domingo, 29 de janeiro de 2012

Moradores reclamam de poeira em depósito

Brita empilhada por empresa provoca nuvem de poeira que prejudica moradores em Cabedelo.


Uma montanha de brita depositada à céu aberto às margens da BR-230, em frente à rotatória que dá acesso à Mata do Amém, na estrada para Cabedelo, Grande João Pessoa, estaria provocado uma série de transtornos para comerciantes e moradores da região. A poeira que sobe com a constante movimentação de caminhões e tratores, segundo a população, gera problemas alérgicos, oftálmicos e respiratórios, sem falar nos danos ambientais.

A dona de casa Silvana da Silva Santos, que mora há 8 anos nos fundos do terrenos onde a usina de processamento da brita empilha o material, utilizado na construção civil, reclama dos inúmeros transtornos causados pela poeira. “Não há limpeza geral que dê jeito. Os móveis, o piso vivem empoeirados”, comenta.
Para agravar ainda mais a situação, explica Silvana, o filho, de apenas dois anos, está com graves problemas respiratórios, que ela afirma serem decorrentes do ar contaminado com a poeira que se espalha com o transporte da brita. “Ele sofre muito com a falta de ar, uma rouquidão e reclama muito dos olhos, dizendo que ardem. O médico acredita que deve ser da poeira da brita”, afirma.

Quem também reclama da sujeira provocada pela brita é a vendedora Cláudia Roberta Laranjeiras, que trabalha há dois anos em uma loja de móveis ao lado do terreno. “Por esses dias choveu e diminuiu um pouco, mas geralmente a poeira chega a fazer uma neblina na estrada, causando risco aos carros e pessoas que passam”, disse.

Segundo a vendedora, os comerciantes e moradores já fizeram um abaixo-assinado para que a empresa fosse deslocada para uma área mais apropriada, longe da movimentação urbana. “Estamos prejudicados por uma empresa poluente, funcionando em área residencial e próximo à vegetação nativa”, lamenta.

O secretário de Meio Ambiente de Cabedelo, Walber Marques, confirmou que recebeu o abaixo-assinado e que, com base nele, a Prefeitura de Cabedelo solicitou uma série de exigências à empresa, como instalar aspersores para umedecer a brita, a fim de reduzir o nível de poeira.


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