27 agosto de 2012 às 09h07
Fotos: Luiz Vaz
Considerada uma das cidades
mais verdes do mundo, João Pessoa possui aproximadamente 150 mil árvores
urbanas, distribuídas em calçadas, praças e canteiros centrais.
Estima-se que as mais antigas chegam a ter mais de 100 anos de idade – e
muitas delas fazem parte da história de bairros como Jaguaribe, Tambiá,
Roger, Centro e Varadouro. Para manter o bem estar dessas árvores,
alguns cuidados são desenvolvidos pela prefeitura da Capital paraibana
(PMJP).
O principal trabalho feito para a
conservação dessa vegetação é a poda programada, ação realizada pela
Divisão de Paisagismo da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb),
que consiste na poda periódica das árvores de ruas, avenidas e praças da
cidade. De acordo com Anderson Fontes, engenheiro agrônomo e
coordenador do programa, a poda bem feita mantém a saúde das árvores. “É
uma necessidade tanto para a saúde da árvore como para o funcionamento
da cidade, porque os galhos podem interferir na iluminação ou na
sinalização. Para não cortar a árvore toda, fazemos um trabalho para
adequá-la ao espaço” disse.
Outra medida de conservação das árvores
pessoenses, é o exame de ultrassom. Por meio de uma leitura no interior
da árvore, é possível verificar seu estado de saúde e descobrir se ela
apresenta alguma doença. O trabalho é feito com um aparelho apropriado,
desenvolvido na Alemanha –e terceirizado pela PMJP.
Segundo Anderson Fontes, o processo
está sendo realizado em 300 árvores consideradas de risco, localizadas
nas avenidas Epitácio Pessoa, João Machado e Maximiliano Figueiredo,
onde há grande fluxo de veículos. Após o estudo, se detectada alguma
infestação, é aplicado o medicamento adequado para que a árvore não
corra risco de tombamento. “Quando ela está muito debilitada e com
fungo, por exemplo, nós aplicamos um fungicida”, explicou o engenheiro.
Poda – Além da programação da
prefeitura, a população também pode solicitar o serviço de poda à
Sedurb, por telefone. Se o pedido é para cortar uma árvore, o morador
deve fazer a solicitação pessoalmente, na Divisão de Paisagismo da
secretaria, localizada do Centro Administrativo Municipal (CAM), no
bairro de Água Fria.
Segundo explicou Anderson Fontes, um
engenheiro vai até o local solicitado, faz uma fotografia da árvore e
analisa a necessidade de corte. “Depois da remoção de uma árvore, a
equipe da prefeitura já deixa a calçada preparada para receber outra, de
espécie adequada àquele local”, acrescentou.
O trabalho é feito com o auxílio de
equipamentos modernos, que proporcionam mais agilidade e menos
transtorno para as pessoas que transitam no local. Todas as ações são
realizadas em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e a
Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur). O serviço para a
manutenção da saúde das árvores urbanas é realizado todos os dias, em
locais diferentes. As áreas voltam a ser visitadas a cada seis meses,
como forma de prevenção.
Compostagem – Depois da poda, os galhos
que restam são levados para o Viveiro Municipal, no bairro do Valentina
Figueiredo, onde os agentes realizam a compostagem, triturando o
material para ser transformado em composto orgânico e usado como adubo
para alimentar outras árvores dos jardins urbanos da cidade.
População pode ajudar – A população
também pode tomar os devidos cuidados para não prejudicar o
desenvolvimento e a saúde das árvores da cidade. É importante que as
pessoas não realizem a poda por conta própria, pois o serviço realizado
sem a técnica adequada pode matar a árvore. Por isso, em caso de
encontrar qualquer problema numa árvore, a população deve acionar os
órgãos responsáveis.
Conhecida
por seu gosto pela natureza, a própria população pessoense foi quem
plantou grande parte das árvores da cidade. De acordo com a Sedurb,
aproximadamente 90% das árvores existentes nas calçadas de João Pessoa
foram plantadas pelo munícipe.
Dentre essas árvores, o órgão aponta as
figueiras como as mais comuns atualmente – e também as mais frágeis,
por terem sido plantadas superficialmente. Já o pau-brasil e o ipê são
as espécies mais resistentes plantadas na cidade.
Para não prejudicar o desenvolvimento e
a saúde das árvores, a população também pode tomar os devidos cuidados.
É importante que as pessoas não realizem a poda por conta própria, pois
o serviço realizado sem a técnica adequada pode matar a árvore. Por
isso, caso encontre algum problema numa árvore, a população deve acionar
os órgãos responsáveis.
Árvores mais antigas – De acordo com
Anderson Fontes, as árvores mais antigas estão localizadas na região
central da cidade, incluindo as avenidas Getúlio Vargas, Tabajara,
Eurípedes Tavares, Maximiniano Figueiredo, João Machado, Monsenhor
Walfredo Leal e Odon Bezerra, além do Parque Solon de Lucena (Lagoa) e
da Praça da Independência.
Um estudo realizado em 2007 pela PMJP
caracterizou as árvores dessa região com maior potencial para quedas de
galho ou até mesmo para tombamento. “Lá estão as árvores mais antigas e
com maior vulnerabilidade. Os técnicos da Sedurb realizam monitoramento
diário nessas áreas”, disse Fontes.
Segundo o engenheiro, a estimativa de
idade dessas árvores foi feita a partir de registros fotográficos,
informações e estudos históricos. Ele explica que a vida útil de uma
árvore em meio urbano não ultrapassa 150 anos, por causa da ação do
homem – como a poluição, por exemplo. “Ela chega a um limite de
resistência do seu ciclo de vida”, disse.
Mais árvores para João Pessoa – No
aniversário de 427 anos da Capital paraibana, a Semam desenvolveu a ação
“João Pessoa mais verde, 427 mudas plantadas”. A ideia foi tão bem
recebida pela população, que a meta plantada na cidade foi ultrapassada e
atingiu 483 árvores e mudas.
De acordo com a secretária adjunta da
Semam, Welintânia Freitas, a meta da ação é tornar João Pessoa uma das
cidades mais verdes do mundo e seguir as diretrizes do Plano da Mata
Atlântica, implantado no município em julho de 2010.
Fonte
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