A Nuclan-Nuclebrás realizou pesquisas sobre a existência de urânio no interior da Paraíba, no período de 1977 a 1982.
A equipe de que fala
Heleno Celestino é da Empresa Nuclear Brasileira (Nuclan-Nuclebrás),
empresa criada através do convênio Brasil-Alemanha, na década de 1970,
com o objetivo de prospectar e cubar jazidas de urânio em diversas
localidades do Brasil.
A Nuclan-Nuclebrás realizou pesquisas sobre a existência de urânio no
interior da Paraíba, no período de 1977 a 1982. Na equipe multinacional
estavam geólogos da Austrália, Índia, Alemanha e Brasil.
Mesmo sem saber qual era a finalidade da extração, Heleno Celestino
acumulou durante os últimos 40 anos aproximadamente 13 toneladas de
pedras de urânio brutas em um galpão. O material há alguns anos foi
recolhido pelo governo como medida de segurança.
“As pessoas estavam ficando preocupadas com o galpão no centro da
cidade cheio de pedras radioativas. Um pessoal do Ceará veio e levou
tudo. Foram 17 caminhões carregados de pedras. Agora guardo só algumas
de lembranças”, comenta o agricultor.
PREOCUPAÇÃO
O atual pároco da Igreja Católica de São João de Espinharas, Erivaldo Alves, disse que a apreensão dos moradores do município é constante com a possibilidade de ter que deixar a região.
O atual pároco da Igreja Católica de São João de Espinharas, Erivaldo Alves, disse que a apreensão dos moradores do município é constante com a possibilidade de ter que deixar a região.
“Há quatro anos, quando cheguei aqui, já se dizia que caso começassem
a explorar as jazidas de São José de Espinharas, toda a cidade deveria
ser transferida para outro local. Até hoje vai e vem gente, pesquisam,
coletam as informações, vão embora e nunca nos mostram nada”, disse
Erivaldo Alves.
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