Sexta, 20 de janeiro de 2012 09h53
Lucilene Meireles
E-mail: lucilenemeireles.pb@dabr.com.br
Trânsito lento, motoristas irritados,
comerciantes preocupados, pedestres sendo obrigados a enfrentar
alagamentos em vários bairros. Toda vez que chove em João Pessoa, os
problemas se repetem e a solução parece distante. No início da manhã de
ontem (19), após uma madrugada de chuva, um trecho da Avenida Dom Pedro
II, no Centro, ficou sob a água, atrapalhando o fluxo de veículos e
alterando a rotina de quem passa diariamente pelo local. A situação
chegou a tirar a paciência de alguns motoristas. "Acabei de chegar de
Porto Alegre para morar aqui, mas estou achando o trânsito terrível e,
com essa chuva, não consigo sair do lugar. Tudo alagado. Está um caos",
reclamou o autônomo Mário da Silva, 65.
No Parque Solon de Lucena, a realidade de todos os anos durante as chuvas é a mesma: a Lagoa transborda e a água invade as paradas de ônibus. "Quando chove, já saio de casa preparada para descer do ônibus e caminhar dentro da água até chegar no trabalho. Isso nunca muda", constata a contadora Graça Silva, 46. A comerciária Adriana Martins, 39, acredita que o problema nunca será resolvido. "Quando começa a chover, a prefeitura promete obras para acabar com esses alagamentos, mas quando chega o verão ninguém faz nada", observa.
Quem mora na Capital conhece bem as dificuldades provocadas pelas chuvas e aponta sugestões para tentar resolver a questão. "É preciso melhorar a drenagem. A cidade tem crescido e o sistema não suporta mais o volume de água", observa o professor Carlos Alberto Barbosa, 28. Para ele, o ideal é projetar as mudanças e iniciar o trabalho antes das chuvas mais intensas. "Se o resultado é esse com uma chuva de verão, imagine quando chover forte", avalia.
No Parque Solon de Lucena, a realidade de todos os anos durante as chuvas é a mesma: a Lagoa transborda e a água invade as paradas de ônibus. "Quando chove, já saio de casa preparada para descer do ônibus e caminhar dentro da água até chegar no trabalho. Isso nunca muda", constata a contadora Graça Silva, 46. A comerciária Adriana Martins, 39, acredita que o problema nunca será resolvido. "Quando começa a chover, a prefeitura promete obras para acabar com esses alagamentos, mas quando chega o verão ninguém faz nada", observa.
Quem mora na Capital conhece bem as dificuldades provocadas pelas chuvas e aponta sugestões para tentar resolver a questão. "É preciso melhorar a drenagem. A cidade tem crescido e o sistema não suporta mais o volume de água", observa o professor Carlos Alberto Barbosa, 28. Para ele, o ideal é projetar as mudanças e iniciar o trabalho antes das chuvas mais intensas. "Se o resultado é esse com uma chuva de verão, imagine quando chover forte", avalia.
Em outras áreas de João Pessoa, a população também
demonstra preocupação e medo. A dona de casa Expedita Alves, 60, que
mora no bairro São José, disse que a principal via da localidade alagou
no início da manhã de ontem. "A água entrou em algumas casas. Daqui a
pouco vai estar cheio de ratos, baratas e até caranguejo dentro de casa.
O pior é que vem mais chuva por aí e a gente fica com medo dos
alagamentos e de doença, principalmente nas crianças", diz.
Monitoramento
Equipes da Defesa Civil do município se mobilizaram durante todo o dia de ontem e visitaram alguns locais afetados pelas chuvas. Apesar de existirem 31 áreas consideradas de risco, foram priorizadas 13, porque se encontram nas proximidades de encostas e rios, a exemplo das comunidades São Rafael e Tito Silva, no Castelo Branco, e bairro São José. O coordenador da Defesa Civil, Noé Estrela, garantiu que não houve nenhum desabamento ou risco maior para os moradores destas localidades.
O problema maior verificado foram os alagamentos, mas ele afirmou que não há um número de pontos específicos onde eles ocorrem. "Alguns acontecem de surpresa porque uma galeria está entupida", analisou. Em dezembro de 2011 foi elaborado um plano de ação preventivo para minimizar os alagamentos. "Este plano segue um calendário, mas à medida em que vamos visitando estas comunidades procuramos fazer as ações, como a limpeza de rios, canais, encostas, corte de árvores, desratização", enfatizou.
