Na última visita feita
à região de São José de Espinharas, os pesquisadores da UFPE levaram
equipamentos para aferir a densidade do gás radônio, que é nocivo à
saúde dos seres vivos, em especial dos humanos.
“Em algumas residências constatamos um teor superior a 1.500 partes
por milhão, bem superior ao encontrado de forma geral na região, de
1.200, que já é bastante alto. Esses moradores estão sofrendo muito
risco”, disse José Araújo.
Uma das famílias que teve a casa condenada pela equipe que visitou a
cidade foi a dona de casa Esmeralda de Souza, 59 anos. “Os pesquisadores
vieram com um equipamento e disseram que da minha cozinha até o quintal
havia alto risco de contaminação e que deveríamos evitar o local,
especialmente à noite, que é quando ele se propaga”, comentou.
O problema, explica ela, é que a família tinha acabado de construir dois quartos no quintal da casa quando veio a notícia.
“Vivo insistindo, mas meu marido insiste em continuar dormindo no
quarto, mesmo correndo perigo de ter um câncer ou ter problemas mentais.
Os cientistas contaram do perigo que estamos correndo, até recomendaram
que a gente deixasse a casa, mas ele não dá ouvidos”, explicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário