Expansão nacional no setor imobiliário vem conseguindo, inclusive, superar a crise internacional.
Alberto Simplício
O mercado da
construção civil vem movimento diversos setores da economia. Um dos
segmentos que mais tem se beneficiado é o da fabricação de pedras
ornamentais, em especial o granito. A expansão nacional no setor
imobiliário vem conseguindo, inclusive, superar a crise internacional.
O mercado interno acabou absorvendo a demanda de granito, que antes
estava voltada ao mercado exportador. Dados do Ministério do
Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior apontam que, em
comparação aos nove primeiros meses deste ano, houve uma queda de 74% no
volume de granito exportado pela Paraíba, em comparação ao mesmo
período do ano passado.
De janeiro a setembro de 2010, foram exportados 5,4 milhões de quilos
de granito pelo Estado. Já em igual período deste ano, as exportações
somaram apenas 1,3 milhões de quilos do produto.
Mesmo assim, na Paraíba, o Sindicato da Indústria de Rochas
Ornamentais do Estado da Paraíba (Sindro) projeta que, neste ano,
haverá um aumento de 15% em termos de produção e comercialização do
produto no mercado brasileiro, em relação a 2010.
Fernando de Holanda, presidente do Sindro, disse que o mercado
nacional foi fundamental para que as empresas não sofressem o impacto da
crise internacional. Ele cita ainda que o Brasil, além de diminuir a
exportação, aumentou consideravelmente a importação de mármores e
materiais artificiais.
A Fuji, sediada em Campina Grande, é a principal empresa desse
segmento no Estado e uma das principais beneficiadoras do produto na
região.
O gerente de Comércio Exterior da empresa, Ramon Rodrigues, disse que
nos últimos três anos a produção de granitos duplicou, graças ao
aquecimento do setor imobiliário nacional.
Há três anos, a produção mensal da Fuji era em torno de 6 mil a 8 mil
metros quadrados (m²) de granito. Hoje, ela já é de 15 mil m² por mês.
“Hoje, os produtos são comercializados principalmente nas capitais
nordestinas e a aceitação tem sido cada vez maior”, disse o gerente.
O crescimento também tem se refletido nas marmorarias, que são as
empresas que trabalham com a transformação do granito beneficiado em
produtos como armários, mesas e peças que ajudam no acabamento de
imóveis.
Edson Soares, 38 anos, é proprietário da Granite, em Campina Grande.
Ele conta que trabalhava em uma empresa familiar, mas há 3 anos resolveu
abrir o próprio empreendimento, pois viu a possibilidade de crescer
nessa atividade.
Ele almeja a um aumento de 15% nas vendas deste ano em relação ao ano passado.
“O granito está sendo bastante valorizado, pois preenche as
expectativas de beleza, modernidade e bom acabamento que os consumidores
atuais exigem”, destaca.
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