10/12/2011 09h18
- Atualizado em
10/12/2011 09h18
Falésia do Cabo Branco é considerada o ponto mais oriental das Américas.
Licença ambiental para o início das obras deve sair no próximo mês.
Falésia do Cabo Branco é considerada o ponto mais oriental das Américas (Foto: Felipe Gesteira/Secom-JP)
Em audiência pública, realizada na tarde desta sexta-feira (9) em João
Pessoa, foi apresentado o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental
(EIA-Rima) das obras de contenção da erosão da falésia do Cabo Branco,
elaborado pela Fundação Apolônio Sales (Fadurpe), da Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em parceria com a Secretaria de
Meio Ambiente de João Pessoa (Semam). A previsão da Superintendência de
Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema) é que a obra custe R$
15 milhões.
O próximo passo é dar início ao processo de licenciamento ambiental
para que a obra possa começar. Segundo a superintendente da Sudema,
Tatiana Domiciano, o resultado do pedido da licença deverá ser conhecido
no próximo mês.
Tatiana comentou que as obras de redução e contenção da erosão da
falésia do Cabo Branco vão gerar impacto ambiental e mexer com a
diversidade marinha e costeira do ambiente. As áreas de influência
direta, consideradas pelos estudos, abrangem da Praia do Seixas até a
rotatória no final da Avenida Cabo Branco. As de influência indireta vão
da Praia da Penha até o Hotel Tambaú.
Ainda de acordo com os estudos, os impactos negativos decorrentes da
obra foram considerados temporários e moderados, como por exemplo, o
aumento da população local, trânsito de pesquisadores, engenheiros,
técnicos e embarcações nas áreas de influência direta e indireta, coleta
de organismos e sedimentos e, ainda, a restrição temporária de uso de
locais públicos pela população local e turistas. No local, serão
instalados canteiros de obras, depósitos, sanitários e possíveis vias de
acesso.
Os impactos positivos são essencialmente focados no plano
sócio-econômico, considerando que a obra vai revitalizar um monumento
geográfico de grande importância para o Brasil, referência para a
população paraibana por ser o ponto mais oriental das Américas.
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