Intervenções atingirão todo o trecho da Praça de Iemanjá, corpo da falésia e da Praia do Seixas.
Um plano de
intervenções com investimento estimado em R$ 15 milhões e obras com
duração de um ano e meio são a aposta da Prefeitura Municipal de João
Pessoa (PMJP) para conter a erosão da Falésia do Cabo Branco – ponto
turístico da capital paraibana.
O Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima), que propõem
as mudanças, foram apresentados em audiência pública realizada ontem na
Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes. Segundo a secretária de
Planejamento da capital (Seplan), Estelizabel Bezerra, a análise,
elaborada pela Fundação Apolônio Sanles (Fadurpe), custou R$ 600 mil e
durou cerca de três anos.
“Foi o tempo necessário para que tivéssemos a noção da melhor
intervenção de regeneração da falésia, com o menor impacto ambiental”,
comentou Estelizabel, ao informar que o orçamento para execução das
obras deve vir de convênio com a Caixa Econômica Federal (CEF),
contrapartida municipal e da Advocacia Geral da União (AGU).
Ainda conforme a secretária de Planejamento, as intervenções
atingirão todo o trecho da Praça de Iemanjá, corpo da falésia e da Praia
do Seixas, inclusive no que diz respeito ao trânsito nessas áreas.
“Mas a falta de acesso não será permanente, durará um tempo, conforme
o calendário de ações”, explicou Estelizabel, enfatizando que apenas a
parte já interditada (a que dá acesso ao Farol) deve permanecer dessa
maneira permanentemente.
“Também vamos ter um recuo muito grande na Praça de Iemanjá, porque a
natureza está ditando isso. As intervenções atingirão a base, o corpo e
a crista da falésia”, completou.
Conforme o presidente da Fadurpe - que apresentou o estudo na
capital, Antônio Faustino, uma das soluções encontradas para conter o
avanço do mar e a consequente erosão da barreira será construir um
quebra-mar dentro das águas.
“Ele seria submerso, não seria visto nas marés altas. Não posso
precisar no momento a quantos metros ele ficaria da falésia, mas seria
um distância que não prejudicaria a locomoção marítima, a exemplo dos
passeios de barcos”, contou Antônio.
Ainda segundo ele, outra ação prevista é a colocação de rochas na
base da falésia e o disciplinamento do trânsito. A recomendação é que
evite o tráfego, sobretudo de veículos pesados, embora a pista na seja
retirada por ser impermeabilizante.
Veja também: Obra só começa com licenciamento.
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