08/05/2013 às 07:55
Prezados Senhores e estimados conterrâneos,
Nascemos e nos criamos numa localidade
encravada no alto-sertão da Paraíba, denominada não por acaso de cidade
de Cajazeiras; por ser a nossa terra natal originária de uma planta que
tem como fruto o Cajá, daí a denominação Cajazeiras.
Ou seja, o que um dia foi um Sítio, Vila
e Distrito e depois elevada a condição de cidade, hoje pode ser
considerada uma "Metrópole" se levarmos em conta que foi criada a região
metropolitana da grande Cajazeiras.
Esta cidade querida e acolhedora, de
gente humilde, honesta e trabalhadora, mas que infelizmente em alguns
momentos inerte, passiva, para não dizer acovardada diante das
intempéries,e destruição de forma acintosa e gratuita, no que temos de
mais sagrado o nosso patrimônio.
Falo isto e chamo a atenção e faço um
apelo de público, ao IBAMA para lamentar sobre todos os aspectos, a
forma truculenta e destruidora e porque não dizer criminosa, de como uma
Árvore Cajazeiras, centenária e que fazia parte do patrimônio cultural
de nossa cidade e que de forma irresponsável foi sacrificada em nossa
terra.
Sobre o pretexto de uma pseudo
reforma,que vem se realizando em nosso teatro a empresa responsável pela
obra, de forma desrespeitosa com as nossa origens as nossa raízes e
toda a cultura e história de um povo, corta pelo tronco uma planta que
faz parte de todo um contexto de uma cidade.
E as pessoas assistem a este crime de forma pacífica, indiferente como se nada de anormal tivesse acontecido.
E quando um cidadão qualquer, sem
conhecimento de causa, faz uma poda desordenada de um simples pé de
xique-xique, logo é punido e multado, pelo Ibama, quando muitas vezes
não dá cadeia, pra quem pratica o chamado Crime Ambiental.
Nada, absolutamente nada contra a
reforma que ora se concretiza em nosso Teatro local, apesar dos absurdos
e desrespeito cometidos até o momento com a verdadeira história de
construção desta casa de espetáculos, desde as lutas empreendidas até a
sua consecução no seu projeto original. Hoje com a reforma toda a sua
verdadeira história jogada no lixo.
E como se não bastasse acontece esse
golpe de covardia, destruindo as raízes de um povo, fincadas ali,
através de uma Arvore que muitas alegrias proporcionou ao nosso povo. E a
pergunta que fica no ar, porque todos dormem em berço esplêndido em
Cajazeiras, diante de tamanha desgraça.
Por muito menos Dr. Epitácio Leite Rolim
não fora apedrejado, quando tomou a decisão histórica de destruir a
velha ponte do Açude Grande, que ameaçava toda a cidade, hoje qualquer
forasteiro chega em nossa terra, assassina uma Arvore que faz parte do
nosso acervo cultural e ninguém diz ou faz nada.
Acorda Cajazeiras! Onde estão os nossos
ambientalistas, artistas, autoridades constituídas, gente da minha
terra. Até quando vai se permitir que Cajazeiras vire a cidade do já
teve.
Sales Fernandes
Jornalista e Radialista
Jornalista e Radialista
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