Moradores dos bairros do Araxá e Jeremias estão sendo obrigados a armazenar água e reclamam da irregularidade no abastecimento.
Georgia Simonelly
Há três meses, cerca de 1.500 famílias moradoras dos bairros do Araxá e Jeremias, em Campina Grande, sofrem diariamente com a interrupção do abastecimento de água. De acordo com moradores, o problema é mais grave em três ruas do Jeremias e no novo Conjunto Habitacional do Araxá, mas afeta diversos setores da região, nas proximidades do cemitério do Araxá.
Segundo a agente comunitária Sueli de Oliveira, 33 anos, moradora da
Rua São Gonçalo, no Jeremias, a situação tem piorado nos últimos 20
dias. "Quando o problema começou, todo dia a partir das 17h a água
acabava, agora a situação está cada vez mais crítica e o fornecimento é
interrompido várias vezes ao dia, acaba de manhã volta às 13h e de 17h
não tem mais água nas torneiras", explicou.
Os vizinhos de Sueli contam que já entraram em contato diversas vezes
com a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), mas que até
agora nenhuma solução foi tomada. "A conta não atrasa não, mas água que é
bom não tem, a gente paga em média R$ 40 por mês e o serviço é de
péssima qualidade, passamos o Natal sem poder fazer os serviços porque
não tinha água e quando volta é tão fraca, que nem sobe para as
torneiras e muito menos para a caixa", disse o pedreiro Eliomar
Ferreira, 38 anos, que mora no Conjunto do Araxá.
Sueli conta que estão precisando mudar sua rotina, armazenar água em
baldes, acordar mais cedo para realizar as atividades e encher os
reservatórios para conseguir inclusive garantir o banho dos filhos.
O assessor de imprensa da Cagepa, Ricardo Avelino, informou que na
última terça-feira houve um grande vazamento na rede, no bairro do Monte
Santo, que causou o desabastecimento de toda a área. "Não localizei
reclamações antigas de moradores do bairro, mas vamos enviar uma equipe
de controle operacional para checar a situação no local", concluiu.
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