Cidades,
quarta-feira, 28/03/2012
quarta-feira, 28/03/2012
Aline Martins
Lixo eletrônico é transformado em micros e bijus
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O destino dos resíduos sólidos é um desafio em busca de um mundo
sustentável. Esta quinta reportagem da Série Sustentabilidade vai
mostrar que uma instituição privada de ensino superior e a Prefeitura de
João Pessoa (PMJP) desenvolvem ações para reciclar material eletrônico e
também reaproveitar folhas secas e galhos retirados das podas das
árvores. Só nos primeiros meses deste ano, a PMJP, através das
secretarias do Meio Ambiente (Semam) e Desenvolvimento Urbano (Sedurb),
já recolheram seis toneladas de galhos e folhas secas para transformar
em adubo orgânico.
No Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), a coordenadora do
Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA), Maria das Graças Pereira
Feitosa, disse que o programa de Reciclagem e Redução de Lixo teve
início após se verificar a necessidade de desenvolver programas voltados
para a sustentabilidade, uma deles seria o reaproveitamento das
plantas. “O local onde fica o NDA é cercado por árvores e nisso,
percebemos que gerava a produção de inúmeras folhas secas. Conversando
com funcionários do campus percebemos que a preocupação era de todos e
decidimos criar um projeto para reaproveitar esse material”, afirmou.
Ainda de acordo com Maria das Graças Pereira, duas máquinas ficam
responsáveis por triturar o material para fazer a compostagem. Cada
faixa é composta por 15 centímetros de folhas, 15 centímetros de esterco
e 15 centímetros de outro material que poderá ser papel, que pode ser
reaproveitado. “Nossa ideia é fazer uma estufa e criar um projeto
voltado para a educação em escolas. As crianças serão ensinadas a
plantar mudas. Além disso, queremos abrir uma oficina de jardinagem”,
disse, destacando que essas ações ajudam num mundo sustentável.
Já a Semam e Sedurb, estão reaproveitando os galhos e folhas retirados
das podas das árvores, através da poda programada, para transformar em
composto orgânico para ser utilizado nos jardins das praças, das escolas
e também em locais onde ocorrem o plantio de mudas. Segundo o
coordenador do programa, o engenheiro agrônomo, Anderson Fontes, o
material é triturado e levado para o Viveiro Municipal que fica no
Valentina de Figueiredo. “Nesse local, fazemos a compostagem que agrega
outros produtos para transformar em adubo”, comentou.
Segundo o engenheiro agrônomo, anteriormente, os galhos das árvores
eram encaminhados para o aterro sanitário, sem reutilização. “As plantas
são ricas, fazem fotossíntese e precisam ser utilizadas para beneficiar
outros vegetais”, disse, destacando que o órgão percebeu que seria uma
forma de baratear os custos, ou seja, na compra de adubos outros
vegetais. “Isso é uma forma de reaproveitar e ainda pregar a
sustentabilidade. Tudo já está sendo reaproveitado para reciclagem”,
observou.
Lixo eletrônico é transformado em micros e bijus
Com os avanços tecnológicos, muitos equipamentos acabam sendo
substituídos por novos e de maior capacidade. No entanto, a melhor forma
de descartar esse “lixo eletrônico” é encaminhar para setores que fazem
reciclagem desse material. O coordenador do curso de Computação do
Unipê, Luiz Maurício Martins, contou que a instituição recebe
computadores obsoletos. “Esse material é reciclado no projeto Apoio à
Inclusão Digital (AID) e doado para comunidades carentes”, afirmou,
destacando que mais de 60 alunos estão envolvidos nesse programa. Outro
programa da instituição é a Escola de Computação Solidária (ECS), que
existe há 12 anos. Durante esse tempo, 1.500 estudantes foram
capacitados ao receber aulas de informática e operador de micro. “Eles
recebem alimentação, transporte e material didático do curso”, comentou.
Para ampliar a ideia, o Unipê inaugurou, ontem, a Oficina Digital para
aumentar o programa de reaproveitamento de lixo eletrônico. No ano
passado, o Unipê recebeu seis toneladas e devolvemos 40 computadores. A
população precisa se conscientizar de que o lixo eletrônico em bom uso
pode ser reaproveitado e destinado para aqueles que não trem
oportunidade de comprar”, comentou o professor. A Oficina Digital também
vai ajudar no curso de Moda do Unipê. Estudantes estão desenvolvendo
bijuterias e bolsas com peças de computador. Segundo Luiz Maurício
Martins, a ideia ainda está sendo estudada, mas os alunos já estão
desenvolvendo a criatividade com a produção de acessórios para
implantação na moda feminina.
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