Maior parte da caatinga (70%) é devastada de forma doméstica, com a utilização da lenha como combustível e para a confecção de cercas.
A Caatinga ocupa uma
área que corresponde a 10% do Brasil e abriga espécies de plantas e
animais que não existem em nenhum outro lugar da Terra. Mesmo assim,
mais da metade de sua área já foi devastada, segundo informações do
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
O pesquisador Leonardo Tinoco, coordenador do Observatório Nacional
do Semiárido, conta que a maior parte desse bioma (70%) é devastada de
forma doméstica, com a utilização da lenha como combustível e para a
confecção de cercas.
Outro problema grave é a devastação causada pela indústria, com
destaque para as fábricas de tijolos e telhas e a atividade mineradora.
Ele diz que o bioma, que é o único exclusivamente brasileiro, tem tanta
importância para a sustentabilidade do meio ambiente nacional quanto a
Amazônia. “Não podemos tratar a Caatinga de forma diferente. No
Semiárido, onde ela está totalmente presente, vivem 25 milhões de
pessoas. É a Caatinga que mantém a fertilidade do solo na região”,
afirma Leonardo Tinoco. Só na Paraíba, segundo o monitoramento do
Ministério do Meio Ambiente, foram desmatados 1.013 km² de Caatinga no
período de 2002 a 2008. “A situação é cada vez mais preocupante, o que
deverá ficar evidente na nova poligonal da desertificação que está sendo
preparada”, completa o pesquisador. O Ibama deu início a um trabalho de
monitoramento por satélite, para tentar frear o desmatamento e punir
quem derrubar a vegetação.
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