Da Redação com Secom PB
A
licença ambiental para o início das obras para conter a erosão da
falésia do Cabo Branco deverá ser concedida no próximo mês. O prazo foi
anunciado ontem (9) pela Superintendente de Administração do Meio
Ambiente (Sudema), Tatiana Domiciano, em audiência pública na Estação
Cabo Branco, para a apresentação do Estudo e do Relatório de Impacto
Ambiental (EIA-Rima) do projeto. A obra deverá custar R$ 15 milhões.
Tatiana
Domiciano destacou a importância das discussões promovidas por
instituições, entidades, órgãos, ambientalistas e sociedade civil porque
elas servirão de subsídio aos técnicos do órgão que estão analisando o
EIA-Rima no que concerne à concessão ou não da licença ambiental.
A
superintendente comentou, ainda, que as obras de redução e contenção da
erosão da falésia do Cabo Branco vão gerar impacto ambiental e mexer
com a diversidade marinha e costeira do ambiente. Ela informou que o
EIA-Rima está sendo analisado pelos técnicos da Sudema, que observam a
obediência à legislação ambiental, aos termos e condições previstas na
Resolução nº 001/86, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e
Termo de Referência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama)
relativo à implantação de intervenções físicas para contenção da erosão
marinha.
Avaliações
Durante a audiência
pública, a secretária do Planejamento da Prefeitura de João Pessoa,
Estelizabel Bezerra, informou que a intervenção proposta é mais segura
porque tem como base um processo participativo e respeita os cuidados e
zelos da comunidade acadêmica e da sociedade civil apontados durante a
discussão do projeto proposto em 2004.
Foram feitas observações de
campo sobre as características dos meios físico, biótico e
sócio-econômico das áreas de influência direta e indireta, para
identificar de que forma as obras de contenção da barreira podem
impactar as áreas próximas. As áreas de influência direta, consideradas
pelos estudos, abrangem da Praia do Seixas até a rotatória no final da
Avenida Cabo Branco. As de influência indireta vão da Praia da Penha até
o Hotel Tambaú.
Os impactos negativos decorrentes da obra foram
considerados temporários e moderados, como por exemplo, o aumento da
população local, trânsito de pesquisadores, engenheiros, técnicos e
embarcações nas áreas de influência direta e indireta, coleta de
organismos e sedimentos e, ainda, a restrição temporária de uso de
locais públicos pela população local e turistas. No local serão
instalados canteiros de obras, depósitos, sanitários e possíveis vias de
acesso.
Os impactos positivos são essencialmente focados no plano
sócio-econômico, considerando que a obra vai revitalizar um dos
monumentos geográficos de grande importância para o Brasil, referência
para a população paraibana por ser o Ponto Extremo Oriental das
Américas.
O EIA-Rima foi elaborado pela Fundação Apolônio Sales
(Fadurpe), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em
parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam),
através de uma equipe formada por geógrafos, geólogos, biólogos,
ecólogos, oceanógrafos e engenheiro civil.
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