Comerciantes do Mercado Público do Rangel reclamam de descaso e cobram soluções para os problemas com o lixo e esgoto no local.
Jaine Alves
Lixo exposto e coberto por uma nuvem de moscas. Esgoto estourado que causa mau cheiro e espanta clientes. Essas são situações encontradas no Mercado Público do Rangel, em João Pessoa. Comerciantes reclamam do descaso e afirmam que os problemas são reincidentes e também cobram um coletor para o local. De acordo com a Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur), a caixa estacionária para depósito de lixo já esta disponível para instalação.
Em um passeio realizado pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA
dentro do Mercado Público do Rangel foi verificado que a sujeira está
sob controle. No entanto, logo em frente a situação é outra. O mau
cheiro de esgoto logo denuncia uma tubulação estourada que permite que a
água suja corra a céu aberto. Conforme informações repassadas pelos
feirantes, o problema está sem solução há cerca de um mês. “Esse esgoto
incomoda a todos nós e aos clientes. Quem gosta de conviver com a
sujeira?”, indagou o vendedor de aves, Lindinaldo Silva de Lima, que
trabalha no local há quatro anos.
Já o pintor Ivo Benício, 65 anos, que mora próximo ao mercado
público, afirmou que há algum tempo não tem realizado suas compras em um
mercadinho devido ao esgoto. “Eu não consigo mais fazer compras aqui,
não arrisco. Prefiro pagar um pouco mais caro e comprar no mercadinho
onde vejo tudo limpinho”, disse.
De acordo com a assessoria de comunicação da Companhia de Água e
Esgotos da Paraíba (Cagepa), o problema não é de responsabilidade do
órgão, pois trata-se de uma galeria pluvial e não de uma rede de esgoto,
de modo que a competência é da prefeitura de João Pessoa. Mesmo assim, a
assessoria informou que, após uma consulta com o setor técnico, uma
equipe será encaminhada ao local para verificar a denúncia e, se for
rede de esgoto, será feita a desobstrução.
Por sua vez, também conforme a assessoria, a Secretaria Municipal de
Infraestrutura (Seinfra) informou que, se há vazamento de água suja, é
porque existe uma ligação clandestina de esgoto, mas que a ocorrência
foi registrada e que, dentro da programação do órgão – em um prazo
máximo de uma semana –, uma equipe será enviada ao local para verificar a
veracidade do problema e possíveis soluções, caso realmente seja uma
galeria pluvial.
Emlur faz contrato emergencial
Outro problema recorrente pelo mesmo período, segundo a população
local, é a inexistência de um coletor de lixo para os resíduos sólidos
oriundos da comercialização de hortifruti, carnes e aves. Segundo os
comerciantes, desde que o contrato com a empresa LimpFort foi
encerrado, há cerca de 30 dias, o lixo está sendo jogado e acumulado na
rua até que a coleta diária recolha.
A cabeleireira Missilene Pereira, que há um ano possui um salão de
beleza ao lado do mercado está insatisfeita com o descaso, pois o lixo é
descartado praticamente na porta de seus estabelecimento. “A cena é
terrível. Ao final da tarde, principalmente nos sábados e domingos, fica
tudo exposto aí, ossos, peles, fruta e verduras estragadas. Tudo isso
causa grande mau cheiro, incomoda os clientes, incomoda durante as
refeições, enfim. Todos nós estamos revoltados e insatisfeitos”,
declarou.
O diretor Operacional da Autarquia Municipal Especial de Limpeza
Urbana (Emlur), através da assessoria de comunicação, confirmou que o
problema é decorrente do término do contrato com a empresa LimpFort, mas
que um contrato emergencial, com validade de 180 dias, já foi firmado
com a empresa Revita, e que a mesma estava realizando durante todo o
dia de ontem a instalação de 16 caixas estacionárias, sendo uma delas
para o Mercado Público do Rangel.
A assessoria disse ainda que, enquanto o contrato emergencial
transcorre, será realizada uma licitação para a contratação de um
empresa que prestará o serviço terceirizado por maior período.
Nenhum comentário:
Postar um comentário