domingo, 12 de agosto de 2012

PB registra 80 mil raios por ano

Raios causam problemas como a interrupção do abastecimento de energia e principalmente a queima de equipamentos elétricos, além de mortes.




Cerca de 80 mil raios caem por ano na Paraíba, e o Brasil é o país campeão em incidência de raios no mundo. São no território nacional cerca de 60 milhões por ano, segundo estimativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), provocando em média 100 mortes e prejuízos de R$ 1 bilhão anuais.

A Paraíba não possui um sistema que realize o monitoramento de descargas elétricas, mas a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) está concluindo um modelo de para-raios mais moderno, que pretende economizar milhões de reais e salvar vidas. Os raios causam problemas como a interrupção do abastecimento de energia e principalmente a queima de equipamentos elétricos, além de mortes.

O para-raios atua como 'amortecedor' da tensão recebida na descarga elétrica, reduzindo esses efeitos prejudiciais. Em até três anos deve ser concluído um projeto, que vem sendo desenvolvido desde 1988 por pesquisadores de Engenharia Elétrica e Engenharia de Materiais, sob a coordenação do laboratório de raios da UFCG.

O trabalho intitulado ''Aprimoramento de Modelos Elétricos e Matemáticos de Para-Raios de Óxido de Zinco' é uma linha de pesquisa em convênio com universidades de Cuba, visando a baratear os custos de fabricação dos equipamentos.

Segundo o coordenador da pesquisa, professor Edson Guedes, o estudo se esforça para aprimorar softwares de monitoramento dos para-raios, analisando o comportamento destes equipamentos dentro de um sistema elétrico. São observadas estas características, permitindo uma otimização da representação dos raios, gerando mais confiabilidade nos para-raios de óxido de zinco, com menores custos.

O próximo passo do projeto é aplicar o novo modelo, previsto para formulação de uma tese até julho de 2013 e para aplicação até 2015. “Alguns equipamentos que monitoram os para-raios já foram instalados, mas só aqueles que ainda estão sendo desenvolvidos irão apresentar adequadamente o comportamento do para-raios no sistema elétrico. O usuário será muito beneficiado com esse modelo mais aprimorado, que custará bem menos”, assegurou o pesquisador.



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