A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam) nem a Superintendência de Administração do Meio Ambiente possuem estudos ou equipamentos para fazer essa medição.
Camila Alves
Apesar da preocupação
crescente da sociedade com a poluição do meio ambiente, a Paraíba ainda
não conta com nenhum monitoramento da poluição do ar no Estado. A
Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam) nem a
Superintendência de Administração do Meio Ambiente possuem estudos ou
equipamentos para fazer essa medição.
Por sua vez, a superintendente de Administração do Meio Ambiente
(Sudema), Tatiana Domiciano, adiantou que o órgão está estudando a
implantação de uma rede de monitoramento da qualidade do ar no Estado,
com estações que detectam todo tipo de poluição, não só a emitida pelos
carros.
“Estivemos em Salvador (o único Estado nordestino com essa ação na
região) no início do mês para conhecer a experiência deles e implantar
aqui, inicialmente através de quatro estações de monitoramento, sendo
uma móvel e três fixas”, disse Tatiana, ponderando, contudo, que o órgão
está na fase de tentar captar recursos para o projeto, que demandaria
um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões.
Segundo ela, técnicos que fizeram uma análise 'rápida' concluíram que
de início quatro estações seriam suficientes, sendo elas localizadas em
Campina Grande, Cabedelo e João Pessoa. “A ideia é que façamos ainda um
inventário para localizar quais as áreas que demandam mais atenção, a
exemplo de polos industriais”, explicou Tatiana, destacando que a
implantação das estações permitiria a Sudema emitir vários relatórios
diários, dando conta da qualidade do ar em determinados pontos do
Estado, e que subsidiariam a elaboração de políticas públicas.
Ela ainda citou benefícios como o desenvolvimento do polo industrial,
monitoramento do uso e a ocupação do solo (com indicação de onde as
indústria podem se instalar) e ordenamento do tráfego de veículos. “Para
entender, por exemplo, que é importante fazer rodízio de carros e
utilizar alternativas de mobilidade como o transporte público”, citou
Tatiana, ao informar que, atualmente, as empresas que têm um potencial
poluidor são obrigadas no processo de licenciamento a encaminhar
relatórios para a Sudema, mas esse monitoramento não é permanente.
A chefe de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa
(Semam), Socorro Menezes, explicou que o monitoramento ainda não é
feito pelo órgão porque falta equipe técnica especializada e ainda
equipamentos para realizar o trabalho. Ela confirmou contudo, que a
Semam está entendimento com a Sudema “para que possam estabelecer esse
monitoramento".
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