Monumento.
Ponto turístico passou por reformas no valor de R$ 1,3 milhão.
Local abriga pegadas de dinossauros e fósseis do perído Cretáceo inferior.
Do G1 PB
O Vale dos Dinossauros, principal ponto turístico da cidade de Sousa
no Sertão paraibano, foi reaberto na manhã desta sexta-feira (24). O
local foi reaberto a visitas após reformas feitas pela Superintendência
de Administração do Meio Ambiente (Sudema), órgão do Governo da Paraíba,
com patrocínio da Petrobrás. O custo total do projeto é de R$ 1,3
milhão, sendo R$ 900 mil patrocinado pela Petrobras.
De acordo com a Sudema, as obras para a implantação do projeto
incluíram a reforma do museu, com a climatização do local,
reestruturação do espaço de exposições, auditório, escritórios e
banheiros, urbanização da área externa, com delimitação das vagas de
estacionamento, além do calçamento das trilhas e reforma das passarelas e
mirantes, de acordo com as normas de acessibilidade.
A área que fica a cerca de 7 km do Centro de Sousa, abriga trilhas de
pegadas de dinossauros e uma grande reserva técnica de pedaços
fossilizados. A sede do monumento é o Sítio Passagem de Pedras, que
possui uma área delimitada de 40 hectares, onde se apresentam fósseis
pertencentes à época do período Cretáceo inferior, datados de cerca de
130 milhões de anos atrás.
O local foi transformado em Unidade de Conservação de Proteção Integral
em 2002. Ainda de acordo com o governo da Paraíba, serão oferecidos
cursos de capacitação aos moradores de Sousa e municípios vizinhos, em
consonância com o trabalho desenvolvido na Unidade de Conservação.
Vale dos Dinossauros, em Sousa no Sertão da Paraíba, foi reaberto após reformas (Foto: Beto Silva/TV Paraíba)
Margem direita do estuário do Rio Paraíba, na Praia do Jacaré, deve ser evitada
(Foto: Krystine Carneiro/G1)
A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) divulgou,
nesta sexta-feira (24) o relatório semanal de balneabilidade do litoral
paraibano, que classifica seis praias como impróprias para o banho. Os
banhistas deverão evitar as praias de Bessa I e Manaíra, em João Pessoa; Lucena e Ponta de Lucena, em Lucena; Jacaré, em Cabedelo; e Acaú/Pontinha, em Pitimbu. O relatório tem validade até a próxima sexta-feira (31).
No Bessa I, deve ser evitado o trecho de 100 metros à direita e à
esquerda da desembocadura do Maceió; enquanto a praia de Manaíra está
imprópria ao banho na sua totalidade – do Bahamas até o Retão. Na praia
de Lucena,
está considerado impróprio o trecho de 100 metros à direita e à
esquerda da desembocadura da galeria de águas pluviais; e em Ponta de
Lucena, o trecho de 100 metros à direita e à esquerda do condomínio
Victory.
Já praia do Jacaré, os banhistas devem evitar a área da margem direita
do estuário do Rio Paraíba; e em Acaú/Pontinha, o trecho de 100 metros à
direita e à esquerda da desembocadura do Riacho do Arame.
Conforme o relatório, as demais praias da Paraíba estão consideradas
adequadas para o banho e são classificadas nas categorias excelente,
muito boa e satisfatória. Apesar de classificadas como próprias à
balneabilidade, a Sudema recomenda aos banhistas que evitem os trechos
de praias localizados em áreas frontais a desembocaduras de galerias de
águas pluviais, principalmente se houver indício de escoamento recente.