Em maio, os
pesquisadores do DEN retornarão a São José de Espinharas para mais uma
rodada de pesquisas na região. O chefe do estudo, José Araújo, frisou
que “nossa maior preocupação no momento é conseguir provas suficientes
que correlacionem o uso do leite, da água e de outros recursos naturais
com o alto índice de câncer”.
O pesquisador acrescentou que “pretendemos recolher amostras de
dentes e prontuários médicos, bem como fazer exames de sangue para
aprofundar a pesquisa”.
Além das análises, também serão colocados aparelhos de medição da
radioatividade nos pontos considerados mais críticos, já mapeados nas
visitas passadas. “Não queremos alarmar as pessoas. Nosso trabalho é
exatamente para constatar se há o problema e só posteriormente procurar
os órgãos responsáveis para tomar as providências”, disse.
Segundo o aposentado João Trindade de Souza, 67 anos, esposo de
Esmeralda, os pesquisadores disseram que o piso concretado reduz o
contato com o gás propagado pelas pedras de urânio. “Não tenho medo dos
efeitos. Vivemos a vida toda aqui e até hoje não tive câncer. Não é
porque estou sabendo que faz mal que vai me acontecer”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário