domingo, 1 de janeiro de 2012

Produção em alta de pedras ornamentais

Expansão nacional no setor imobiliário vem conseguindo, inclusive, superar a crise internacional.

 


O mercado da construção civil vem movimento diversos setores da economia. Um dos segmentos que mais tem se beneficiado é o da fabricação de pedras ornamentais, em especial o granito. A expansão nacional no setor imobiliário vem conseguindo, inclusive, superar a crise internacional.

O mercado interno acabou absorvendo a demanda de granito, que antes estava voltada ao mercado exportador. Dados do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior apontam que, em comparação aos nove primeiros meses deste ano, houve uma queda de 74% no volume de granito exportado pela Paraíba, em comparação ao mesmo período do ano passado.

De janeiro a setembro de 2010, foram exportados 5,4 milhões de quilos de granito pelo Estado. Já em igual período deste ano, as exportações somaram apenas 1,3 milhões de quilos do produto.

Mesmo assim, na Paraíba, o Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais do Estado da Paraíba (Sindro) projeta que, neste ano, haverá um aumento de 15% em termos de produção e comercialização do produto no mercado brasileiro, em relação a 2010.

Fernando de Holanda, presidente do Sindro, disse que o mercado nacional foi fundamental para que as empresas não sofressem o impacto da crise internacional. Ele cita ainda que o Brasil, além de diminuir a exportação, aumentou consideravelmente a importação de mármores e materiais artificiais.

A Fuji, sediada em Campina Grande, é a principal empresa desse segmento no Estado e uma das principais beneficiadoras do produto na região.

O gerente de Comércio Exterior da empresa, Ramon Rodrigues, disse que nos últimos três anos a produção de granitos duplicou, graças ao aquecimento do setor imobiliário nacional.

Há três anos, a produção mensal da Fuji era em torno de 6 mil a 8 mil metros quadrados (m²) de granito. Hoje, ela já é de 15 mil m² por mês. “Hoje, os produtos são comercializados principalmente nas capitais nordestinas e a aceitação tem sido cada vez maior”, disse o gerente.

O crescimento também tem se refletido nas marmorarias, que são as empresas que trabalham com a transformação do granito beneficiado em produtos como armários, mesas e peças que ajudam no acabamento de imóveis.

Edson Soares, 38 anos, é proprietário da Granite, em Campina Grande. Ele conta que trabalhava em uma empresa familiar, mas há 3 anos resolveu abrir o próprio empreendimento, pois viu a possibilidade de crescer nessa atividade.

Ele almeja a um aumento de 15% nas vendas deste ano em relação ao ano passado.

“O granito está sendo bastante valorizado, pois preenche as expectativas de beleza, modernidade e bom acabamento que os consumidores atuais exigem”, destaca.

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