Pesquisadora de Campina Grande desenvolveu produto para combater praga do gorgulho, inseto que ataca o feijão carioquinha.
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Uma pesquisadora de Campina Grande estudou três plantas nativas da
Caatinga e, a partir delas, desenvolveu um inseticida natural para
combater a praga do gorgulho (Zabrotes subfasciatus), inseto que costuma
atacar principalmente o feijão carioquinha.
A tecnologia sustentável foi testada em laboratório e, no futuro,
pode ajudar a reduzir o desperdício do grão, que registra em média 10%
de perca em função desse inseto, que também é conhecido como caruncho ou
bicho-do-feijão.
A pesquisa foi resultado da tese de doutorado da bióloga Elvira Bezerra
Pessoa, que defendeu o estudo desenvolvido junto ao Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG). A pesquisa foi orientada pelo professor Francisco de
Assis Cardoso Almeida.
“Encontramos uma solução que é benéfica tanto para o meio ambiente,
quanto para os produtores agrícolas, incluindo aqueles que praticam ou
não a agroecologia”, destaca a pesquisadora.
As plantas utilizadas por ela para o desenvolvimento de extratos
botânicos que servem como inseticida e repelente ao mesmo tempo foram o
pereiro, o angico e a oiticica, três plantas endêmicas da Caatinga.
Para testar a eficácia do produto desenvolvido, foram utilizados
grãos de feijão carioquinha acondicionados em garrafas pet durante 180
dias, em ambientes não controlados de temperatura e umidade do ar. Tal
condição favorece o aparecimento da praga.
“Ao aplicarmos o produto líquido, verificamos que o extrato pereiro
casca conseguiu exterminar o gorgulho adulto, com a aplicação de uma
pequena dose de 3 ml. Para os demais extratos, conseguimos uma
mortalidade de 100% do inseto aplicando doses de 4 e 5 ml, o que
comprova sua eficácia”, contou.
Outro experimento analisou a repelência/atratividade e mortalidade do
gorgulho pelos extratos em pó das mesmas plantas. Foi comprovado que o
número de insetos adultos repelidos foi maior com o extrato da casca de
oiticica (82,49%) seguido dos demais (pereiro casca, angico casca,
pereiro folha e angico folha).
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