Domingo, 18/03/2012
Jandiara Soares e Daniel Motta
A empresa Brasil Nordeste pretende investir R$ 850 milhões em extração e
beneficiamento de minério no sertão paraibano e já abriu uma filial em
Cajazeiras. A expectativa é dar início à operação já no segundo semestre
de 2013. As áreas que devem ser exploradas ficam nas cidades de Sousa,
São José da Lagoa Tapada, São José de Piranhas e Carrapateira.
Entretanto, o local de instalação da fábrica ainda está indefinido. A
Brasil Nordeste está realizando estudos para escolher a cidade e deverá
recuperar os 520 quilômetros que ligam Cajazeiras ao porto de Cabedelo
para viabilizar o escoamento do minério.
A empresa foi fundada há cinco anos em São Paulo. “Atuamos com a venda e
negociação de minérios. Agora, com a instalação em Cajazeiras, teremos a
primeira unidade de produção e beneficiamento de minério de ferro.
Depois teremos uma filial também no Ceará”, explica o sócio da Brasil
Nordeste, Husseim Jader.
Segundo ele, já foi comprovada a qualidade do minério com estudos
iniciados no ano passado. “Estamos fazendo estudos geofísicos para
comprovar a quantidade e o volume existente de minério. Na próxima fase
dos estudos geofísicos, vamos verificar se o volume da jazida compensará
o investimento de R$ 850 milhões que teremos que fazer”, diz Jader.
Minério será beneficiado
A empresa vai exportarprodução para China, Turquia e alguns países árabes. “A China é responsável por 90% de tudo que exportamos. Nossa parceria é somente técnica e comercial. Temos cliente garantido e o “know how” da China nesse setor, que engrandece o nome de nossa empresa”, diz o empresário.
Minério será beneficiado
A empresa vai exportarprodução para China, Turquia e alguns países árabes. “A China é responsável por 90% de tudo que exportamos. Nossa parceria é somente técnica e comercial. Temos cliente garantido e o “know how” da China nesse setor, que engrandece o nome de nossa empresa”, diz o empresário.
Segundo ele, o minério encontrado na região é duro e de qualidade
inferior, se comparado ao encontrado em minas Gerais e no Pará, porém, é
considero um minério bom e comercializável. A expectativa, até agora, é
que a jazida possua uma capacidade inicial de produção de 2 milhões de
toneladas ao ano, mas, com o final dos estudos, a empresa espera que
esse número aumente, sofra uma ampliação de 650% chegando uma produção
de 15 milhões de toneladas ao ano. “Pretendemos também recuperar os 520
quilômetros que ligam Cajazeiras ao porto de Cabedelo, já que a malha
não está em boas condições para atender a demanda de exportação”, lembra
Jader.
“Nosso interesse surgiu a partir dos indícios da existência do minério
de ferro na região e sobretudo, dos incentivos do Governo da Paraíba,
que está dando apoio para instalação da filial da empresa na região do
Sertão. Além disso, a empresa e o Estado tem muito interesse na promoção
do desenvolvimento da região, por meio da extração e do beneficiamento
do mineral que além de tudo, ainda também será positivo para o social,
por conta dos investimentos”, declara a Husseim Jader.
De acordo com o Engenheiro de minas responsável pela consultoria
realizada na região, Jorge Luis Silva, a incidência de minério de ferro
também está sendo investigada na cidade de Nova Olinda. “A localização
de Cajazeiras é muito boa, equidistante aos portos de Fortaleza (CE),
Suape (PE) e ao de Cabedelo (PB), e o apoio do governo do estado pra a
instalação da mineradora também vem sendo muito importante”, destaca o
engenheiro.
Investimento contínuo
Para o coordenador do programa de mineração da Paraíba, Marcelo Falcão,
o Governo do Estado sempre tenta apoiar os projetos ligados a
mineração. “Os investimentos são contínuos, seja buscando melhorar a
infraestrutura para o escoamento de minério pelas rodovias, a
infraestrutura da via elétrica, avaliando a qualidade e o volume de
minério produzido e suas possibilidades de exportação”, explica o
coordenador.
Marcelo Falcão lembra também que, após a fase de estudos, o Governo do
Estado também irá monitorar o estudo dos impactos ambientais na região
provocados pela extração do minério. “A concessão para o estudo e para a
utilização da jazida é uma concessão federal, já que o minério pertence
à União”, afirma o coordenador. Ele explica também que a instalação de
uma mineradora também é uma grande oportunidade para aumentar a
arrecadação de impostos. O município onde a mineradora está instalada
sofre o maior impacto, e fica com 65% dos impostos gerados, seguido do
estado (23%) e da união (12%).
De acordo com o sócio da Nordeste Brasil Husseim Jader, devem ser
gerados cerca de mil empregos. “A maior parte da mão de obra que será
empregada não necessitará de muita qualificação, porque é no trabalho
direto da extração. No entanto, daremos treinamento ao pessoal. Sem
dúvidas a mão-de-obra que será empregada será, em grande maioria,
local”, diz.
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