sábado, 31 de março de 2012

Mais de 2 mil animais silvestres foram apreendidos


Mais de dois mil animais silvestres foram apreendidos no estado só no primeiro trimestre, aves lideram número de apreensões.

 

Mesmo com a fiscalização rotineira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o comércio clandestino e a criação ilegal de animais silvestres ainda ocorre em grande quantidade na Paraíba. Segundo informações do Ibama, apenas nos três primeiros meses deste ano, cerca de dois mil animais silvestres foram recebidos pelo Centro de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama no Estado. Na lista estão incluídos animais ameaçados de extinção.

O maior número de apreensões referentes a tráfico de animais realizadas pelo Ibama no Estado, entretanto, ainda é de aves, como curió, canário-da-terra, galo-da-campina, cardeal, pintassilgo-do-nordeste. Também é comum a apreensão, pela fiscalização, de psitacídeos, como as araras, papagaios e maracanãs. Entre os répteis, destacam-se as espécies de jabutis e cágados, e entre os mamíferos, os primatas. Quanto à caça, na Paraíba, os animais mais encontrados no combate a este crime ambiental são as avoantes e o tatu-peba.

Do total de animais levados para tratamento no Cetas, conforma explica o chefe de fiscalização do Ibama, Rodrigo Escarião, nem todos são provenientes de operações para coibir o tráfico de animais silvestres. “Alguns são doados por pessoas que reconhecem que o animal não está adaptado ao ambiente doméstico ou levado por pessoas por terem sido encontrados em locais longe de seu habitat natural”, afirma.

Segundo o Ibama, a Paraíba faz parte da rota do tráfico de animais no Brasil, e é também uma das áreas onde ocorre a captura dos espécimes visados pelos traficantes. Regiões como o Sertão, Curimataú e Cariri são algumas das mais problemáticas.

“Há também o problema do comércio de animais silvestres em feiras livres nas cidades e nas rodovias. O grande volume da venda, contudo, é feito através de negociação direta entre traficante e consumidor. Nesses casos, somente com denúncias”, explicou.

Os animais apreendidos são encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama na Paraíba, onde passam por avaliação e recebem cuidados. Após um período de quarentena, é avaliada a possibilidade de reintrodução dos animais na natureza.

O Ibama alerta que a manutenção de animais silvestres em cativeiro sem autorização da autoridade ambiental competente é crime ambiental. Os responsáveis por cativeiros ilegais, além de serem autuados pelos agentes ambientais federais do Ibama, terão seus casos encaminhados ao Ministério Público para o encaminhamento de ações criminais na Justiça.

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