Luiz Rabelo, secretário adjunto da Infraestrutura (Seinfra), informou que existe uma obra de drenagem em execução na Avenida Vasco da Gama, em Jaguaribe,que seguirá pela Avenida Coremas e vai beneficiar a Avenida D. Pedro II seguindo até a Maternidade Cândida Vargas. "Com relação ao Parque Solon de Lucena, o sangradouro da Lagoa vai para a Estação Ferroviária. Se a maré estiver cheia, certamente haverá dificuldade de escoamento. É um problema de cidade baixa, e a população precisa colaborar, evitando jogar lixo na rua, para não obstruir as galerias", disse. Ele destacou que o município está trabalhando para reduzir os pontos de alagamento. "Na Estação Ferroviária, por exemplo, não há mais esse problema, porque foi feita a drenagem naquela área. Também estamos reforçando a limpeza das galerias para facilitar o escoamento", acrescentou.
Chuvas de verão
As chuvas registradas em João Pessoa na madrugada e no início da manhã da quinta-feira foram acompanhadas de raios e trovoadas. O fenômeno, no entanto, é considerado normal pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa-PB). A meteorologista Carmem Becker explicou que os trovões aconteceram em decorrência do calor. "As primeiras chuvas de janeiro são sempre acompanhadas de trovões, e a tendência é que continuem ocorrendo pancadas de chuvas isoladas nos próximos dias", avisou.
Só ontem em João Pessoa a Aesa-PB contabilizou 56 milímetros de chuvas. O volume previsto para todo o mês é de 80 milímetros. Apesar das precipitações, a temperatura não deve cair. "O clima estava muito quente, abafado e o céu bastante nublado, o que combinou com a brisa marítima e provocou as chuvas. A temperatura, no entanto, continua alta, com mínima de 25 graus durante a madrugada", disse. A máxima ao longo do dia é de 31 graus. Carmem acrescentou que as chuvas também começam a acontecer no Sertão, por conta da nebulosidade.
Monitoramento
Equipes da Defesa Civil do município se mobilizaram durante todo o dia de ontem e visitaram alguns locais afetados pelas chuvas. Apesar de existirem 31 áreas consideradas de risco, foram priorizadas 13, porque se encontram nas proximidades de encostas e rios, a exemplo das comunidades São Rafael e Tito Silva, no Castelo Branco, e bairro São José. O coordenador da Defesa Civil, Noé Estrela, garantiu que não houve nenhum desabamento ou risco maior para os moradores destas localidades.
O problema maior verificado foram os alagamentos, mas ele afirmou que não há um número de pontos específicos onde eles ocorrem. "Alguns acontecem de surpresa porque uma galeria está entupida", analisou. Em dezembro de 2011 foi elaborado um plano de ação preventivo para minimizar os alagamentos. "Este plano segue um calendário, mas à medida em que vamos visitando estas comunidades procuramos fazer as ações, como a limpeza de rios, canais, encostas, corte de árvores, desratização", enfatizou.
Luiz Rabelo, secretário adjunto da Infraestrutura (Seinfra), informou que existe uma obra de drenagem em execução na Avenida Vasco da Gama, em Jaguaribe,que seguirá pela Avenida Coremas e vai beneficiar a Avenida D. Pedro II seguindo até a Maternidade Cândida Vargas. "Com relação ao Parque Solon de Lucena, o sangradouro da Lagoa vai para a Estação Ferroviária. Se a maré estiver cheia, certamente haverá dificuldade de escoamento. É um problema de cidade baixa, e a população precisa colaborar, evitando jogar lixo na rua, para não obstruir as galerias", disse. Ele destacou que o município está trabalhando para reduzir os pontos de alagamento. "Na Estação Ferroviária, por exemplo, não há mais esse problema, porque foi feita a drenagem naquela área. Também estamos reforçando a limpeza das galerias para facilitar o escoamento", acrescentou.
Chuvas de verão
As chuvas registradas em João Pessoa na madrugada e no início da manhã da quinta-feira foram acompanhadas de raios e trovoadas. O fenômeno, no entanto, é considerado normal pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa-PB). A meteorologista Carmem Becker explicou que os trovões aconteceram em decorrência do calor. "As primeiras chuvas de janeiro são sempre acompanhadas de trovões, e a tendência é que continuem ocorrendo pancadas de chuvas isoladas nos próximos dias", avisou.
Só ontem em João Pessoa a Aesa-PB contabilizou 56 milímetros de chuvas. O volume previsto para todo o mês é de 80 milímetros. Apesar das precipitações, a temperatura não deve cair. "O clima estava muito quente, abafado e o céu bastante nublado, o que combinou com a brisa marítima e provocou as chuvas. A temperatura, no entanto, continua alta, com mínima de 25 graus durante a madrugada", disse. A máxima ao longo do dia é de 31 graus. Carmem acrescentou que as chuvas também começam a acontecer no Sertão, por conta da nebulosidade.
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