terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Areia Vermelha é opção para quem busca sossego ou badalação na PB

23/01/2012 09h35 - Atualizado em 23/01/2012 14h05


Ilha é santuário para espécies que vivem em área de recifes.
Passeio é diferente em cada época do ano e até em cada dia da semana.



Krystine Carneiro  

Do G1 PB
 
Suspeita-se de que tom avermelhado da areia da ilha seja devido à grande concentração de ferro (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Tom avermelhado da areia pode ser resultado da concentração
de ferro (Foto: Krystine Carneiro/G1)
 
A pequena ilha batizada de Areia Vermelha, na Paraíba, é destino que pode combinar com diferentes programas. Dependendo da época escolhida, ela pode ser considerada um paraíso onde é possível encontrar isolamento e águas calmas. Em outros, a faixa de areia vira ponto de badalação e concentra a maior parte da frota de jet skis e de barcos do litoral paraibano.

Com vista para as cidades de João Pessoa e Cabedelo, ela é parte do Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha. O local é um banco de areia temporário localizado a 15 minutos da Praia do Poço e que só aparece durante a maré baixa.

Programação Turismo Paraíba (Foto: Arte/G1)

A ilha foi batizada assim devido à coloração avermelhada da areia. Segundo o coordenador de Estudos Ambientais da Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema), Jerônimo Villas Boas, a suspeita é que a cor seja resultado da grande concentração de ferro na região. No entanto, a confirmação oficial virá de testes que estão em processo de finalização.

Areia Vermelha tem características diferentes dependendo da época do ano e do dia da semana em que é visitada. Aos sábados e domingos, quando a maré está baixa entre 9h e 13h, a ilha fica lotada e bem agitada. Na alta estação, de dezembro a março, o clima é de paquera. O local é sempre bem frequentado no verão, principalmente aos fins de semana.
É importante ficar atento à tábua de marés antes de conhecer Areia Vermelha. A maré ideal é de no máximo 0,4m, quando a areia fica à mostra. Com marés muito altas a visitação fica inviável. O passeio pode ser de barco, jet ski ou catamarã e dura cerca de três horas, dependendo do tempo de estadia na ilha.

Para os turistas que querem mais calma a dica é que façam o passeio durante a semana. Wanderson Teodoro, de Campinas, SP, levou a esposa Lara e a filha de 2 anos, para passar férias na Paraíba e aprovou o passeio. “É uma sensação de isolamento, de maior contato com a natureza”, disse Wanderson.
 
Depois de ter feito outros passeios pelo litoral, Lara elegeu Areia Vermelha como o melhor deles. “Tem a tranquilidade da água e é maravilhoso para nadar com criança”, complementou. A água rasa e sem muitas ondas deixa os pais à vontade para deixarem seus filhos brincarem sozinhos. Porém, é importante que os adultos fiquem atentos às âncoras das embarcações para que as crianças não se machuquem nelas.

Lara Teodoro aprovou a ilha pois sua filha de 2 anos pode brincar com tranquilidade (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Lara aprovou a ilha pois sua filha de 2 anos
pode brincar tranquilamente
(Foto: Krystine Carneiro/G1)
A ilha proporciona uma bela vista do Oceano Atlântico e da costa paraibana com o conforto de mesas próximas ao mar e de bares flutuantes que atendem aos visitantes de Areia Vermelha. No parque, o turista pode degustar o caranguejo no típico molho de coco a R$ 4 a unidade, além do coquetel de frutas, com ou sem álcool, servido em um abacaxi, por R$ 10.

O visitante também poderá provar outros pratos típicos de ambientes praianos, como uma porção de agulhinha (R$ 28), uma porção de abacaxi fatiado com raspas de limão (R$ 5) ou um peixe inteiro, cujo preço e tamanho é negociado diretamente com o garçom. O cardápio variado de bebidas tem desde cachaça (R$ 1 a dose) até whisky (R$ 7 a dose) e os bares ainda aceitam cartão de crédito.

Bandeiras limitam o acesso dos visitantes aos corais da ilha de Areia Vermelha (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Bandeiras limitam o acesso dos visitantes aos corais da ilha de
Areia Vermelha (Foto: Krystine Carneiro/G1)

A ilha de Areia Vermelha tem um banco de corais onde os visitantes podiam mergulhar. Porém, com a definição de normas emergenciais para preservar o parque, em 2007, o acesso aos corais foi limitado por bandeirinhas e agora é pertimitido apenas tirar fotos deles. Regras definitivas para Areia Vermelha ainda vão ser estabelecidas no Plano de Manejo, segundo Villas Boas.

Estima-se que as águas de Areia Vermelha protejam ao menos nove espécies de corais, nove tipos de esponjas-do-mar, 41 de moluscos, 31 de crustáceos, 55 de peixes, entre outros grupos da fauna recifal. Várias espécies de peixes vivem nos recifes da ilha, como pargos, sirigados, garoupas e meros.

Frota de barcos
Segundo informações do capitão dos Portos da Paraíba, o comandante Paulo Santos de Oliveira, a maior concentração de embarcações que atuam em esporte e recreio na Paraíba, incluindo catamarãs, jet skis e lanchas, está na ilha de Areia Vermelha. De acordo com ele, um dia de final de semana durante a alta estação pode reunir centenas de barcos no parque. A lista segue com Picãozinho, em João Pessoa, e Praia do Poço, Camboinha, Jacaré e Prainha, todos em Cabedelo.

Na Paraíba, estão inscritos na Capitania dos Portos aproximadamente 3 mil embarcações de esporte e recreio, sendo que 1,2 mil são apenas de jet skis. Esse número abrange também os barcos que ficam no interior do estado, principalmente em açudes como os de Coremas, Cajazeiras e Boqueirão.

Não existe restrição quanto ao número de embarcações que vão a Areia Vermelha e passam por lá, diariamente, embarcações particulares e comerciais. Por isso, a Sudema não tem estimativa de quantas embarcações circulam pela região por dia. Porém, todos os prestadores de serviços que atuam na ilha são cadastrados no órgão. Ao todo, são seis barcos bares e 17 catamarãs.

Com a chegada da alta temporada, que, segundo o comandante Paulo, dura de dezembro a março na Paraíba, a Capitania dos Portos intensificou a fiscalização das embarcações com a Operação Verão 2011/2012, para garantir a segurança no mar e minimizar acidentes envolvendo barcos e banhistas.

Fonte

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