Ausência de sistema de tratamento de esgoto em 40 municípios da região próxima ao reservatório é preocupante.
Tarcísio Araújo
O açude Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão, é responsável pelo abastecimento de Campina Grande e de 19 cidades da região, e a poluição é motivo de preocupação para mais de um milhão de pessoas que dependem da água do manancial.
Tarcísio Araújo
O açude Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão, é responsável pelo abastecimento de Campina Grande e de 19 cidades da região, e a poluição é motivo de preocupação para mais de um milhão de pessoas que dependem da água do manancial.
Um dos aspectos mais preocupantes é a ausência de sistema de
tratamento de esgoto em 40 municípios da região próxima ao reservatório,
que fica no Cariri da Paraíba. Parte dos esgotos produzidos nessas
cidades é lançada nas bacias hidrográficas dos rios Paraíba e Taperoá
que deságuam no açude de Boqueirão. O alerta foi feito pelo pesquisador
da Embrapa Algodão Ramiro Pinto, que constatou o problema durante a
pesquisa para sua tese de doutorado em Recursos Naturais na Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG) concluída no ano passado.
Segundo o pesquisador, ao longo do curso do rio Paraíba são jogados
esgotos de 17 municípios e no rio Taperoá esse número chega a 23. Ramiro
destaca que o mais preocupante é o lançamento de chorume (mistura de
água e resíduos da decomposição do lixo) nos rios e que pode levar à
contaminação da água. “Além disso, os rios recebem materiais como
baterias de celulares, lâmpadas e produtos eletrônicos, que são
altamente poluidores”, afirmou.
Além da falta de aterros sanitários nos municípios, outro problema
que contribui para o lançamento de lixo nos rios é a degradação da
caatinga que já atinge 70% do território paraibano. “A degradação da
vegetação contribui para que esse material vá para os rios com mais
facilidade e chegue até o açude de Boqueirão”, ressaltou Ramiro.
O tratamento dos resíduos sólidos de forma adequada deverá se tornar
realidade até agosto do próximo ano, quando se vence o prazo para que os
municípios implantem os planos municipais de gestão integrada de
resíduos sólidos.
CONSUMO
Construído na década de 50, o açude de Boqueirão vem sofrendo com constantes riscos de colapso. Na crise hídrica do período de 1997 a 1999 o açude abastecia apenas seis cidades (Campina Grande, Boqueirão, Queimadas, Pocinhos, Caturité, e Riacho de Santo Antônio) com aproximadamente 600 mil habitantes e hoje abastece mais cidades. “O habitante do semiárido necessita mudar seus hábitos e as cidades se adequarem ao fato de termos limitação de água para sobrevivência”, alertou Ramiro.
Construído na década de 50, o açude de Boqueirão vem sofrendo com constantes riscos de colapso. Na crise hídrica do período de 1997 a 1999 o açude abastecia apenas seis cidades (Campina Grande, Boqueirão, Queimadas, Pocinhos, Caturité, e Riacho de Santo Antônio) com aproximadamente 600 mil habitantes e hoje abastece mais cidades. “O habitante do semiárido necessita mudar seus hábitos e as cidades se adequarem ao fato de termos limitação de água para sobrevivência”, alertou Ramiro.
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